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Sergio Ekerman comenta o trabalho de Paulo Ormindo David de Azevedo através de seis obras que representam os aspectos importantes da sua produção arquitetônica e exemplares que deixam transparecer uma atuação versátil.

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EKERMAN, Sergio. Paulo Ormindo David de Azevedo em seis obras. Projetos, São Paulo, ano 17, n. 198.01, Vitruvius, jun. 2017 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/17.198/6554>.


Paulo Ormindo graduou-se arquiteto em 1959, na primeira turma da recém emancipada Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia. Ali foi aluno de Lina Bo Bardi em sua rápida passagem pela UFBA, numa época efervescente em que Edgard Santos trazia a Salvador intelectuais de vanguarda para repensar o ambiente universitário na cidade.

Terceiro filho do antropólogo Thales de Azevedo, irmão de três homens e quatro mulheres, Paulo cresceu num ambiente familiar de intensa atividade social e intelectual, vivenciando a prolífica carreira acadêmica do pai. De sua mãe, D. Mariá, herdou o gosto pela obra na atividade rotineira de manutenção da casa na Barra Avenida e em empreendimentos familiares realizados com esforço financeiro e economia de meios, algo que mais tarde influenciaria sua forma de pensar arquitetura e construção.

Mesmo antes de formado iniciou colaboração com Diógenes Rebouças em projetos como a Avenida Contorno, estabelecendo também contato com Assis Reis, que já atuava no importante escritório. Nomes como o engenheiro Enéas Gonçalves também fazem parte do grupo com o qual Paulo conviveu naquele momento, desenvolvendo projeto urbanístico no qual pôde deparar-se com aspectos de complexidade ímpar. Ainda em 1961, após curso em Geografia Urbana pela Universidade de Wisconsin, Madison, 1960, assumiu posto de arquiteto-colaborador do 2º Distrito da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Dphan, atual Iphan) em Salvador, período em que projetou e construiu o Edifício Ipê, sobre o qual trataremos mais adiante.

A partir de 1963 incorporou-se ao quadro de docentes da FAUFBA, ministrando disciplinas como Teoria da Arquitetura e Introdução à Arquitetura, na graduação, e Centros Históricos, na pós-graduação, tendo obtido o cargo de professor titular da universidade em 1999, após concurso. Na UFBA permaneceu até sua aposentadoria, em 2007.

Entre 1968 e 1972 residiu em Roma cumprindo período de estudos, consagrando-se especialista em conservação e restauro pelo International Centre for Conservation and Restoration of Monuments and Sites – ICCROM e doutor pela Università di Roma "La Sapienza", realizando tese sobre o Centro Histórico de Salvador.

No retorno da Itália, Ormindo trouxe a vivência de uma discussão central para o entendimento sobre a preservação e transformação do patrimônio construído no século 20, tendo sido no ICCROM aluno de personalidades tais quais Angelis D’Ossat e Piero Gazzola, este último arquiteto, engenheiro e um dos redatores da Carta de Veneza de 1964. Tal experiência fez de Paulo agente transformador da visão sobre tais temas em Salvador, a ele dando inspiração e conteúdo para o início dos trabalhos do seminal Inventário de Proteção do Acervo Cultural da Bahia, que coordenou entre 1975 e 1990. O trabalho, realizado pelo Governo do Estado da Bahia a partir da Secretaria de Indústria e Comércio, foi pioneiro a nível nacional e estendeu-se para cobrir outras regiões do Estado, além de Salvador, tendo resultado em sete volumes de referência para pesquisadores e gestores acerca do patrimônio edificado da Bahia.

Em 1976 recebeu convite do arquiteto peruano Roberto Samanéz, colega de estudos em Roma, para participar de trabalhos de recuperação e conservação em Cusco no âmbito do Plan Copesco, uma parceria entre o Ministério do Turismo no Peru e a Unesco. Junto a arquiteta e esposa Esterzilda Berenstein de Azevedo, representou o Brasil no grupo encarregado dos projetos, iniciando a partir deste momento colaboração profissional junto a nomes como Ramón Gutierrez e Sylvio Mutal. Desde então, atua como consultor da Unesco em missões para cidades da América Latina e de países africanos de língua portuguesa, tornando-se um dos poucos arquitetos de sua geração a estabelecer intercâmbio intenso com profissionais de países como Peru, Argentina, México, Panamá, Moçambique, Cabo Verde e Portugal. Tal experiência fez de Paulo um admirador da cultura ibero-americana e, em especial, da música latina, algo que reverbera na sua produção prática e teórica.

