A mostra traz uma oportunidade única de conhecer a obra do arquiteto, com projetos construídos e não-construídos na capital portuguesa, desde alguns mais conhecidos quanto outros menos publicados
O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresenta a exposição sobre um dos arquitetos portugueses mais relevantes da atualidade: João Luís Carrilho da Graça, cujo nome figura ao lado de grandes como Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura. Carrilho da Graça tem a peculiaridade de priorizar o território e sua topografia como o suporte de suas obras, e é este olhar o principal foco da exposição "Carrilho da Graça: Lisboa", com abertura dia 1º de fevereiro, quarta-feira às 19h30, com entrada gratuita.
Mais que um recorte de localidade - a cidade de Lisboa - ou de cronologia, as obras selecionadas mostram como o arquiteto pensa seus projetos a partir de sua "teoria do território", que relaciona a influência da topografia com os percursos humanos e suas construções.
A mostra traz uma oportunidade única de conhecer a obra do arquiteto, com projetos construídos e não-construídos na capital portuguesa, desde alguns mais conhecidos, como a Escola Superior de Comunicação Social (1987-1993), quanto outros menos publicados, como o plano estratégico no programa Valis (Valorização de Lisboa), e seus projetos que concorreram para os pavilhões de Portugal na Expo'98.
"Reforçando sua vocação e tradição na abordagem de assuntos ligados à arquitetura e ao urbanismo, o Museu, ao apresentar a obra de Carrilho da Graça, destaca a conexão intrínseca entre o projeto do edifício e a paisagem urbana", conta Giancarlo Latorraca, arquiteto e diretor técnico do MCB.
Esta exposição foi apresentada pela primeira vez no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, de setembro de 2015 a fevereiro de 2016, e no Museo de Arquitectura Leopoldo Rother, em Bogotá, Colômbia, de outubro a dezembro de 2016. A curadoria é feita por Susana Rato, arquiteta e colaboradora do escritório Carrilho da Graça, e Marta Sequeira, professora e pesquisadora na Universidade de Évora.
Sobre o arquiteto
Carrilho da Graça trabalha em escritório próprio desde que se formou, em 1997, na Escola Superior de Belas-Artes em Lisboa. Ao conjunto da sua obra foram atribuídos diversos prêmios, como o prêmio Aica (Associação Internacional dos Críticos de Arte) em 1992, a Ordem de Mérito da República Portuguesa em 1999, o prêmio da Bienal Internacional da Luz - luzboa em 2004, o título de "Chevalier des arts et des lettres" pela república francesa em 2010, o "Prêmio Pessoa" em 2008.