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drops ISSN 2175-6716

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A exposição Latin American in Construction: Architecture 1955-1980, em curso no MoMA de Nova York, foi visitada por Salvador Gnoato. Curadoria geral de Barry Bergdoll e regional de Carlos Eduardo Comas (Brasil) e Pancho Liernur (países hispânicos).

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GNOATO, Salvador. O Brasil novamente no MoMA de Nova York. Latin American in Construction: Architecture 1955-1980. Drops, São Paulo, ano 15, n. 092.03, Vitruvius, maio 2015 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/15.092/5522>.



Depois que o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque MoMA realizou a exposição Brazil Builds: Architecture New and Old 1652-1942, organizada por Philip Goodwin, outra mostra aconteceu em 1955, a Latin American architecture since 1945, tendo como responsável Henry Russel Hitchcock. Nesta seqüência a exposição Latin American in Construction: Architecture 1955-1980 (1) acrescenta mais um quarto de século de análise crítica.

Durante o X Seminário Docomomo Brasil, intitulado Arquitetura moderna e internacional: conexões brutalistas 1955-75, em Curitiba (2013), realizou-se mais encontro entre o curador de Arquitetura e Design do MoMA: Barry Bergdoll e Carlos Eduardo Comas, responsável pela curadoria da seção brasileira. Na seqüência deste seminário, outro encontro aconteceu na Casa de Vidro (1951) de Lina Bo Bardi, em São Paulo, organizado por Renato Anelli, diretor do Instituto Lina Bo e P. M. Bardi.

“O MASP foi inaugurado em 1968, no mesmo ano da Neue National Galerie de Mies van der Rohe em Berlim, um edifício com similar e complexa seção transversal, e também um pavilhão de vidro construído em uma praça sobre o terraço do próprio museu. Ao contrário de Mies, Bo Bardi uniu solenidade cívica com cultura popular em um mesmo espaço urbano” (2), escreve Berry Bergdoll na apresentação do catálogo da exposição.

Depois que Charles Jencks “determinou” dia, mês e hora para o fim do Movimento Moderno em 1973, e do livro Cidade Modernista – uma crítica de Brasília e sua utopia, de James Holston, as superquadras de Lucio Costa e a arquitetura de Oscar Niemeyer recuperam sua importância como cidade exemplar do século 20, pela qualidade de seus espaços públicos e inventividade na execução de seus palácios, reconhecidos como patrimônio da humanidade pela Unesco em 1987.

Uma maquete do Palácio Capanema (1936), projeto desenvolvido pela equipe de Lucio Costa no Rio de Janeiro, domina a entrada de toda a exposição.

Com o título The Poetics of Development, Comas reforça a interpretação dos pilotis e dos conceitos de Le Corbusier estabelecidos por Lucio Costa, como suporte teórico para a vanguarda brasileira e apresenta a transição da Escola Carioca para a Escola Paulista ocorrida em meados da década de 1950.

Neste contexto a seção brasileira tem início com o Museu de Arte Moderna MAM (1953), de Affonso Eduardo Reidy, no Rio de Janeiro, continua com a FAU USP, de Vilanova Artigas e termina com o Sesc Pompéia, de Lina Bo Bardi, em São Paulo (1977).

Para Ruth Verde Zein, responsável pela apresentação dos projetos brasileiros, “alguns arquitetos da Escola Paulista interpretaram as lições da Escola Carioca, a casa binuclear dentro de um contexto tropical, que no caso de Artigas, transformou uma arquitetura branca e transparente em uma concepção cinza e compacta”. Os paulistas nunca aceitaram que seus trabalhos fossem classificados como brutalistas, “no entanto o conceito pode ser legitimamente usado para entender estas obras em relação a outras manifestações internacionais, como conexões Brutalistas, pela forma escultural construtiva e pela similaridade nos aspectos tecnológicos, presentes em memoráveis obras, como o Clube Atlético Paulistano (1958), de Paulo Mendes da Rocha; a Garagem de Barcos do Santa Paula Iate Clube (1961) de Vilanova Artigas e o Masp de Lina Bob Bardi” (3).

Com o predomínio da Escola Paulista tem-se também a passagem da ocupação rural para intensificação da ocupação urbana no Brasil. A inclusão de cerca de 80 indicações bibliográficas sobre arquitetura brasileira no catálogo ficou sob a responsabilidade de Cláudia Costa Cabral, que já coordenou o Propar UFRGS, em Porto Alegre.

As obras brasileiras se apresentam ao lado da sede do Banco de Londres e América do Sul (1959), de Clorindo Testa, em Buenos Aires; da sede da CEPAL (1960), em Santiago do Chile, de Emilio Duhart e das obras de Rogelio Salmona, em Bogotá, na Colômbia.

Disposta no sexto e último andar do MoMA, a exposição Latin American in Construction: Architecture 1955-1980 tem a curadoria para os países de língua espanhola de Jorge Francisco Liernur e Patricio Del Real (curador adjunto do MoMA).

notas

1
Exposição Latin American in Construction: Architecture 1955-1980. Curadoria geral de Barry Bergdoll e Patricio Del Real (curador adjunto). Curadorias regionais de Carlos Eduardo Comas (Brasil) e Jorge Francisco Liernur (países hispânicos). Museu de Arte Moderna de Nova York – MoMA, de 29 de março a 19 de julho de 2015.

2
BERGDOLL, Barry. Learning from Latin America: Public Space, Housing, and Landscape. In Latin American in Construction: Architecture 1955-1980. Nova York, MoMA, 2015, p. 35. Tradução do autor.

3
ZEIN, Ruth Verde. In Latin American in Construction: Architecture 1955-1980. Nova York, MoMA, 2015, p. 126. Tradução do autor.

sobre o autor

Salvador Gnoato é arquiteto e urbanista (UFPR, 1977), doutor (FAUUSP, 2002) e professor PUCPR (desde 1987) e autor do livro Arquitetura do Movimento Moderno em Curitiba (Travessa dos Editores, 2009).

 

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