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O documentário Tormenta destaca também os movimentos que surgiram no início dos anos 1950: o uso das ilustrações de Vera na extinta revista Manchete; o trabalho no jornal de cultura Para Todos e a sua vida em uma fazenda no Rio Grande do Sul

Documentário inédito no SescTV, Tormenta (Brasil, 2015, 52min.) narra a trajetória da gravadora, desenhista, artista plástica, pintora, programadora visual e crítica de arte Vera Tormenta­­, a partir de suas memórias, fotos, filmagens feitas no Brasil e na França, acervo pessoal e obras. Cartas escritas por ela no início de sua carreira e depoimentos de personalidades, como do poeta e crítico de arte Ferreira Gullar, dos gravadores Anna Letycia Quadros, Rossine Perez, e Darel Valença Lins, ajudam a contar a história da artista. Com direção de Lucas Costanzi, a produção estreia no canal no dia 7/9, sexta-feira, às 20h (assista também no website Sesc TV).

Vera Goulart Tormenta nasceu no Rio de Janeiro em 1930. Ainda era menina quando começou a desenhar com lápis. O aperfeiçoamento teve início aos nove anos de idade, quando a pintora impressionista Maria Francelina se encantou com seus desenhos e a deixou frequentar o seu atelier. "Todos os sábados eu ia lá. Isso durante muito tempo", recorda.

Aos 18 anos, Vera se mudou para Paris, onde estudou na Academia Julian, de pintura e escultura, fundada em 1867 pelo pintor francês Rodolphe Julian. "Ela foi uma das primeiras a aceitar mulheres pela carência do sistema da Escola de Belas Artes”, comenta Gérard Vallin, diretor da academia. De acordo com ele, pessoas do sexo feminino não podiam estudar artes plásticas porque, na época, desenhar um homem desnudo não era aceitável para a sociedade burguesa. "Na Academia Julian, as mulheres puderam fazer modelos vivos, para alcançar as competências que eram necessárias para se tornarem pintoras", explica o diretor. Os primeiros trabalhos da brasileira ali foram feitos a óleo e a carvão.

Após dois anos na capital francesa, Vera retorna ao Brasil e, no Rio de Janeiro, trabalha como voluntária na Escolinha de Arte do Brasil a convite do seu fundador, o artista plástico Augusto Rodrigues (1913 - 1993). Na escola, ela conheceu importantes gravadores: Oswaldo Goeldi (1895 - 1961), Poty Lazzarotto (1924 – 1998) e Darel Valença (1924 – 2017). Com eles, aprendeu técnicas de gravura. “A Vera fazia parte de um grupo seleto de pessoas conhecidas, famosas, artistas importantes”, comenta a gravadora Anna Letícia Quadros. Segundo o gravador Darel Valença Lima, naquele período, o Brasil vivia a efervescência da gravura.

Vera recorda que participava de encontros no café Vermelhinho, reduto da cultura carioca, que ficava próximo à Escola de Belas Artes, hoje, Museu de Belas Artes. “Lá havia escritores, poetas, jornalistas. Todo mundo era amigo, se conhecia e ficava conversando”, lembra Ferreira Gullar (1930 – 2016). “Portinari, Di Cavalcante, toda essa gente ia para lá bater papo”, assegura Vera.

O documentário Tormenta destaca também os movimentos que surgiram no início dos anos 1950; o uso das ilustrações de Vera na extinta revista Manchete, a pedido do escritor e jornalista Homero Homem (1921 – 1991); o trabalho da artista no jornal de cultura Para Todos, fundado pelo escritor Jorge Amado (1912 – 2001); e a sua vida atualmente, em uma fazenda, na cidade de Vacaria, no Rio Grande do Sul.

Vera Tormenta e Lucas Costanzi

<br />Foto divulgação

Vera Tormenta e Lucas Costanzi
Foto divulgação

Documentário sobre a vida da artista plástica Vera Tormenta estreia no SescTV

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