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O Shopping Metrópole, de São Bernardo do Campo, recebe no período de 06 a 29 de agosto, a exposição Brasil: mosaico cultural. O objetivo é mostrar à população do ABC um pouco sobre seis manifestações populares registradas como patrimônios culturais do Brasil.
Idealizado pela produtora cultural Ana Maria Xavier, o projeto é realizado com apoio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, patrocínio da Scania e apoio institucional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan. Nessa etapa em São Bernardo, conta também com o apoio do Shopping Metrópole.
Com curadoria da antropóloga Maria Lúcia Monte, a exposição apresenta a história de seis festas: Círio de Nazaré – Belém do Pará; Cavalhadas de Pirenópolis – Goiás; Fandango Caiçara – Paraná e São Paulo; Jongo do Sudeste; Samba de Roda do Recôncavo Baiano e Tambor de Crioula da Ilha – Maranhão.
Numa área de 150 metros quadrados dividida em seis módulos, sendo um módulo para cada uma das manifestações populares – e cada um deles composto de 04 biombos com imagens e textos e um painel multimídia com tela de LED de 40’, que transmitirá intermitentemente um documentário de 6 minutos.
Círio de Nazaré
Nossa Senhora de Nazaré é venerada no Brasil desde o século XVIII. Sua festa, o Círio de Nazaré, integra ritos de intensa devoção e aspectos de feira e diversão, atraindo a cada ano cerca de 2 milhões de pessoas a Belém. São romeiros, pagadores de promessa, moradores locais, turistas e paraenses que retornam à casa para celebrar com a família a “quadra nazarena”, no tradicional almoço com pato no tucupi. Momento de confraternização em que a vida suspende sua rotina, marco de identidade paraense.
Cavalhadas de Pirenópolis
A celebração do Espírito Santo é uma das mais antigas da cristandade. Por isso a festa do Divino de Pirenópolis inclui combates medievais de cristãos e mouros encenados nas Cavalhadas, sua grande atração. A confecção das roupas e adereços dos cavaleiros e dos mascarados, do Imperador, dos integrantes das Folias e dos cortejos, das comidas da festa, dos enfeites dos altares e andores, das lembrancinhas para os turistas integram a comunidade durante o ano todo na preparação da festa que é símbolo de sua identidade.
Fandango caiçara
Ícone da identidade cultural caiçara no litoral sul de São Paulo e norte do Paraná, o fandango é sinônimo de baile animado, com canto, dança e música de viola, rabeca e pandeiro. Variante da cultura caipira de uma população isolada, dividida entre a agricultura e as lides do mar, o fandango, batido ou valsado, era quase seu único divertimento. Mas ele herdou também das culturas tradicionais e populares um profundo sentido de devoção, expresso em sua presença na dança de São Gonçalo e nas Folias de Reis ou do Divino.
Samba de roda do recôncavo baiano
Samba de roda, com passo miudinho e umbigada, vem dos batuques de antigos escravos bantu do Recôncavo baiano. Dançado ao som de viola, pandeiro e prato e faca, ele une ao legado africano o instrumento musical e os versos portugueses. Samba corrido ou samba chula não tem hora, é diversão em batizado e aniversário, e ainda alegria profana em festas devotas, da Boa Morte e de Cosme e Damião, ou nos toques de Caboclo em terreiro de candomblé. Samba de roda é patrimônio cultural e símbolo de identidade do Recôncavo.
Jongo do sudeste
Jongo é versão do batuque de umbigada dos escravos do Vale do Paraíba. É também chamado caxambu e tambu, tambor de invocação dos ancestrais. Seus pontos são adivinhas incompreensíveis ao senhor e meio de demanda dos velhos cumbas, feiticeiros da palavra capaz de amarrar quem não desatasse o ponto. Devotos de São Benedito, do Rosário, das almas e dos Pretos Velhos da Umbanda, os jongueiros tocam em suas festas e celebram o Dia do Trabalho, 13 de Maio e o Dia da Consciência Negra, símbolos de resistência e identidade.
Tambor de crioula da ilha
Tambor de Crioula é dança que partilha com o jongo e o samba de roda a percussão e a umbigada. Suas toadas, quando improvisadas, dão lugar a desafios poéticos dos cantadores. Os tambores associam essa forma de diversão ao mundo jeje dos voduns e encantados, mas também se dança para São Benedito - ou para o vodum Avereketi - um tambor de promessa. O tambor toca ainda com as caixeiras do Divino da Casa Fanti-Ashanti, no Bumba Boi e no carnaval. A exuberância do tambor de crioula faz dele um símbolo da identidade maranhense.