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Luis Pérez-Oramas assina a curadoria desta mostra que reúne cerca de 70 trabalhos, em variados suportes e materiais, concebidos por esta figura ímpar da expressão artística do século XX
Segundo Pérez-Oramas, Bruno Munari foi referência para o pensamento curatorial que conduziu a organização da atual edição da Bienal de São Paulo.
Bruno Munari. Arte, Desenho, Design pretende oferecer um panorama da trajetória da arte vital de Bruno Munari, desde suas origens futuristas até suas grandes realizações como designer, sem esquecer suas contribuições às linguagens dos concretos, de tanta relevância para o Brasil, assim como suas experimentações performáticas e suas investigações educativas. Livros, desenhos, colagens, serigrafias, esculturas, objetos, registros de performances, pinturas etc. dão conta deste universo inquietante, rico e diversificado do artista.
Considerado por Giulio Carlo Argan como “expoente de ponta da cultura artística italiana”, Munari, conforme aponta Pérez-Oramas, contribuiu fundamentalmente para a inserção da prática artística e do desenho contemporâneo na lógica da vida cotidiana, na materialidade dos objetos comuns e dentro do registro das linguagens ordinárias. “Nesse sentido, o legado de Munari aparece como uma contribuição crítica ao surgimento das poéticas artísticas contemporâneas, exemplificadas em uma continuidade transformadora da modernidade”, explica o curador.
Segundo Pérez-Oramas, também curador do MoMA (NY), coerentes com a missão das duas instituições conhecidas por seus programas de arte e educação, a Fundação Bienal de São Paulo e o Instituto Tomie Ohtake, a mostra de Munari significa um evento determinante para a curadoria da 30ª Bienal, A Iminência das Poéticas. “A obra do artista e designer italiano representa um legado fundamental para aqueles que compartilham a urgência de articular organicamente os campos da arte, do design e da educação”, completa.
Bruno Munari (1907, Milão - 1998, Milão, Itália) participou na Itália dos movimentos futurista e de arte concreta e trabalhou para empresas como Mondadori, Einaudi, Olivetti e Danese. Entre os prêmios recebeu o Compasso d’Oro da Associazione per il Disegno Industriale (1954 e 1955), medalha de ouro na Triennale di Milano com os “livros ilegíveis”, Prêmio Hans Christian Andersen como melhor autor para a infância (1974), Prêmio Gráfico Fiera di Bologna per l’Infanzia. Dedicou-se intensamente a atividades didáticas. Dentre seus livros mais conhecidos no Brasil estão Design e comunicação visual (Laterza, 1968), Artista e designer (Laterza, 1971) e Das coisas nascem as coisas (Laterza, 1981); Na Noite Escura (Cosac Naify, 2008).
Macchina Inutile, Max Bill, 1933-93, têmpera sobre cartão fio e madeira, Bruno Munari [divulgação]
Ora-X, 1963, plástico alumínio mecanismo de mola base de madeira, Bruno Munari [divulgação]