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Fotos das ruas, das cidades, das coisas que compõem o cotidiano, coisas que fazem a vida urbana. Uma exploração visual e catalográfica agrupada em livro. Na verdade, em três livros
O projeto, por Ricardo Luis Silva
Quero a ajuda de vocês para lançar os primeiros títulos do selo por.onde.o.homem.anda!
Uma série de 3 fotolivros com fotografias que fiz durante minhas caminhadas nesses últimos anos. Fotos das ruas, das cidades, das coisas que compõem o cotidiano, coisas que fazem a vida urbana. Uma exploração visual e catalográfica agrupada em livro. Na verdade, em três livros.
As coleções
Um dia o escritor francês Georges Perec me falou: Faça listas. Catalogue o ordinário que está a sua volta. Dê razão existencial ao cotidiano que constitui nossas vidas. Anote o que não se percebe, o que não têm sentido perceber. Colecione.
Assumo a postura benjaminiana do Colecionador. Colecionar e catalogar o mundo das coisas cotidianas, ordinárias. Preciosas banalidades cotidianas sem a menor qualidade. Coisas que passam despercebidas pelos olhos que vêm ver o mundo, a Cidade.
“Num mundo que está bem adiantado em seu caminho para tornar-se um vasto garimpo a céu aberto, o colecionador se transforma em alguém engajado num consciencioso trabalho de salvamento”. (Susan Sontag)
Como conceito, colecionar é parte integrante de formulações humanas como a Memória, a transformação das palavras em linguagem, o desenvolvimento e aproximação da criança com o mundo. Colecionar é ato de rememoração, produção do conhecimento histórico, descontextualização de objetos no espaço e no tempo. Colecionar é reivindicar para si a possibilidade de possuir o mundo, mesmo apenas uma parte insignificante dele, ou até me relacionar com o Outro, no caso de coleções de objetos antigos ou encontrados e recolhidos. Colecionar é catalogar, inventariar, organizar, descontextualizar, resignificar, recriar, reexistir. Colecionar é “desinvestir” o objeto de seu sentido utilitário, é dar-lhe outro lugar no mundo dos objetos. Colecionar é ativar gavetas, arcas, baús, caixas. Colecionar é caminhar, frustrar-se, insatisfazer-se, continuar. Colecionar é um gesto filosófico, um portar-se perante, um exercício de memória prenhe de porvir, um olhar para o passado e para o futuro simultaneamente.
Os livros
Cada um dos livros é composto por 33 fotografias catalogadas nas hashtags:
#dascoisasquesãoamarelas
#dascoisasquesãodouradas
#dascoisasquesãovermelhas
Para cada um deles escrevi um pequeno texto apresentando e explicando quais as origens e os critérios para o inventário de cada cor. Além disso, convidei 3 amigos queridos para escrever o prefácio dos livros. Para o AMARELO convidei o arquiteto e professor Fernando Mascaro (@fmascaro), para o DOURADO a fotógrafa e professora Bebete Viegas (@bebeteviegas), e para o livro VERMELHO o artista-caminhante e colecionador Renato Hofer (@renatohofer). Cada um deles lançou um olhar particular e peculiar sobre as coleções, as cores, as fotografias, as maneiras de perceber o mundo.
Como os livros serão feitos
As fotografias tiveram a curadoria e tratamento da fotógrafa e produtora Ana Paula Oehler (@anaoehler) e todo o projeto gráfico da identidade do selo e dos livros ficou a cargo do designer Nelson Urssi (@nelsonurssi), do Estúdio Urssi. Os livros serão impressos na gráfica IPSIS (@ipsisgrafica), a maior e melhor indústria gráfica da América Latina. Eles são especializados em produzir livros e catálogos de Arte, Fotografia, Arquitetura e Design. Capa e miolo serão impressos em papéis especiais e encadernados sem lombada e com a costura aparente, possibilitando a abertura 180° das páginas. A capa será impressa em serigrafia com cores especiais pelo Roger Maciel, do Estúdio Elástico (@estudio_elastico).
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