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Complementando o diálogo com o acervo e os fotógrafos que registraram a transformação da cidade, a artista também se apropria de imagens de negativos de vidro e fichas catalográficas criadas desde 1938 por Benedito Junqueira Duarte
A artista exibe uma instalação com trabalhos inéditos, muitos dos quais estão no limiar na obsolescência ou mesmo em desuso. Seis arquivos de metal têm suas gavetas superiores convertidas em espaços expositivos, que podem ser observados por olhos mágicos.
Em seus procedimentos, a artista se deixa contaminar pelo ambiente onde realiza sua pesquisa, aliando o espaço e seus objetos para a criação de suas obras. Nessa mostra fica clara a sua preocupação em não deixar cair no esquecimento objetos que encontram-se em fase de tombamento. Ironicamente, a artista resistiu a tecnologia digital até este ano e Tombo: marca a sua transição para a nova tecnologia.
Segundo Henrique Siqueira, Rochelle Costi “criou dispositivos para observar a transição da tecnologia fotográfica, articulando objetos que até uma década atrás pertenciam ao nosso dia-a-dia mas que, na atualidade, perderam seu uso e função na fotografia e estão sendo guardado nas prateleiras mais altas das instituições. Tombo:, o título da instalação, também remete ao recente inventário dos equipamentos analógicos elaborado pela Casa da Imagem e seu tombamento, e a retirada de circulação das fichas catalográficas em papel que, substituídas pelo banco de dados, estão sendo guardadas como objeto de acervo. Ao criar dispositivos óticos que focam estes objetos, Costi sugere ao observador um olhar mais crítico as iminências de desaparecimento.”.
Rochelle Costi(Caxias do Sul – RS, 1961)
Vive e trabalha em São Paulo. Fotógrafa e artista multímidia. Forma-se em comunicação social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC/RS, Porto Alegre, em 1981. Freqüenta ateliês de arte na Escola Guignard e um curso de extensão sobre processos fotográficos do século XIX na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG . De volta a Porto Alegre, faz instalações com fotografias e objetos que coleciona, tais como cinzeiros, malas, vidros e lâmpadas. Em 1983, realiza a mostra individual Tentativa de Vôo, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli - Margs e, a partir de então, expõe em outros Estados do Brasil. Nessa época, atua como fotógrafa de teatro e música. Vive em Londres, entre 1991 e 1992, período em que estuda na Saint Martin School of Art [Escola de Arte San Martin] e na Camera Work. Participa da 24ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1998, e das 6ª e 7ª Bienais de Havana, em 1997 e 1999, entre outras mostras internacionais. Em 1997, recebe o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Fundação Nacional de Arte – Funarte e, três anos depois, a Bolsa de Artes da Fundação Vitae. Realizou exposições individuais em importantes espaços instituições como Museu de Arte do Rio Grande do Sul - Margs, Museu da Imagem e do Som - MIS SP, Instituto Tomie Ohtake, Centro Universitário Maria Antonia - Ceuma, CCBB São Paulo e Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM SP, entre outros.
Tombo: trav. Esperança, 2012
foto: Aurélio Becherini
Tombo: Carrossel, 2012
foto: Aurélio Becherini