Your browser is out-of-date.

In order to have a more interesting navigation, we suggest upgrading your browser, clicking in one of the following links.
All browsers are free and easy to install.

 
  • in vitruvius
    • in magazines
    • in journal
  • \/
  •  

research

magazines

newspaper

agenda cultural

Além de uma mera afirmação do desejo homossexual, “Um Homem Bateu em Minha Porta” representa um embate contra as normas heterocentradas que regem grande parte do mercado de arte

A Verve Galeria inaugura "Um Homem Bateu em Minha Porta", do artista visual Francisco Hurtz, com texto crítico de Jorge Coli. Em sua primeira individual na galeria, Francisco Hurtz propõe um novo olhar à representação do corpo masculino: “Busco romper com uma tradição homoerótica de desejo e afeto projetados na criação estética, e dou lugar ao vazio, à dubiez, à indefinição e à perplexidade”, comenta. Sobre esta produção, o historiador Jorge Coli afirma: “Ao centrar-se sobre o corpo masculino e sobre o fetichismo homoerótico, Francisco Hurtz celebra menos uma sexualidade exuberante do que o rigor próprio a uma síntese concentrada. Opera uma desumanização, seja ela sentimental, seja ela de estímulos eróticos. Instaura mais a contemplação do que o apelo do desejo. Mesmo suas épuras de jovens, delicadas, sugerem um esvaziamento: nem rosto, nem alma. Os personagens sado masoquistas expulsam o erotismo pela objetivação de uma imagem que possui algo de demonstrativo”.
Além de uma mera afirmação do desejo homossexual, “Um Homem Bateu em Minha Porta” representa um embate contra as normas heterocentradas que regem grande parte do mercado de arte. Engajado com a Teoria Queer e com a estética pós-pornô, Francisco Hurtz questiona o exercício do protagonismo no meio artístico, e explicita o silenciamento sistemático da Arte Queer nos museus e instituições do Brasil - país com os maiores índices de violência contra LGBT’s no mundo. Nos dizeres do artista: “A celebração ao corpo e a pura escopofilia nas artes ficam de lado e dão lugar à incerteza através de um olhar subversivo. Corpos de homens em confronto: a tortura, a objetificação, a fragilização, o apagamento, fragmentação, a subordinação e a redução de imagens masculinas colocam o homem em um lugar de servidão e incômodo pouco comuns nas artes visuais”.

Sobre Francisco Hurtz (São Paulo, 1985)

Vive e trabalha em São Paulo. Através da utilização de linhas e espaço vazio na superfície pictórica, o artista descontextualiza imagens e as reorganiza em sua pesquisa. Sua obra aborda a apropriação e recontextualização de imagens, passando pela Teoria Queer e as relações entre corpos e espaço. Hurtz participou de exposições no Carreau du Temple em Paris, na École Supérieure des Beaux-Arts d'Aix-en-Provence em 2005. Mostra ARSENAL no Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Palma de Mallorca, Espanha, 2015; Espelho Refletido - Surrealismo e arte contemporânea brasileira no Centro de Artes Hélio Oiticica, no Rio de Janeiro, 2012; Mostra 10+20 e Quarto de Maravilhas pela galeria Emma Thomas em 2010 e 2012; A Relação Entre Corpos e Espaços e Anti-Corpos, suas exposições individuais na Galeria Mezanino em 2011 e 2013; LOCKER-ROOM, exposição individual no Epicentro Cultural, 2014; e vários outras mostras e publicações nacionais e internacionais. Seu trabalho integra, desde 2013, a coleção de arte de Gilberto Chateaubriand.

Sobre Jorge Coli (Amparo, 1947)

Professor titular em História da Arte e da História da Cultura, no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp e colunista do jornal Folha de S. Paulo. É formado em História da Arte e Arqueologia (graduação e mestrado) e em História do Cinema (graduação) na Universidade de Provença (Aix-Marseille I, França), doutorado em Estética pela USP - Universidade de São Paulo, livre-docência e titulação em História da Arte e da Cultura pela Unicamp. Foi colaborador do jornal Le Monde, traduziu para o francês Memórias do Cárcere de Graciliano Ramos e Os sertões de Euclides da Cunha, em colaboração com Antoine Seel. Lecionou na Universidade de Provence, Montpellier e Toulouse. Foi professor convidado nas universidades de Princeton (USA), Paris I (Panthéon-Sorbonne)(França), Osaka (Japão) e pesquisador da New York University (USA). Trabalha sobre os séculos XIX e XX. Entre seus livros estão: Música Final- ed. Unicamp; Ponto de fuga (Perspectiva); L'Atelier de Courbet (ed. Hazan, Paris); O corpo da liberdade (CosacNaify), editado no França sob o título de Le corps de la liberté (ELLUG, Grenoble, 2016). Recebeu diversos prêmios, entre eles o "Florestan Fernandes" (CAPES), melhor orientador de tese em Ciências Humanas (2005) e o prêmio "Almirante Alvaro Alberto", do CNPq, em 2018 . Foi Secretário da Cultura da cidade de Campinas. De 2013 a 2017, foi diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp.

<br />Imagem divulgação


Imagem divulgação

Exposição “Um Homem Bateu em Minha Porta", de Francisco Hurtz

happens
from 25/09/2018
to 25/10/2018

opening
Dia 25.09.2018, terça-feira, às 19h

where

Verve Galeria
Rua Lisboa, 285 - Jardim Paulista, São Paulo - SP, 05413-000
(11) 2737-1249
e-mail

source
Verve Galeria
São Paulo

share


© 2000–2025 Vitruvius
All rights reserved

The sources are always responsible for the accuracy of the information provided