In order to have a more interesting navigation, we suggest upgrading your browser, clicking in one of the following links.
All browsers are free and easy to install.
Apresentação musical de Marlui Miranda inaugura a exposição
Ora vista como arte, ora vista como artefato etnográfico, a produção indígena brasileira ganha nesta mostra um olhar mais aprofundado, que sublinha o característico processo do “fazer com arte” e a relação entre este fazer e a salvaguarda de conhecimentos tradicionais.
Com 270 peças, a exposição traz ao público as recentes coleções de arte indígena adquiridas pela Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo para integrar o acervo do Pavilhão das Culturas Brasileiras. O espaço, inaugurado em 2010, foi criado especialmente para inserir no universo artístico expressões relevantes da cultura nacional, mas ainda sub-representadas nos acervos das instituições, como é o caso da produção indígena e da arte e do design populares.
Em ArteFatos Indígenas os curadores Cristiana Barreto – arqueóloga e pesquisadora que participou do projeto de concepção do Pavilhão e da curadoria da exposição de abertura Puras Misturas – e Luis Donisete Benzi Grupioni – etnólogo especialista em cultura material indígena, e coordenador do IEPÉ – dividiram a mostra em módulos que evidenciam a obra contemporânea de 12 povos indígenas da Amazônia, dos Estados do Amapá, Pará e Mato Grosso: Wajãpi, Galibi, Palikur, Karipuna, Galibi-Maworno, Tiriyó, Kaxuyana, Wayana, Aparai, Asurini, Kayapó e Kayapó Xikrin.
Os trabalhos reunidos salientam a diversidade das tradições estéticas e a importância da manutenção destas tradições na produção contemporânea em novos processos de reafirmação de identidades indígenas específicas ou regionais. Objetos rituais – máscaras, ornamentos corporais e instrumentos musicais – e do cotidiano – cerâmicas, cestos e bancos esculpidos em madeira – ilustram as diferentes tradições estéticas dos povos que os produzem. Além destas peças, 30 desenhos sobre papel mostram a riqueza da arte gráfica Wajãpi, reconhecida pela UNESCO como patrimônio imaterial da humanidade.
Destacam-se ainda as esculturas em madeira dos povos indígenas do Oiapoque, que representam com maestria os animais da floresta presentes também em sua mitologia. No mesmo espaço da exposição um vídeo ilustra os processos de confecção e uso de muitos dos artefatos expostos.
de terça a domingo, das 9h às 18h, com entrada até as 17h; entrada gratuita.
Abertura para convidados e público