In order to have a more interesting navigation, we suggest upgrading your browser, clicking in one of the following links.
All browsers are free and easy to install.
Jac Leirner tornou-se internacionalmente conhecida no final dos anos 1980 pelo caráter irônico de suas obras. Para a exposição, a artista recriará o trabalho "Hip Hop" (1998/2011). A mostra conta com curadoria de Moacir dos Anjos.
A Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta, na Estação Pinacoteca, exposição retrospectiva de Jac Leirner (1961, São Paulo, SP) com cerca de 60 trabalhos entre esculturas, objetos, instalações e aquarelas. Realizados entre os anos 1980 e 2011, os trabalhos de Jac Leirner utilizam embalagens de cigarros, sacolas plásticas, dinheiro, cartões de vistas e outros produtos retirados do universo do consumo. Ao inseri-los dentro do universo artístico, esses objetos ganham novos significados. Segundo Moacir dos anjos, curador da mostra, “Sua obra éconhecida pelo interesse que demonstra por tudo que circula no mundo (mercadorias) e pelo que torna tal circulação possível (o dinheiro), bem como por problematizar os padrões formais estabelecidos pelo racionalismo nos movimentos artísticos (Arte Concreta e Minimalismo). Sua obra tece ainda argutos comentários sobre o sistema da arte e os costumes do meio artístico (viajar, apresentar cartões de visita), tornando-a uma das primeiras artistas a tratar do tema da condição do artista sob a globalização e suas implicações para a produção e circulação da arte”.
Na exposição são exibidos trabalhos das séries Os Cem, 1987, feitos com notas de 100 cruzeiros furadas e presas em tiras de papel, e Nomes, 1989, compostos por centenas de sacolas que cobrem uma parede do espaço expositivo. Neles, a artista explora a variedade de formas e cores dos materiais, incorporando questões relacionadas à presença da cor, da linearidade e da horizontalidade. Entre as obras dos anos 1990, estão Corpus Delict, 1993, e Foi um Prazer, 1997, onde Leirner coloca nas paredes cartões de visita de artistas, curadores e galeristas, e, entre as feitas na década seguinte, inclui-se Adesivos 44 (2004), trabalho apresentado originalmente na Bienal do Mercosul. Outro grande destaque é a recriação, em um dos espaços da Estação Pinacoteca, do trabalho Hip Hop, 1998/2011, feito com fitas adesivas coloridas aplicadas diretamente sobre a parede.
Elemento também importante da exposição é a inclusão de cerca de 20 aquarelas, desenvolvidas pela artista desde o início de sua carreira até o presente, e raramente exibidas. “Atravessando toda a mostra, as aquarelas, quase todas abstratas e coloridas, contrastam com os objetos carregados de signos extraídos da vida cotidiana. Elas chamam a atenção, contudo, para o fato de que a organização desses signos pela artista também leva em conta o seu interesse pela tradição construtiva e pela justaposição de manchas de cores, não importa que suporte ou materiais faça uso”, afirma Moacir dos Anjos.
Ainda segundo o curador, “por seu caráter retrospectivo e abrangente, a exposição será uma ocasião ímpar de consolidar a produção de Jac Leiner como uma das mais consistentes e originais da produção contemporânea brasileira. Será também oportunidade de apresentá-la a um público mais jovem, que ainda não teve a oportunidade de conhecê-la de modo abrangente”.
Sobre a artista
Jac Leirner (São Paulo SP 1961). Artista multimídia. Forma-se em artes plásticas em 1984, pela Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP, onde leciona entre 1987 e 1989. Em 1991,
É artista residente no Walker Art Center, em Minneapolis, Estados Unidos, e artista convidada no no Museu de Arte Moderna de Oxford, no Reino Unido. Em 1998, é artista convidada, na Real Academia de Belas Artes, em Amsterdam.
Jac Leiner, realizou diversas exposições individuais, entre as quais incluem-se: Osso 008,Centro Universitário da USP – Maria Antonia, São Paulo (2008); Jac Leirner – Ad Infinitum, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, 2002; Cem Temas, Uma Variação”, exposição relâmpago, Museu de Arte Moderna de São Paulo 2001; Hip Hop, The Bohen Foundation, Nova Iorque, 1998; Corpus Delicti, Centre d´Art Contemporain, Suiça, 1993.
Entre as coletivas, Jac Leirner participou, entre várias outras, da 12º Bienal de Istambul, Turquia, 2011; From Private to Public. Collections at the Guggenheim, Guggenheim Bilbao, Espanha, 2009; Itaú Contemporâneo: arte no Brasil 1981 – 2006, São Paulo, 2007; 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 2005; Século XX: Arte do Brasil, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal, 2000; Panorama da Arte Brasileira 1999, Museu de Arte Moderna de São Paulo, 1999; 47ª Bienal de Veneza, Itália, 1997; Bienal Brasil Século XX, Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo, 1994.