A mostra propõe a reflexão das concepções e das práticas de ambas através de fotos, vídeos, materiais de shodô e “folhinhas de pixo”.
O shodô – prática da caligrafia japonesa – é considerado uma das artes mais tradicionais na forma de escrita. A pichação sempre foi diferenciada do grafite e sua imagem ligada ao lado transgressor da arte urbana. A Casa das Rosas uniu o potencial dessas duas formas de linguagens e traz para seu público, a partir do dia 5 de abril, a mostra Pisho xodô – a escrita como ato. O museu pertence à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, gerenciado pela organização social POIESIS.
Exposição foi organizada pelos artistas Juliana Kase (artista plástica), Cadós Sanchez (educador), Reinaldo Daniel de Souza, o Rei (caligrafo e escritor de rua), Gabriel Kerhart (performer e poeta), Rafael Miyashiro (designer gráfico) e Monica Jury Terada da Associação Shodô do Brasil. Serão expostos escritos em shodô, que em japonês significa “caminho da escrita” e imagens de pichações (que os artistas chamam de “pixações”) da cidade de São Paulo.
Segundo Juliana Kase e Cadós Sanchez, A pichação e a caligrafia japonesa foram originadas em condições sociais e históricas quase antagônicas. Apesar disso, há em ambas formas de escrita, uma noção de temporalidade, espacialidade e movimento do corpo que não pode se desvencilhar do conteúdo do que é dito e nem da experiência de vida de quem escreve.
Oficina e mesa redondaNo mês de abril, serão realizadas uma oficina e uma mesa redonda que completam a mostra Pisho xodô.
16, das 14h às 18h
Será a vez de uma oficina de experimentação das caligrafias de pichação e shodô com Reinaldo Daniel, Gabriel Kerhart, Monica J. Terada e Rafael Miyashiro.
29, às 19h30
Ocorrerá a conversa com Gabriel Kerhart e Rafael Miyashiro sobre as concepções e visões da grafia urbana contemporânea e da caligrafia milenar tradicional japonesa. A mesa conta com a participação de Djan Cripta (pichador e documentarista).