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Em dez anos, entre 2007 e 2017, o número de cursos de graduação de Ensino à Distância (EaD) saltou no Brasil de 18 para 2070, de acordo com dados levantados pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação
No entanto, a depender do curso, há ressalvas sobre a qualidade do ensino ofertada dentro dessa modalidade. Para o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, o ensino à distância tem o potencial de agravar ainda mais o já combalido sistema de ensino brasileiro.
“Os cursos de Arquitetura e Urbanismo na modalidade EaD, até agora cadastrados pelo MEC, não atendem a legislação vigente do setor educacional, por não contemplarem a relação professor/aluno própria dos ateliês de projeto e outras disciplinas, nem as experimentações laboratoriais e a vivência para a construção coletiva do conhecimento”, diz um texto publicado pela autarquia.
José Roberto Geraldine Junior, presidente do CAU/SP – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, defende que é primordial a integração professor/aluno no processo de ensino/aprendizagem em Arquitetura e Urbanismo, assim como a vivência prática de canteiro de obras e nos ambientes profissionais. “Não se trata de desconsiderar a evolução tecnológica e as ferramentas de comunicação à distância. Mas elas devem ser complementares à formação presencial, não substituí-la”, diz o presidente.
As Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo preveem a inserção, no projeto pedagógico do curso, do núcleo de conteúdos profissionais, produção em ateliê, experimentação em laboratórios, visitas a canteiros de obras, entre outros itens indispensáveis ao aperfeiçoamento da qualificação profissional. “Se esses são parâmetros para o ensino presencial, não devem ser ignorados em cursos oferecidos integralmente à distância sem que haja sério comprometimento da qualidade da formação”, conclui Geraldine.