Mais recentemente vem se destacando como articulista do jornal A Tarde, em Salvador, onde analisa de forma atenta os fenômenos de arquitetura, urbanismo, política e sociedade a sua volta.

Para além da atuação acadêmica e institucional, ao longo de sua carreira Paulo Ormindo nunca deixou sua prancheta. Aliando traço firme, croquis expressivos e habilidade como desenhista, trabalha extensamente no exercício da arquitetura e construção. A seguir veremos seis obras que representam, em nossa visão, aspectos importantes da produção arquitetônica de Azevedo, exemplares que deixam transparecer uma atuação versátil e que vão além do tema da intervenção sobre o patrimônio construído, matéria com a qual ganhou notoriedade dentre seus pares.

Seis obras de Paulo Ormindo

1. Edifício Ipê, Salvador BA, 1964/65

Edifício Ipê, Salvador BA, 1962
Foto divulgação [Arquivo Paulo Ormindo de Azevedo]

 Construído no coração do Centro Histórico de Salvador, próximo à Igreja e Convento de São Francisco, o edifício da Rua do Bispo é referência de sensibilidade e qualidade de desenho para preenchimento de lacuna em área de pré-existência histórica. Atento ao seu entorno, o projeto explora aspectos construtivos tradicionais da arquitetura colonial baiana ao reinterpretar o telhado cerâmico, a treliça e as esquadrias de madeira, sem deixar de comunicar a expressão do seu tempo na marcação da estrutura de concreto aparente e na fenestração das fachadas. Realizada poucos anos após sua graduação e mesmo antes da experiência acadêmica na Itália, a obra reflete maturidade e conhecimento de Ormindo sobre construção e também sobre aspectos da intervenção em pré-existência pouco difundidos àquela época. Sobre o Ipê, Nivaldo Andrade (1) coloca que:

“A análise deste projeto e de um texto justificativo publicado pelo autor logo após a inauguração do edifício na revista Arquitetura, do Instituto de Arquitetos do Brasil demonstra que a sua abordagem ao desafio de projetar em um ambiente patrimonial já apresenta diversos pontos de contato com as teorias do restauro critico italianas do segundo pós-guerra e com o debate promovido por Ernesto N. Rogers, nos anos anteriores, nas páginas da revista Casabella Continuità em defesa das preexistências ambientais, ainda que Azevedo ainda não tivesse travado até então qualquer contato com esses conceitos.

Rogers defendia determinadas ‘arquiteturas contemporâneas [que] interpretam as preexistências ambientais criticamente; mesmo quando reconhecem mais ou menos certos valores figurativos, jamais trazem a sua linguagem específica, imitando-a’. Para ele, esse seria “o modo mais fecundo de continuar a tradição na modernidade’” (2).

Do ponto de vista urbanístico, Ormindo respeita alinhamentos, alturas e o ritmo compositivo dos edifícios à sua volta, recompondo a esquina e consolidando um edifício de uso misto – lojas no pavimento térreo e habitação nos andares superiores – também antecipando em mais de 40 anos, portanto, o debate ainda vigente sobre a importância da habitação na área do Pelourinho e as pré-existências ambientais do Centro Histórico de Salvador.

2. Edifício Osório de Carvalho, Salvador BA, 1968

Edifício Osório de Carvalho, Salvador BA, 1968
Foto Sergio Ekerman

 O Edifício Osório de Carvalho é produto da parceria entre Paulo e o construtor e incorporador Cabus Jamil Cabus, seu colega de turma na FAUFBA, junto a quem também construiu outros prédios residenciais tais como o Tropicasa, o Monte Cristo e o Mirante do Vale, todos em Salvador.

