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A discussão sobre os usos das ruas é o tema da exposição multimídia que reúne fotos, textos, vídeos e projeções. Programação paralela inclui atividades ao ar livre como passeios a pé e de bicicleta, mesas redondas, oficina e palestras
Com a proposta de debater e imaginar novas maneiras de ordenar e administrar a rua, entendida como um patrimônio coletivo, a exposição A rua é nossa... é de todos nós! reúne painéis fotográficos, vídeos e projeções, captados em cidades dos cinco continentes. O evento de abertura da exposição em São Paulo acontece no Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, dia 2 de agosto, terça-feira. A partir das 19h30, a curadora da exposição, Mireille Apel-Muller, e o diretor de Projetos para América Latina do IVM – Instituto pela Cidade em Movimento –, Andres Borthagaray, farão uma visita orientada para explicar ao público detalhes deste trabalho. Esta visita será repetida no dia 4, a partir de 10h.
Concebida e realizada pelo sociólogo François Ascher, professor do Institut Français d´Urbanisme (falecido em 2009), e por Mireille Apel-Muller, delegada-geral do IVM, a exposição contou com a colaboração de especialistas de diversas áreas. A realização é do Museu da Casa Brasileira e do Instituto pela Cidade em Movimento (IVM), com o apoio do PSA Peugeot Citroën. Uma programação paralela à exposição foi organizada pelo MCB e apoiada pelo Green Mobility, Portal Vitruvius, Parada Vital, Escola da Cidade e pelo curso de design da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.
Inaugurada em Paris em 2007, a mostra já percorreu inúmeras cidades – entre elas Bogotá, Buenos Aires, Montreal, Beijing, Rosário, Toronto e Xangai –, promovendo, em cada uma delas, conferências, debates e diferentes tipos de eventos que, realizados com parceiros diversos, contribuem para acrescer conteúdos e diversificar as reflexões sobre o uso das ruas.
Módulos: conceitos universais interagem com a parte brasileira
A Rua É Nossa... é de todos nós! é dividida em quatro módulos que reúnem diferentes temas relacionados aos múltiplos aspectos da rua e exibem reproduções fotográficas e textos em diferentes suportes: totens, painéis, vídeos e sala de projeção. Ao longo desses quatro anos, a exposição ganhou área nova, organizada em torno da projeção do vídeo imersivo Você não está na rua, você é a rua!, dirigido pelo francês Bruno Badiche, da Malice Images, produtora multimídia especializada em conteúdos para museus e exposições.
O primeiro módulo, denominado 50 Projetos Para Imaginar a Rua do Futuro, é composto de propostas de arquitetura e urbanismo que reinventam ruas e seus sistemas. O objetivo desta releitura é propor uma melhor utilização e funcionalidade do espaço público, propiciando o contato, a aproximação e o relacionamento.
Com o título A rua dos cidadãos, o segundo módulo explora a rua como um lugar para se praticar a cidadania, por meio do engajamento dos seus habitantes. São abordados temas como a segurança e a questão da vídeo-vigilância; a civilidade e o respeito às regras no espaço público; as sete velocidades e a forma de organização moderna - que separa as mobilidades de acordo com suas funções e velocidades -, e as questões de governabilidade.
As ruas como mídias, lugares e meios de comunicação e de troca são o tema do terceiro módulo, que aborda a perturbação que o telefone celular, a propaganda interativa ou os games trazem ao imaginário, e também a forma de se utilizar o espaço público. Há uma pergunta inerente: como nos comunicamos com a rua e na rua? O enfoque é o impacto das novas tecnologias de comunicação, os usos festivos e de lazer, e os novos imaginários.
As condições da estrutura física das cidades e de sua organização, como estacionamentos, limpeza, áreas destinadas a crianças, acesso para deficientes físicos, transportes públicos, profissões relacionadas, pedágio, arte, sinalização, a rua 24 horas, são tratadas no quarto módulo - Mais outras treze questões de sociedade. As imagens reproduzidas, provenientes de 42 cidades do mundo, foram disponibilizadas pela rede de televisão Voyage, especializada em viagens.
