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As apresentações serão nos dias 12 e 13 de março e contarão com a participação dos músicos Marlui Miranda e André Mehmari e dos índios cacique João Venâncio, pajé Luis Caboco, Getúlio Tremembé e Janiel Tremembé

Nos dias 12 e 13 de março, às 20h30, o IMS Paulista apresenta o espetáculo Torém: a dança sagrada do povo Tremembé, que parte de um encontro entre a cantora e compositora Marlui Miranda, pesquisadora da música indígena, o pianista e também compositor André Mehmari e os índios Tremembé de Almofala, no litoral cearense: cacique João Venâncio, pajé Luis Caboco, Getúlio Tremembé e Janiel Tremembé. Os ingressos para as apresentações podem ser adquiridos antecipadamente no site Eventbrite ou na bilheteria do IMS Paulista, no dia do evento.

O espetáculo traz uma versão do Torém, ritual sagrado e ancestral considerado um símbolo de resistência pelos Tremembé. Tradicionalmente, o Torém é executado durante a safra do caju azedo, base da bebida sagrada mocororó. Os cantos do ritual, grande parte na língua nativa, são baseados na vivência do povo e na sua relação com a natureza.

A dança é uma das partes principais do ritual, sendo um momento de forte espiritualidade. Junto a essa dimensão do sagrado, há um caráter lúdico, pois, na maioria das vezes, dança-se para comemorar um acontecimento, como um aniversário ou o nascimento de uma criança.

A cultura do povo Tremembé já havia sido fonte de inspiração para André Mehmari. No ano passado, ele compôs a peça Torém: o índio e o mar – Cantata para vozes e orquestra sinfônica, que contou com a colaboração de Miranda, e estreou no Theatro Municipal em dezembro. A convite do IMS Paulista, os dois músicos se uniram aos índios Tremembé para conceber esta apresentação no centro cultural.

O espetáculo integra a programação relacionada à mostra Claudia Andujar: a luta Yanomami, em cartaz no IMS Paulista até 7 de abril. A seleção reúne cerca de 300 obras da fotógrafa e ativista Claudia Andujar, que dedicou sua vida a proteger os índios Yanomami. Entre os trabalhos exibidos, está ainstalação Genocídio do Yanomami: morte do Brasil (1989/2018), cuja trilha sonora é de Marlui Miranda.

Sobre os participantes

Cacique João Venâncio (Francisco Marques do Nascimento)

Pescador durante muitos anos, desde a infância, foi criado pela mãe, com quem aprendeu a lutar pelos direitos do seu povo. Tornou-se cacique nos anos 1990, função que exerce até hoje. Em 2008, recebeu o título de Mestre da Cultura pela Secretaria da Cultura do Ceará (Secult-CE). Em 2013, juntamente com o pajé Luis Caboco, e em parceria com o Sesc de Iparana, elaborou um projeto de valorização dos troncos velhos indígenas, batizado de Herança nativa, com a sua primeira edição no ano seguinte. Atualmente, desenvolve trabalhos de fortalecimento da cultura indígena junto aos outros povos do Ceará.

Pajé Luis Caboco (Luis Manuel do Nascimento)

Artesão desde criança, habilidade que aprendeu vendo seu pai fazer trabalhos de carpintaria, desde cedo aprendeu a desenvolver o dom da espiritualidade. Nos anos 1990, tornou-se pajé do povo Tremembé, devido aos conhecimentos espirituais de seus ancestrais. Em 2008, também recebeu o título de Mestre da Cultura pela Secretaria da Cultura do Ceará (Secult-CE). É militante do movimento indígena desde a década de 1980, atuando como uma das maiores lideranças do Ceará.

Getúlio Tremembé (José Getúlio dos Santos)

Formado em magistério indígena Tremembé superior (MITS), curso de licenciatura da Universidade Federal do Ceará, é especialista em metodologias do ensino de história e geografia e professor na Escola Indígena Tremembé Maria Venância há 15 anos, acumulando também o cargo de diretor. Artesão nas horas vagas, representa o povo Tremembé de Almofala na Comissão Interinstitucional de Educação Escolar Indígena do Ceará e atua no movimento indígena desde 2001.

Janiel Tremembé (Janiel Marques do Nascimento)

Formado na Escola Indígena Tremembé Maria Venância, concluiu o ensino médio intercultural Tremembé em 2014 e, desde então, atua ajudando na escola. Jovem militante no movimento indígena, é representante do Museu Tremembé, participando de encontros nacionais e internacionais.

Marlui Miranda

Cantora, compositora e arranjadora, dedica-se há quase 30 anos à música indígena, tornando-se uma referência nessa área. Recebeu bolsas de apoio à pesquisa, tais como o da Fundação Rockfeller, a The John Simon Guggenheim, a Fundação Vitae e a RioArte. Com nove CDs lançados ao longo de sua carreira, vem realizando turnês no Brasil e no exterior, tendo se apresentado e gravado com músicos como Milton Nascimento, Hermeto Pascoal, Naná Vasconcellos, Trilok Gurtu, John Surman, Jack DeJohnette, Egberto Gismonti e o grupo Pau Brasil, entre outros. Seu mais recente trabalho é o CD Fala de bicho, fala de gente, com o qual ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira, em 2015, na categoria Melhor Cantora.

André Mehmari

Pianista, compositor, arranjador e produtor, tem uma reconhecida trajetória tanto na música popular como na erudita. Participou de festivais como Chivas Jazz, Heineken Concerts, TIM Festival, Umbria Jazz e Savassi Festival, além de turnês nos EUA, Europa e Ásia. Dono de uma vasta e premiada discografia, escreve frequentemente para orquestras sinfônicas, conjuntos de câmara, filmes e balés, sendo o compositor que mais recebe encomendas no país. Tem uma ativa carreira pianística solo e também em trio (com Neymar Dias e Sérgio Reze), além dos duos que desenvolve com o pianista Mário Laginha, o clarinetista Gabriele Mirabassi, o bandolinista Hamilton de Holanda e as cantoras Marília Vargas, Ná Ozzetti e Mônica Salmaso.

Serviço

Torém: a dança sagrada do povo Tremembé

12 de março (terça), às 20h30

13 de março (quarta), às 20h30

Cineteatro do IMS Paulista

Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)

145 lugares

Vendas antecipadas pelo site ou no dia do evento na bilheteria do IMS Paulista, a partir das 10h.

<br />Foto Marlui Miranda


Foto Marlui Miranda

IMS Paulista

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from 12/03/2019
to 13/03/2019

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Instituto Moreira Salles São Paulo
Rua Piauí 844, 1º andar – Higienópolis
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de terça a sexta-feira, das 13h às 19h; sábados e domingos, das 13h às 18h
fone (11) 3825.2560

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