Com sua fachada principal voltada ao poente, o edifício Osório de Carvalho tem sua expressão urbana marcada pela extensa malha vertical de elementos vazados triangulares, que correspondem na planta a área da cozinha e serviço. O contraponto com a vizinhança é evidente, onde destaca-se a engenhosa solução arquitetônica para a valorização plástica da face principal do prédio. A utilização de elementos vazados contextualiza a obra no âmbito da produção da arquitetura modernista nordestina, sendo o Edifício Osório de Carvalho parte de um conjunto que tem como exemplares o Edifício Otacílio Gualberto de Diógenes Rebouças (1953) e o Edifício União, de Acácio Gil Borsoi, 1953 (3).

As janelas dos sanitários, localizados junto às fachadas laterais, também ganham o desenho especial de uma "pestana", cuja orientação busca a melhor ventilação. O jogo de sombras sobre a empena lateral cega é rico, atribuindo qualidade volumétrica ímpar a um elemento costumeiramente relegado a segundo plano em outras construções do gênero.

3. Restauração do Mercado Modelo, Salvador BA, 1984

Subsolo da antiga alfândega de Salvador, logo após restauro em 1984
Foto divulgação [Arquivo Paulo Ormindo de Azevedo]

 Após ser destruído em incêndio na noite de 10 de janeiro de 1984, o prédio da antiga Alfândega de Salvador (1860) passou por extensa reconstrução e restauro com o objetivo de voltar a abrigar o Mercado Modelo, ao qual servia como sede desde 1971. Neste sentido, o projeto foi orientado a cumprir com rigor as normas vigentes de proteção e combate ao fogo, bem como de fuga dos usuários em caso de novo sinistro. O tempo recorde desejado para as intervenções também influenciou a tomada de decisão pelo uso da estrutura metálica na cobertura e nos novos elementos de circulação, viabilizando a reinauguração do Mercado ainda em dezembro do mesmo ano.

Obra de restauro do Mercado Modelo
Foto de divulgação [Arquivo Paulo Ormindo de Azevedo]

 Remanescentes do incêndio, a estrutura de alvenaria mista em arcos foi aproveitada e destacada pela nova solução estrutural do telhado, assim como a estrutura em pedra da rotunda, muito danificada no incêndio, que foi restaurada e consolidada de forma a deixar as marcas do fogo como testemunho histórico, utilizando técnicas desenvolvidas por Ormindo a partir de suas experiências no curso do ICCROM.

A rotunda propriamente dita, cuja estrutura havia sido cadastrada pouco antes de ser inteiramente queimada, foi refeita a partir de exímio trabalho de carpintaria naval, decisão de grande sensibilidade que permitiu recuperar um espaço importante para a leitura da obra e sua inserção urbana.

Obra de restauro do Mercado Modelo
Foto de divulgação [Arquivo Paulo Ormindo de Azevedo]

Destaca-se também o subsolo alagado, ao qual foi dado tratamento de iluminação cenotécnica e acesso sobre lajes "flutuantes", que permitiram a vivência das fundações do prédio. De cunho educativo e lúdico, a intervenção dá aos visitantes uma experiência única de entrelaçamento entre o presente e o passado, levando a uma sensível viagem no tempo através da arquitetura.

4. Centro Cultural Dannemann, São Félix BA, 1986/89

Centro Cultural Dannemann, interior, São Félix BA, 1986/89
Foto divulgação [Arquivo Paulo Ormindo de Azevedo]

O Centro Cultural Dannemann está situado em São Félix, no Recôncavo Baiano, às margens do Rio Paraguaçu e próximo à Ponte Ferroviária D. Pedro II, que conecta São Félix à cidade de Cachoeira.

O projeto faz a conversão de uso das ruínas de um galpão construído para armazenamento de fumo pela Empresa de Charutos Dannemann, no século 19, em um Centro Cultural.

