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Uma trajetória de mais de cinquenta anos, uma carreira singular, um papel relevante no circuito artístico brasileiro, faz de Nelson Leirner um importante artista Brasileiro.

Com o título God Blass, de 18 de agosto, com abertura às 20 horas, até 24 de setembro, a Paulo Darzé Galeria de Arte expõe várias de suas obras –técnica mista, objetos, fotografias, litogravuras -, trabalhos que no dizer do crítico Tadeu Chiarelli, “problematiza conceitos e verdades preestabelecidas tanto no campo da arte como fora dele, ampliando muito a possibilidade de debate sobre o estatuto da arte na sociedade contemporânea”.

“Parafraseando Hélio Oiticica, que dizia fazer música, eu digo que aquilo que Nelson Leirner produz é orte. E é orte em dois sentidos aparentemente excludentes.

É orte, em primeiro lugar, porque o artista começa desestruturando o próprio termo “arte” apenas com a troca da primeira vogal pela quarta. Tal operação, à primeira vista banal, pode ser percebida como emblema de toda a obra de Leirner. O que ele tem feito no contexto da arte brasileira contemporânea nos últimos 40 anos é, justamente, produzir deslocamentos de certos conceitos que estruturam o circuito de arte em todos os seus segmentos.

Com pequenas mudanças (como essa troca do “a” pelo “o” na palavra arte), com sutis ou estrondosas operações de desgaste dos significados de imagens e /ou objetos dos quais se apropria para desenvolver seus trabalhos – e aqui serão entendidos como “trabalhos” todos os objetos, instalações, textos e documentos produzidos por Leirner -, ele destrói ou, pelo menos, problematiza conceitos e verdades pré-estabelecidas tanto no campo da arte como fora dele, ampliando muito a possibilidade do debate sobre o estatuto da arte na sociedade contemporânea.

Dentro dessa primeira perspectiva, portanto, teríamos Nelson Leirner como o ortista desestruturador. Mas ao lado, ou no mesmo espaço, desse Nelson conhecido e reconhecido como “radical” ou “anárquico” existe, e sempre existiu, o Nelson construtor, o Nelson que, ao problematizar certas “verdades” estabelecidas, procura justamente reorientar o curso do sistema de arte, buscando mudar-lhe o rumo.

Orte... ort: prefixo de origem grega (Orth(o)-) que designa correto, reto, exato , direito, esclarecido. Aqui está a segunda definição de ort (ou orte) na obra de Nelson, aparentemente contra aquela primeira: uma subverte, desorienta; a outra, coloca no eixo. Porém, a orte de Nelson subverte corrigindo ou corrige subvertendo porque o ortista possui, efetivamente, essas duas facetas. Ele é o demolidor e, ao mesmo tempo, aquele que instaura, que esclarece.”

Tadeu Chiarelli - Texto crítico publicado no livro “Nelson Leirner Arte e Não Arte”

trajetória

Nelson Leirner nasceu em São Paulo em 1932. Artista intermídia. Reside nos Estados Unidos, entre 1947 e 1952, onde estuda engenharia têxtil no Lowell Technological Institute, em Massachusetts, mas não conclui o curso.

De volta ao Brasil, estuda pintura com Joan Ponç em 1956. Frequenta por curto período o Atelier-Abstração, de Flexor, em 1958. Em 1966, funda o Grupo Rex, com Wesley Duke Lee, Geraldo de Barros, Carlos Fajardo, José Resende e Frederico Nasser. Ainda em 1966 recebe prêmio na Bienal de Tokio.

Em 1967, realiza a Exposição-Não-Exposição, happening de encerramento das atividades do grupo, em que oferece obras de sua autoria gratuitamente ao público. No mesmo ano, envia ao 4º Salão de Arte Moderna de Brasília um porco empalhado e questiona publicamente, pelo Jornal da Tarde, os critérios que levam o júri a aceitar a obra. Realiza seus primeiros múltiplos, com lona e zíper sobre chassi. É também um dos pioneiros no uso do outdoor como suporte. Ganha o prêmio Itamaraty na Bienal de São Paulo. Por motivos políticos, fecha sua sala especial na 10ª Bienal Internacional de São Paulo de 1969, e recusa convite para outra, em 1971.

Nos anos 1970, cria grandes alegorias da situação política contemporânea em séries de desenhos e gravuras. Em 1974, expõe a série A Rebelião dos Animais, com trabalhos que criticam duramente o regime militar, pela qual recebe da Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA o prêmio melhor proposta do ano. Em 1975 a APCA concede ao artista o prêmio APCA melhor desenhista e encomenda-lhe um trabalho para entregar aos premiados, mas a Associação recusa-o por ser feito em xerox, por isso, como protesto, os artistas não comparecem ao evento.

De 1977 a 1997, leciona na Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, em São Paulo, onde tem grande relevância na formação de várias gerações de artistas. Em 1994 recebe o prêmio APCA de Melhor Exposição Retrospectiva do Ano. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1997, e coordena o curso básico da Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, até o ano seguinte. Em 1998 recebe o prêmio Johnny Walker de Arte Contemporânea. Em 1999 representa o Brasil na Bienal de Veneza o que lhe abre portas para uma carreira internacional tanto em galerias como em instituições, dando continuidade ao que já acontecia no Brasil.

Participa das mais importantes feiras de arte no exterior, tais como: Arco, Basel, Miami Basel, Dubai e expõe na Suíça, Alemanha, Espanha, Portugal, Inglaterra, França e Estados Unidos. Em 2007 é reconhecido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) com o prêmio “Trajetória de um artista” e em 2009 recebe uma homenagem do Instituto Cultural Itaú como “Artista Referência“ com a exposição Ocupação.

Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

 

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Nelson Leirner na Paulo Darzé Galeria de Arte

happens
from 18/08/2011
to 24/09/2011

opening
18 de agosto, quinta feira, às 20h

where
Paulo Darzé Galeria de Arte
Rua Chrysippo de Aguiar 8, Corredor da Vitória
Salvador BA Brasil
de segunda a sexta, das 9 às 19 horas. sábados, das 9 às 13 horas.
(71) 3267-0930

source
Paulo Darzé Galeria de Arte
Salvador BA Brasil

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