In order to have a more interesting navigation, we suggest upgrading your browser, clicking in one of the following links.
All browsers are free and easy to install.
Programação conta com 37 desenhos de 20 diretores destinados ao público infantil e adulto.
O Cine Brasília apresenta, de 27 a 30 de julho de 2017, a “Mostra de Animação Russa”, com a exibição de 37 desenhos animados, de 20 diretores, realizados entre os anos de 1950 e 2014. O projeto, com a curadoria assinada por Luiz Gustavo Carvalho e Maria Vragova, conta com o patrocínio do Banco de Brasília.
Além das sessões de filmes, serão realizadas mesa-redonda – sobre os aspectos da animação cinematográfica russa e soviética, seus significados e as suas perspectivas para a sociedade e para o cinema – com a participação da diretora e animadora russa Svetlana Filippova, e sessão comentada pelos curadores. A mostra conta ainda com o lançamento do livro Tarakã (Baratão), do escritor russo Kornei Tchukóvski, com tradução para o português e parceria com a Editora Kalinka, na sexta, dia 28, às 17h.
Entre os destaques da programação encontra-se o filme O Velho e o Mar (1999), de Alexander Petrov, renomado diretor de cinema de animação, vencedor do Oscar por este filme, e que foi indicado novamente ao Oscar por Meu amor (2006). Outro destaque é O Conto dos Contos, obra prima de Yuri Norstein, considerado, pela Academia Americana de Cinema, o melhor desenho animado de todos as épocas e povos. Norstein, por seu estilo poético e único, ocupa um lugar singular na animação russa com obras destinadas às crianças e aos adultos.
O público também poderá conhecer a obra do escritor e poeta infantil Kornei Tchukóvski, considerado o mais importante autor infantil da Rússia. Serão exibidos Tarakã, o Bigodudo e Mukha-Tsokotukha, baseados em livros infantis escritos pelo autor. Entre as produções para as crianças, destacam-se, ainda: três obras relacionadas ao usrinho Puff, O crocodilo Guena, O ursinho Taptizhka, A raposa e a lebre, A garça e a cegonha, entre outros.
Outros desenhos que fazem parte da programação também foram baseados em obras literárias conhecidas de escritores russos e estrangeiros, tais como O Quebra-Nozes, de E.T.A Hoffmann (com música do compositor russo Piotr Thaikovsky), e O conto do pescador e do peixinho. Ambos foram inspirados na obra de Aleksander Pushkin – um dos poetas russos mais importantes.
Além do cinema clássico, a ex-União Soviética foi uma das maiores produtoras de animações, tradição que ainda perdura na Rússia contemporânea. Por isso, também é importante ressaltar os filmes de Svetlana Filippova, aluna de Yuri Norstein. A autora, diretora e animadora trará para Brasil quatro filmes dela, feitos numa técnica única, na qual utiliza borra de café. Destaque também para o filme Lavatory-Lovestory, de Konstantin Bronzit, indicado ao Oscar em 2009.
“A mostra é composta, ainda, por outros importantes nomes do cinema de animação soviético e russo e apresenta no Brasil uma produção única que, apesar de ter recebido importantes prêmios na Europa e nos Estados Unidos, ainda não é conhecida no país. 80% dos filmes são da época da antiga União Soviética e o restante da produção de animação contemporânea. Queremos, portanto, levar ao público um importante capítulo da história do cinema de animação universal”, afirma Maria Vragova.
Animação Russa
O cinema de animação infantil tem um papel de grande importância na história cinematográfica da Rússia. A programação da Mostra de Animação Russa oferece ao público brasileiro uma oportunidade singular de conhecer belas produções e importantes nomes da literatura universal, da literatura russa e da música. Cada detalhe dos desenhos animados é realizado por profissionais de alto nível. A música traz composições dos principais compositores daquele país, como Shostakovich, Prokofiev e Gubaidulina, e quem dá voz aos personagens são atores russos de destaque.
Cineastas como Yuri Norstein e Serguey Kozlov baseiam-se em histórias do rico folclore russo ou em contos de Pushkin e Tchukóvski, poeta russo que escrevia para as crianças e que pode ser considerado o Monteiro Lobato russo. Assim, por meio do cinema de animação, o público infantil e adulto é sempre confrontado com diferentes linguagens artísticas, representadas por profissionais renomados.
“O cinema russo foi, sem dúvida, sempre um dos mais expressivos do mundo e este país contribuiu de maneira singular para o desenvolvimento da sétima arte no século XX. A escola de animação russa é marcada pela exploração de temas mais profundos e poéticos, de grande importância para a sociedade contemporânea. Apesar de a URSS ter sempre uma postura beligerante, os desenhos desenvolvidos no país ensinam bons valores”, afirma o curador Luiz Gustavo Carvalho.