A partir dos muros remanescentes, Paulo recupera a tipologia do galpão original, formada por dois módulos de duas águas, valorizando a fachada original e a orla da Avenida Salvador Pinto. Para isto, redesenha a linha estrutural entre os dois telhados com pilares de tijolo cerâmico aos quais associa consoles de concreto aparente, responsáveis por fazerem descansar os novos elementos estruturais de madeira do telhado e do mezanino da área expositiva.

No contato com a rua posterior, o complexo recebe uma encantadora fábrica artesanal de charutos.

Azevedo desenha como elemento mediador e distribuidor do fluxo entre as duas seções opostas do edifício um pátio quadrado que deixa penetrar iluminação natural e favorece a ventilação vinda do Paraguaçu. O espaço lembra um claustro conventual, mas segundo depoimento do arquiteto foi inspirado na tradição ibérica dos pátios civis do mediterrâneo, recebendo tratamento especial no detalhamento da estrutura e guarda-corpos esculpidos em madeira, na captação das águas pluviais e no piso realizado em seixos rolados do leito do Paraguaçu e ardósia.

Na transição entre os galpões junto ao rio e o pátio está uma escada de madeira na melhor tradição "Bo Bardiana", dramatizada pelo degrau de arranque flutuante e por construção de grande leveza, mesmo que montada a partir de peças de seção comercial mais robusta.

Com obra realizada pelo arquiteto, o Centro Dannemann se consolida a partir de decisões eminentemente construtivas que carregam consigo o desejo de uma expressão ao mesmo tempo contemporânea e tradicional, um belo manifesto de contemplação e homenagem ao recôncavo baiano.

5. Casa do Itaigara, Salvador BA, 1989

Casa do Itaigara, Salvador BA, 1989
Foto divulgação [Arquivo Paulo Ormindo de Azevedo]

Projetada em parceria com a arquiteta Esterzilda Berenstein, a casa do arquiteto no bairro do Itaigara é consequência de uma atividade de projeto intimamente ligada à construção e a racionalização de meios para viabilização da empreitada desejada, algo recorrente no trabalho de Ormindo. Desenhada para abrigar a família de cinco integrantes, a casa é dividida em três volumes: a garagem, biblioteca e gabinete do casal, junto a rua; a área social e a cozinha, ao centro do lote; e o módulo dos quartos, na área mais reservada e na orientação do nascente.

Os três módulos são implantados em paralelo ao lado menos favorável do terreno, que tem área total de aproximadamente 600m2, respeitando o recuo mínimo e criando no lado oposto um amplo jardim, que se relaciona com a área social da casa através da varanda principal. Orientada a Nordeste, a varanda recebe a melhor brisa de Salvador e também é protegida da chuva, configurando um ponto central da casa.

Ormindo privilegia conscientemente o setor social em detrimento do individual, dedicando menos área construída aos quartos se comparado a outras casas do gênero, sem, no entanto, abrir mão de conforto e funcionalidade. A estratégia resulta numa obra que ressalta a relação entre a casa e o terreno, o interno e o externo. Na área dos quartos destaca-se a escada de madeira de pau d'arco, delicadamente integrada à espacialidade do hall de distribuição em ambos os pavimentos e iluminada por esquadria vertical de grande dimensão.

Do ponto de vista da materialidade, Ormindo e Esterzilda utilizam um bloco cerâmico de excelente fabricação local, deixando-o aparente e com função estrutural. Para isto, reforçam a esquina dos volumes construídos, criando um elemento que deixa entrever uma reinterpretação dos cunhais de pedra típicos da arquitetura colonial portuguesa em Salvador.

A vista para a rua é caracterizada pelos brises inclinados construídos com colmeias de madeira a proteger do poente o gabinete sobre a garagem, implantada de forma semi-enterrada para mediar a transição entre a rua e o forte aclive que leva à cota de acesso e implantação da casa.

A expressão resultante da síntese entre a crueza do bloco avermelhado, as esquadrias de madeira e o telhado cerâmico é também uma provocação à linguagem da arquitetura da casa burguesa e, de certa forma, uma menção a realidade construtiva da arquitetura popular em Salvador, estabelecendo um interessante contraste com a vizinhança.

