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Arquiteto deixa obra fundamental nas áreas da arquitetura, urbanismo, política pública e crítica.
Na manhã de hoje, dia 14 de fevereiro de 2014, por volta das 4h, faleceu o arquiteto Jorge Wilheim. Vítima de acidente de automóvel ocorrido há cerca de dois meses, Wilheim teve complicações de saúde que o levou à morte.
O velório acontece no Hospital Einstein, em São Paulo, até às 14h, com posterior encaminhamento do corpo para o Cemitério Israelita do Butantã (Av. Eng. Heitor Antonio Eiras Garcia 5530, Jardim Esmeralda, São Paulo), onde será enterrado.
Sobre o arquiteto
Como urbanista, em 1954, concebe o projeto urbanístico da cidade de Angélica, para 15 mil habitantes, atualmente as duas cidades localizadas no estado do Mato Grosso do Sul. Em 1957, participou do concurso do plano piloto de Brasília com Maurício Segall, Pedro Paulo Poppovic, Péricles do Amaral Botelho, Riolando Silveira, José Meiches, Rosa Kliass, Arnaldo Tonissi, Odiléia Helena Setti e Alfredo Gomes Carneiro. A partir de meados da década seguinte, realiza inúmeros planos diretores para cidades em desenvolvimento, como Curitiba, Paraná, e Joinville, Santa Catarina, em 1965; Osasco, São Paulo, em 1966; Natal, Rio Grande do Norte, em 1967; Goiânia, Goiás, em 1968; Campos do Jordão e São Paulo, em 2000; e Araxá, Minas Gerais, em 2002. Elabora a convite da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), o projeto de reurbanização do Pátio do Colégio, em 1974. Em 1981, associado a Rosa Kliass e Jamil Kfouri, vence o concurso para a reurbanização do vale do Anhangabaú, construído e inaugurado dez anos mais tarde. Em 1997, projeta a cidade industrial de Londrina, Paraná.
Como arquiteto, associado a Carlos Millan e Maurício Tuck Schneider, vence o concurso para a construção do Edifício Jockey Club de São Paulo, no Largo do Ouvidor. Concebe e coordena, em 1969, o projeto do Parque Anhembi, em São Paulo, cujas instalações incluem o Pavilhão de Exposições, o Palácio das Convenções e um hotel. Em 1985, auxiliado por Jonas Birger, projeta o Centro de Diagnósticos do Hospital Albert Einstein.
Ingressa na vida pública como secretário estadual de Economia e Planejamento, na gestão Paulo Egydio Martins, entre 1975 e 1979. No governo Mário Covas, de 1983 a 1986, é o titular da Secretaria Municipal de Planejamento (Sempla), e coordena a elaboração do plano diretor de São Paulo de 1984 (não efetivado). No governo Orestes Quércia, de 1987 a 1991, é nomeado secretário estadual do Meio Ambiente e, na administração seguinte, de Luiz Antônio Fleury Filho, entre 1991 e 1994, ocupa a presidência da Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo (Emplasa). Participa da administração da prefeita Marta Suplicy, entre 2001 a 2004, novamente como presidente da Sempla, e coordena a elaboração do plano diretor estratégico de 2002.
Em 1985 torna-se presidente da Fundação Bienal de São Paulo.Em 1994, a convite da Organização das Nações Unidas (ONU), muda-se para Nairóbi, no Quênia, e assume o cargo de secretário-geral adjunto da Conferência Mundial Habitat 2, realizada em 1996, em Istambul. Turquia.
É autor, dentre outros dos livro São Paulo Metrópole 65 (1968), O substantito e o adjetivo (1976) Tênue esperança no vasto caos: questões do proto-renascimento do Século 21 (2001) e A obra pública de Jorge Wilheim (2003).
Jorge Wilheim no Vitruvius
ARRUDA, Ângelo. Plano Urbano de Jorge Wilheim fez nascer a cidade de Angélica há 50 anos. Minha Cidade, São Paulo, ano 04, n. 044.03, Vitruvius, mar. 2004 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/04.044/2017>.
CORTI, Marcelo. Jorge Wilheim. Entrevista, São Paulo, ano 06, n. 021.02, Vitruvius, jan. 2005 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/06.021/3318>.
GNOATO, Luis Salvador. Curitiba, cidade do amanhã: 40 depois. Algumas premissas teóricas do Plano Wilheim-IPPUC. Arquitextos, São Paulo, ano 06, n. 072.01, Vitruvius, maio 2006 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.072/351>.
KOURY, Ana Paula. São Paulo: uma boa aula de urbanismo por Jorge Wilheim.Resenhas Online, São Paulo, ano 11, n. 132.04, Vitruvius, dez. 2012 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/11.132/4612>.
WILHEIM, Jorge. Crise. O urgente e o básico. Drops, São Paulo, ano 10, n. 028.08, Vitruvius, ago. 2009 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/10.028/1807>.
WILHEIM, Jorge. Em defesa do projeto. Drops, São Paulo, ano 07, n. 018.04, Vitruvius, mar. 2007 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/07.018/1713>.
WILHEIM, Jorge. Manifestações: o nome do jogo. Drops, São Paulo, ano 14, n. 070.05, Vitruvius, jul. 2013 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/14.070/4810>.
WILHEIM, Jorge. Mão escondida projeta arquitetura medíocre. Minha Cidade, São Paulo, ano 08, n. 096.04, Vitruvius, jul. 2008 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/08.096/1883>.
WILHEIM, Jorge. O Metrô e a cidade de São Paulo. Minha Cidade, São Paulo, ano 09, n. 101.03, Vitruvius, dez. 2008 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/09.101/1866>.
WILHEIM, Jorge. O Parque Anhembi e seus "puxadinhos". Minha Cidade, São Paulo, ano 10, n. 111.04, Vitruvius, out. 2009 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/10.111/1829>.
WILHEIM, Jorge. Uma pauta para a redemocratização. Drops, São Paulo, ano 14, n. 071.01, Vitruvius, ago. 2013 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/14.071/4827>.
WILHEIM, Jorge. Vamos preservar o Vale do Anhangabaú. Minha Cidade, São Paulo, ano 05, n. 059.02, Vitruvius, jun. 2005 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/05.059/1974>.