Atividades paralelas
Como parte da proposta de debater e imaginar novas maneiras de ordenar e administrar a rua, as atividades paralelas à exposição alargam e aprofundam o diálogo com o público, que é convidado não somente a participar do debate, mas também a se apropriar das ruas com atividades que permitam a descoberta de novos ângulos da cidade.
Para abrir a programação, no dia 9 de agosto, o Green Mobility, consultoria especializada na melhoria da mobilidade sustentável de empresas e governos, organiza uma mesa redonda mediada por Lincoln Paiva, fundador da instituição. A discussão pretende trazer à superfície o que pensa a “massa” invisível de seres humanos que circulam pela cidade, debatendo a possibilidade de uma nova política de mobilidade urbana espacial e social. A mesa tem presença confirmada do Secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, do Presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, Robson Mendonça, e do Secretario Municipal da Habitação, Ricardo Pereira Leite, entre outros convidados.
Em sua passagem por São Paulo, a mostra ganha um complemento com atividades ao ar livre. Organizado pelo Portal Vitruvius, com parceria da Escola da Cidade, um passeio a pé pelo centro de São Paulo fará parte do calendário. O objetivo desta atividade é possibilitar o conhecimento dos edifícios e logradouros significativos do ponto de vista histórico e arquitetônico, além de motivar o deslocamento alternativo pela cidade, valorizando o sistema metroviário e o percurso a pé. O tour será realizado no sábado, dia 13.
No dia 20 de agosto, a oficina de projeto urbano Repensando o espaço público no entorno do MCB discutirá propostas de intervenção para rever a relação entre o Museu da Casa Brasileira e a Avenida Faria Lima. Aberto ao público em geral e a especialistas e estudantes, o workshop será ministrado por Abílio Guerra, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Mackenzie (FAU Mackenzie) e Álvaro Puntoni, da Escola da Cidade e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), para 25 pessoas.
No dia 21 de agosto, com o apoio do Green Mobility, 20 bicicletas estarão disponíveis ao público para um passeio de 14 km por parques e museus. O ponto de encontro será em frente ao Museu da Casa Brasileira e o percurso, planejado para ser leve e plano, será realizado pelas ciclofaixas de domingo. O número de inscrições é limitado e, quem preferir, poderá levar a sua própria bicicleta.
As atividades incluem ainda, nos dias 27 e 28, sábado e domingo, a visita da bicicloteca, uma biblioteca móvel construída a partir de uma bicicleta com baú acoplado. A ideia deste projeto partiu do ex-morador Robson Mendonça, com o intuito de facilitar o acesso à leitura à população de rua. Livros poderão ser recebidos e doados ao público.
Para finalizar a programação paralela, o professor Dr. Jorge Bassani, da FAU-USP, mediará uma mesa redonda abordando questões de legibilidade urbana por meio da comunicação visual.
Programação
2 de agosto, às 19h30 – Abertura oficial com visita orientada, conduzida pela curadora Mireille Apel-Muller e por Andrés Borthagaray.
4 de agosto, às 10h – Visita orientada com Mireille Apel-Muller e Andrés Borthagaray
9 de agosto, às 19h30 – Mesa Redonda: Deslocamentos invisíveis – implicações na mobilidade urbana espacial e social.
13 de agosto, às 10h – Passeio pelo Centro de São Paulo (veja como foi na revista Minha Cidade)
20 de agosto, às 9h30 – Repensando espaço público no entorno do MCB (25 vagas)
21 de agosto, às 8h – Passeio de Bicicleta
27 e 28 de agosto – Bicicloteca
1º de setembro, às 19h30 – Mesa Redonda sobre a legibilidade urbana por meio da comunicação visual.
Inscrições das atividades
fone: 11 3032.2564
email: agendamento@mcb.org.br