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As imagens foram produzidas ao longo de 30 anos de pesquisas, entre 1950 e 1980, e são registros de vivências pessoais do artista nos terreiros que frequentava.

As casas estão entre as mais tradicionais da religiosidade de matriz africana, na tradição nagô, jeje e angola. Uma vez que não é permitido filmar ou fotografar cerimônias do candomblé, a memória fotográfica de Carybé foi o seu principal recurso para retratar com exatidão e riqueza de detalhes as práticas, desde os ritos de iniciação, passando pelas festas e incorporação dos orixás até os rituais fúnebres, em uma sequência didática dos cultos envolvidos.

“Essa mostra não retrata o lado místico, fruto da imaginação de Carybé. Antes disso, é uma representação da realidade, a partir da observação do que, de fato, acontecia nos terreiros. Ele retratava com respeito e beleza as práticas da religião”, explica Solange.

As 50 obras selecionadas foram reunidas originalmente no livro "Iconografia dos deuses africanos no candomblé da Bahia" (1981). Composta por 128 aquarelas de Carybé, com introdução do escritor Jorge Amado e textos antropológicos do fotógrafo e etnólogo Pierre Verger e do historiador Waldeloir Rego, a publicação representa uma recriação da participação do elemento negro na cultura baiana ao passo que preserva a memória histórica do Brasil, por ter sido a Bahia a primeira porta de entrada da miscigenação no país. Esgotado desde a última edição, atualmente o livro é encontrado apenas nas mãos de colecionadores.

Carybé

Argentino no nascimento (Lanus, 1911), carioca por criação e baiano por opção, Carybé foi um dos mais produtivos e inquietos artistas que o Brasil abrigou. Pintor, escultor, ilustrador, desenhista, cenografista, ceramista, historiador, pesquisador e jornalista, Carybé, falecido em 1997, tem sua genialidade associada à Bahia, cuja essência soube materializar em desenhos, aquarelas, esculturas e grandes murais.

Caçula de cinco filhos, iniciou no meio artístico como ajudante no ateliê de cerâmica de seu irmão Arnaldo, em seguida cursou dois anos na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e atuou como ilustrador para jornais. Com passagens curiosas de vida, como ter sido pandeirista da cantora Carmem Miranda, o artista teve obras expostas por todos os cantos do Brasil. A cidade de São Paulo abriga um importante trabalho de Carybé, o conjunto de painéis “Os povos afros”, os “Ibéricos” e “Libertadores”, expostos no Memorial da América Latina, na Barra Funda. Suas obras também alçaram voos para países como Argentina, Estados Unidos, Japão, Itália, Alemanha, França, Portugal, Espanha e México, tendo uma de suas obras oferecida em 1986, pelo governo da Bahia, à rainha da Inglaterra.

Conquistou títulos importantes como o de ganhador da 1 ª Bienal Internacional de Livros e Artes Gráficas, o  I Prêmio Nacional de Desenho, na III Bienal de São Paulo, e o Prêmio Odorico Tavares como Melhor Plástico de 1967, mas o título de que mais se orgulhava foi o de Obá de Xangô, oferecido pelo terreiro Ilê Axé Opô Afonjá. Amigo de importantes artistas como Rubem Braga, Pierre Verger, Dorival Caymmi e Jorge Amado, Carybé ilustrou diversos livros como “Cem anos de solidão”, do escritor Gabriel Garcia Márquez.

Curadoria

Solange Bernabó atua na área cultural desde 1983. É proprietária da Galeria Oxum Casa de Arte, com sedes na Ladeira da Barra e no Pelourinho, em Salvador. Participou da Fundação Pierre Verger desde a sua inauguração. Foi secretária geral, de 1996 a 2000, e hoje é membro do Conselho Curador. Atualmente, é secretária do Instituto Carybé e membro do Conselho Curador da Fundação Casa de Jorge Amado. Faz curadoria e organiza exposições de Carybé e outros artistas. 

Exposição Carybé - As Cores do Sagrado, curadoria de Solange Bernabó

happens
from 10/12/2016
to 28/02/2017

where
Caixa Cultural São Paulo
Praça da Sé 111 Centro
São Paulo SP Brasil
de terça-feira a domingo, das 9h às 21h
f: (11) 3321.4400

source
TZM Entretenimento
São Paulo, SP

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