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Um recorte que vai do século XV ao XIX, a exposição revela as diferentes técnicas e temáticas no período. A peça mais antiga da coleção é de 1475.
Neste período, o público tem a oportunidade de viajar no tempo ao adentrar o casarão construído em 1900 e se deparar com cerca de 100 gravuras que apresentam, de forma didática, as diferentes técnicas de gravuras dos séculos XV a XIX. Um encontro com o curador Marcos Moraes e o artista Fabrício Lopez, no dia 14, às 19h30, marca o início da exposição.
Nessa mostra, estão presentes artistas conhecidos no mundo da pintura, como Edouard Manet, Eugène Delacroix, Francisco Goya, Henri de Toulouse-Lautrec e Rembrandt van Rijn, revelando um lado inusitado da produção artística deles. A exposição conta, ainda, com obras de Martin Schongauer, um dos primeiros gravuristas de que se tem notícia. De sua autoria, a gravura Cristo Carregando Cruz, de 1475, é a mais antiga da exposição.
Outros destaques presentes são os artistas do século XIX Gustave Doré e as ilustrações que fez para o livro A Divina Comédia, de Dante Alighieri, e o caricaturista Honoré-Victorien Daumier. Dele, são expostas seis imagens, sendo uma delas o original de uma charge publicada no jornal Le Charivari, um dos principais veículos franceses no período. A imagem é exposta de forma perpendicular à parede em uma moldura de acrílico, de modo a estar visível também a parte de trás da folha do jornal, com notícias e anúncios.
Núcleos
No espaço expositivo, as obras são divididas em núcleos, cada um deles representando um século. Um texto explicativo situa o visitante quanto às técnicas presentes no período, bem como as principais temáticas representadas. Verbetes explicam o que são cada uma das técnicas – xilogravura, grafia em metal e seus diversos tipos, como buril, água-forte e água-tinta, e litografia. Prezando pelo didatismo, a exposição se vale de um recorte representativo dessa modalidade artística, pela diversidade de técnicas, temas e destinações das gravuras.
Como observa o curador, a imagem impressa acompanha a humanidade desde os seus primórdios. Podemos remontar essa trajetória às primeiras mãos marcadas, por meio de pigmentos, nas paredes de grutas e cavernas. Para abordar esse meio de criação é preciso, portanto, delimitar um escopo. A mostra Imagens Impressas propõe, assim, um percurso histórico pelas gravuras do Itaú Cultural, mapeando cinco séculos da produção gráfica europeia, iniciando-se por xilogravuras produzidas no século XV. A partir desse período, aprimoram-se as técnicas, são incorporadas inovações e é desenvolvida a linguagem gráfica. Por esse caminho, no século XIX, a gravura chega à autonomia. O visitante é convidado a acompanhar essa trajetória na Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, por pouco mais de dois meses.
Esta exposição se inscreve nas ações promovidas pelo Itaú Cultural para garantir o acesso ao Acervo de Obras de Arte do Itaú Unibanco, que hoje conta com cerca de 13 mil itens.
Sobre Marcos Moraes
Doutor em Arquitetura e Urbanismo (2009), graduado em Direito (1979) e Artes Cênicas (1987), com especialização em Arte Educação e Museu, todos pela Universidade de São Paulo. Atualmente é coordenador do curso de Artes Plásticas e de Produção Cultural, bem como dos Programas Internacionais de Residência Artística (Cité des Arts e Residência Artística FAAP), ambos da Fundação Armando Alvares Penteado FAAP, onde também é docente (graduação e pós graduação) em História da Arte e Desenvolvimento de Projeto Integrado.
Sobre Fabrício Lopez
O artista que participa da abertura da exposição trabalha e vive dividido entre Santos e São Paulo. Mestre em poéticas visuais pela ECA – USP, sob orientação de Claúdio Mubarac, é membro fundador da Associação Cultural Jatobá – AJA e do Ateliê Espaço Coringa, que entre 1998 e 2009 produziu ações coletivas como exposições, publicações, vídeos, aulas, intercâmbios e residências artísticas. Participou de diversas exposições coletivas, dentre elas: Gravure Extreme – Europalia, Trilhas do Desejo – Rumos Itaú Cultural, X Bienal de Santos (1° prêmio), Novas Gravuras – Cité Internationale des Arts /Paris –França, XIII Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira – Portugal e Arte Contemporânea no Acervo Municipal – Centro Cultural São Paulo.
Participou do Encontro Panamericano de Xilogravura em Trois Riviérès, no Canadá, realizou residência como artista convidado do Atelier Engramme na cidade do Québec e no CRAC (Centro de Residências para Artistas Contemporâneos), em Valparaíso no Chile, como prêmio do Programa Rumos Itaú Cultural. Realizou exposições individuais na Estação Pinacoteca – SP e no Centro Cultural São Paulo. Integra os acervos públicos da Pinacoteca Municipal e do Estado de São Paulo, Casa do Olhar – Santo André, Secretaria Municipal de Cultura de Santos e do Ministério das Relações Exteriores com o 1º prêmio para obras em papel do programa de aquisições do Itamaraty. Em 2015, ganhou o prêmio residência artística Arthur Luiz Piza. Em 2007, implantou um ateliê no bairro do Valongo, no centro histórico da cidade de Santos, onde desenvolve trabalhos em grande formato e uma pesquisa de cor e sobreposição pictórica através da xilogravura. Desde 2008, coordena o Ateliê de Artes no Instituto Acaia na Vila Leopoldina, em São Paulo.
Sobre o edifício histórico
A Pinacoteca Benedicto Calixto é um equipamento cultural abrigado em um casarão construído por Anton Carl Dick, em 1900, em um terreno de 6.600m². O Casarão Branco, como ficou conhecido pelos santistas, é uma importante herança arquitetônica da cidade financiada pela economia do café. O período auge deste produto foi para Santos e região um dos momentos áureos de participação na conjuntura nacional, quando se configuraram novas formas de viver e de se relacionar com a cidade.
Em 1986, tiveram início as obras de restauro e, em 1992, a Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto passou a ocupar o espaço. O acervo é composto por 65 pinturas e 18 desenhos do pintor Benedicto Calixto, além de fotografias, documentos e objetos de pintura que pertenceram ao artista, contando com marinhas, retratos, pinturas históricas, pinturas sacras, paisagens urbanas e desenhos sobre a anatomia humana. Além disso, a Pinacoteca recebeu, no final de 2014 a doação de 150 obras do artista carioca Armando Sendim.