6. Oikos Casa de Cultura, Salvador BA, 1994

Oikos Casa de Cultura, plantas pavimento térreo e mezanino, Salvador BA, 1994
Foto divugação [Arquivo Paulo Ormindo de Azevedo]

O edifício Oikos é um empreendimento do casal Esterzilda e Paulo Ormindo situado no terreno da primeira casa da família, no bairro da Pituba, em Salvador.

Mais uma vez responsável pela construção, Paulo alia conhecimento técnico e engenho arquitetônico para implantação do programa de salas comerciais num lote exíguo.

Para tanto, Ormindo opta pela tipologia do acesso em galeria, usando o comprimento do lote como definidor da circulação entre os pavimentos através de uma escada metálica em um só lance, atirantada na estrutura da laje de cobertura e levitando sobre o pavimento de subsolo. No Oikos a escada tem destaque absoluto, reforçando a imagem e a funcionalidade das varandas de acesso às salas.

Após ingresso no prédio, Azevedo direciona o usuário ao fundo do lote para o acesso a escada e, como observa Rafael Moneo sobre a casa Manuel Magalhães, projeto de Álvaro Siza, "com isto consegue ocupar o terreno, usá-lo intensamente, incorporando-o ao edifício” (4). Assim como na Casa do Itaigara, observamos uma implantação respeitando o recuo mínimo no poente e privilegiando a fruição e o aproveitamento da área mais favorável do lote a leste.

Na fachada principal, Azevedo desenha um portal de acesso ao espaço de eventos em continuidade com a Rua Almeida Garret, usando como referência o módulo do arco da Basílica Palladiana, em Vicenza. Neste exercício deixa transparecer seu profundo conhecimento da história da arquitetura em um gesto de transgressor pós-modernismo dentro de sua obra, mas coerente com sua admiração ao trabalho de mestres como Frank Lloyd Wright e Carlo Scarpa.

O edifício também caracteriza-se pela fachada revestida em casquilhos cerâmicos de fabricação local, mais uma vez demonstrando cuidado do arquiteto na garimpagem de suas escolhas referentes  aos materiais e aspectos construtivos do prédio.

Considerações finais

Ao longo de quase sessenta anos de carreira, Paulo tem permeado sua obra construída com bela poesia literária, expressando uma erudição particular, oriunda da fusão entre um clássico repertório cultural e sua admiração pelo popular. Não se deixa seduzir pelo design gratuito e simplesmente "belo", valorizando o local e a ingenuidade do desenho autodidata como inspiração para sua constante renovação.

O trabalho de Azevedo no campo da arquitetura é, sobretudo, uma investigação sobre a construção. A partir das técnicas e dos materiais desenvolveu uma linguagem própria, baiana e parcimoniosa em sua essência, contemporânea e tradicional em um mesmo corpo, produto de uma invejável capacidade de produzir e atualizar-se contra qualquer vontade do tempo.

notas

1
Para maior aprofundamento sobre aspectos do restauro e da conservação de monumentos históricos na obra de Paulo Ormindo, ver: ANDRADE JÚNIOR, Nivaldo Vieira de. Projeto, memória e ambiência : as intervenções de Paulo Ormindo de Azevedo sobre o patrimônio edificado. Anais do Encontro Internacional Sobre Preservação do Patrimônio Edificado. Salvador Arquimemória 4, 2013.

2
Idem, ibidem.

3
COSTA, Alcilia Afonso de Albuquerque. Arquitetura do sol. Soluções climáticas produzidas em Recife nos anos 50. Arquitextos, São Paulo, ano 13, n. 147.00, Vitruvius, ago. 2012 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/13.147/4466>.

4
MONEO, Rafael. Inquietação teórica e estratégia projetual na obra de oito arquitetos contemporâneos. São Paulo, Cosac Naify, 2008.

sobre o autor

Sergio Ekerman é arquiteto e urbanista e também doutorando pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). É professor adjunto da UFBA e professor colaborador do Mestrado Profissional em Conservação e Restauração de Monumentos e Núcleos Históricos (MP-CECRE) e do curso de especialização – Residência em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia.

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