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drops ISSN 2175-6716

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Austríaco de nascimento, o artista plástico Lothar Charoux viveu quase toda sua vida no Brasil, onde teve ativa participação no meio cultural, sendo um dos fundadores do Grupo Ruptura. Maria Alice Milliet analisa seu trabalho como pintor e desenhista.

how to quote

MILLIET, Maria Alice. Lothar Charoux – razão e sensibilidade. Drops, São Paulo, ano 15, n. 084.06, Vitruvius, set. 2014 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/15.084/5293>.



lothar charoux (viena, 1923 – são paulo, 1987) pertence ao grupo de pioneiros que em 1952 lançou em são paulo o manifesto ruptura, em cujo verso vinha escrito em vermelho:

a obra de arte não contém uma ideia, é ela mesma uma ideia.

negando a arte como cópia da realidade em favor da arte concreta, esse postulado produz um corte radical em relação à tradição figurativa. na prática, a introdução dos princípios construtivos na arte brasileira constitui uma revolução estética cujos efeitos chegam até nossos dias. do campo restrito da arte, ela se estende a produtos gráficos como jornais, revistas, cartazes, livros etc. e ao design de móveis, luminárias e objetos utilitários em geral.

charoux foi dos que apostou na modernidade. para ele, mais que um ato de rebeldia, a adesão aos elementos fundantes do discurso plástico veio a ser a realização de uma vocação. em sua obra, desaparece qualquer resquício de naturalismo, e tudo se reduz à linha, à forma e à cor.

trabalhando na horizontal, sobre prancheta, à maneira dos arquitetos, o artista privilegia o desenho a tinta nanquim ou guache e, mais tarde, a acrílica sobre papel. é notável a economia de meios com que se exercita na prospecção do espaço bidimensional. atraído pela ambiguidade das soluções visuais, charoux se dedica à exploração dos fenômenos óticos.

ascético nos recursos empregados, tudo o que cria vem da paixão com que investiga as possibilidades da linha. seu desenho nunca é jogo mecânico ou frio, nem se torna repetitivo por mera conveniência. sua obra – ao mesmo tempo racional e sensível – manifesta a persistência de quem acredita estar na trilha do conhecimento.

a arte de charoux – com seus ritmos ascendentes, suas vibrações cromáticas, seus feixes luminosos – não se prende ao suporte. a dinâmica de suas composições remete ao solene cinetismo do espaço cósmico.

sobre a autora

maria alice milliet é curadora

nota

NE – O texto curatorial da exposição Lothar Charoux – razão e sensibilidade (IAC – Instituto de Arte Contemporânea e MuBA – Museu de Belas Artes de São Paulo, 24 de setembro a 06 de dezembro de 2014) foi publicado em caixa baixa por determinação da autora Maria Alice Milliet, curadora da exposição, em referência aos textos dos artistas concretistas.

sem título, serigrafia sobre papel. Lothar Charoux, 1977
Foto divulgação [Coleção Família Charoux]

sem título, sem data. Lothar Charoux, serigrafia sobre papel
Foto divulgação [Coleção Família Charoux]

 

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084.06 exposição
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