Com desfile e exposição.

O Istituto Europeo di Design - IED São Paulo promove no dia 7 de dezembro, às 19h, a abertura do APRITI - evento anual que apresenta os melhores trabalhos de conclusão dos cursos de graduação em Design de Moda, Design de Produto e Design Gráfico e Digital. A data é marcada pelo desfile das coleções de Moda e exposição com destaques das outras áreas do Design, que permanecerão abertos à visitação do público até 03 de fevereiro de 2017. 

APRITI, que significa "abra-se" em italiano, é uma mostra anual de novos talentos que ocorre em todas as sedes do IED, tanto na Europa quanto no Brasil, e abre as portas do mercado para os formandos em Design do Istituto.

"Neste momento de profundas transformações, preparamos os novos designers para pensar criticamente e agir de forma transformadora. Estes trabalhos que temos orgulho em apresentar são propostas para um diálogo entre criação e negócios", considera Victor Megido, Diretor Geral do IED Brasil.

Desfile APRITI

Pelo 12o ano consecutivo, o IED São Paulo inaugura a mostra APRITI com um desfile. Quem assina a coordenação do projeto nesta edição é Lucius Vilar, que já trabalhou com Walter Rodrigues e foi responsável pelo styling de Weider Silveiro, dentre outras atuações de grande destaque no mundo da Moda. 

Para os novos talentos do IED São Paulo, apresentar suas criações na passarela é resultado de três anos de intenso trabalho. Aproximadamente 40 novos talentos concluem a graduação em Design de Moda do IED São Paulo no segundo semestre de 2016 e apresentam seus trabalhos de conclusão de curso para duas rodadas de bancas avaliadoras, compostas por professores da casa e profissionais convidados, que selecionam os melhores projetos para o APRITI.

André Hidalgo, Lili Tedd, Wilson Ranieri, Paula Marques, Leandro Benites, Heleno Manuel, Junior Guarnieri, Silvia Boriello, Eduardo Viveiros, Igor Dadona, Romário Brandão (InBrands), Joceli Oliveira, Janine Niepceron, Celia Fernandes, Bruno Pompeu, Ton Hadigamae e Alê Salles são alguns dos nomes que compõem esta edição das bancas.

Todo o processo é avaliado, desde a pesquisa, registrada em monografia, até a apresentação das coleções, que contêm entre sete a dez looks completos por formando. A formação no IED exige do aluno muita dedicação. O ciclo inclui elaboração de croquis, pesquisa de referências e tendências, com painéis semânticos e moodboards, estudos de mercado, criação e produção das peças e construção da imagem de moda, que envolve elaboração de fashion film, editoriais e look books. 

"A tônica desse conjunto de coleções é o ecletismo, com especial destaque para o universo feminino", sintetiza Márcia Merlo, coordenadora da graduação em Design de Moda do IED São Paulo. Para ela, há nesta edição do APRITI um questionamento mais profundo dos gêneros e um maior número de coleções com masculino e feminino mesclados. Algumas criações são inspiradas em ícones como Joana D’Arc, Elis Regina, Adriana Varejão e nas Amazonas da Mitologia, para se ter uma ideia.

"Fazendo um apanhado, alguns destaques dos jovens designers que apresentamos ao mercado são os diálogos com o universo artístico, especialmente o cinema e a pintura, os movimentos culturais, as identidades brasileiras... Alguns trabalhos apresentam um apelo minimalista. Há uma pesquisa muito intensa da superfície têxtil e muita riqueza em trabalhos artesanais. Temos ainda um grupo significativo da comunidade coreana, que se destaca. Não faltaram escolhas mais críticas e de cunho social. Há releituras, ressignificações e projetos que vão na linha da resistência, incluindo o tema dos refugiados. Enfim, o que o público pode esperar é uma variação muito grande, que inclui desde peças que refletem o pensamento da Arquitetura e as linhas do Design de Mobiliário até looks traduzidos a partir das formas e padrões das nebulosas, olhando para o espaço sideral", detalha a coordenadora.

Mostra APRITI

Algumas dezenas de trabalhos entre protótipos, mockups e painéis expositivos compõem o resultado dos mais diversos trabalhos de pesquisa em Design de produtos, serviços, ambientes, plataformas e publicações, dentre outros. 

Para José Carlos Carreira, Diretor Acadêmico do IED Brasil, o trabalho final dos cursos de graduação é um intenso projeto que parte do entendimento do ser humano e suas necessidades, baseado em princípios do Design (human-centered Design), a partir de uma abordagem etnográfica na investigação, passando pelo entendimento das dinâmicas de projeto, viabilidade técnica e pilares de sustentabilidade - econômica, social e ambiental, culminando muitas vezes na prototipagem. "O APRITI é um momento de trazer a público, ampliando o diálogo dessa produção com as questões da sociedade", explica.