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Plataforma de produção e pesquisa artística que promove um diálogo entre arte, arquitetura e cidade, indagando quais as possíveis reverberações e contribuições para uma problematização da urbanidade contemporânea.

Este projeto convida uma série de artistas Latino-Americanos para, um após o outro, se apropriarem do espaço exterior do edifício da Galeria Leme, arquitetando obras temporárias e site-specific, que se relacionem tanto com a edificação quanto com o espaço público contíguo.

A escolha desta galeria se motiva, por um lado, pelo seu projeto, comissionado ao arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha (Prêmio Pritzker, 2006) em colaboração com os Metro Arquitetos Associados. Por outro, pela sua complexa história de construção, demolição, replicação e ampliação, que pode ser tomada como uma representação, numa pequena escala, dos processos evolutivos da cidade de São Paulo e de tantas outras metrópoles do sul geopolítico.

O foco curatorial recai sobre artistas cujas pesquisas gravitem em torno de problemáticas arquitetônicas e do espaço urbano, entre outros temas tangenciais. Por outro lado, incide em artistas Latino-Americanos, já que estes possuem um outro entendimento intelectual e corporal do espaço, que advém de uma intensa familiaridade com a complexidade da esfera pública e dos processos urbanos e sociais que são específicos à América Latina.

Para conceber o primeiro site-specific, SITU convida José Carlos Martinat.

Motivado tanto pela arquitetura do edifício da Galeria Leme, quanto pelas dinâmicas sociais da cidade de São Paulo, o artista peruano cria a sua instalação mais sutil até à data. Abdicando de uma ocupação física do exterior da galeria, ele foca nos fluxos imateriais, de discursos e informações, que participam ativamente da construção e contestação do espaço urbano.

Na sua instalação, Martinat engendra uma infraestrutura imperceptível ao transeunte, que torna o edifício num distribuidor camuflado de informações sobre a cidade de São Paulo. Estas são retiradas, em tempo real, de websites selecionados pelo artista. Após serem impressas, à semelhança de cupons fiscais, as informações são lançadas para o exterior do edifício, onde podem ser lidas e transportadas pelos transeuntes. Com este gesto, o artista indaga sobre a capacidade intrínseca a elementos inertes da cidade, tais como os edifícios, em ativar um engajamento com a realidade urbana entendida para lá da sua forma física, transformando o espectador num interlocutor silencioso e portador de informação.

Sobre o artista

José Carlos Martinat, 1974, Peru. Vive e trabalha em Lima, Peru.

Exposições individuais: Pista 1, Revolver Galería, Peru (2014); Ambiente de Estereo Realidad #4, Gervasuti Foundation, Bienal de Veneza, Itália; Ejercícios Superficiales sobre Dispositivos de Deleite, Galeria Leme, Brasil (2013) entre outras.

Exposições coletivas: 12ª Bienal de Havana, Cuba (2015); Permission To Be Global, Ella Fontanals-Cisneros Collection, Museum of Fine Arts, EUA (2014); Ruins in Reverse, Tate Modern, Inglaterra (2013); 9ª Bienal de Xangai, China (2012); 7ª Bienal do Mercosul, Brasil; 2ª Trienal Poli/Gráfica de San Juan: América Latina y el Caribe, Porto Rico (2009), entre outras.

Integra coleções como: Tate Modern, Londres, Inglaterra; MALI – Museu de Arte de Lima, Peru; MALBA – Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, Argentina; MOMA, Nova Iorque, EUA, entre outras.

Sobre o curador

Bruno de Almeida, 1987, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.

Graduado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, Portugal. Mestre em Arquitetura pela Accademia di Architettura di Mendrisio, Suíça. Trabalhou como arquiteto em Londres, Reino Unido e também como assistente curatorial no Instituto de Investigação Independente da Fondazione Archivio del Moderno, Suíça.

Galeria Leme

Inaugurada em Novembro de 2004, e situada no bairro do Butantã, em São Paulo, a Galeria Leme se posiciona em meio de uma paisagem que rapidamente se modifica segundo as forças da construção civil e da expansão urbana.

O projeto da galeria, comissionado ao arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, é uma verdadeira afirmação arquitetônica. Tanto na sua relação com o entorno, que denota uma postura assertiva porém defensiva e introspectiva. Como nos seus espaços interiores, abdicando do genérico “cubo-branco” em favor de uma rica espacialidade e materialidade. A sua construção, feita totalmente em concreto aparente, in situ, lhe dá o aspecto de um bunker firmemente enraizado neste local em constante mutação.

Logo após a construção do edifício, a área ao seu entorno começou a ser reconhecida por seu crescente potencial de desenvolvimento, e esta reapreciação aumentou o valor dos bens imobiliários e o interesse construtivo sobre aquela zona. Em 2010, todo o quarteirão onde o edifício se encontrava foi comprado, por uma das principais companhias multinacionais Brasileiras, para ai ser construído o edifício de sua nova sede. Consequentemente, a galeria teve de ser destruída e realocada, mas, tratando-se de um edifício de autor, este processo não prosseguiu sem antes ser instituído um acordo que salvaguardasse a continuidade da existência do projeto. Este estabelecia que a nova galeria seria reconstruída, a aproximadamente 300 metros da sua localização original, usando o projeto inicial como base. A nova galeria Leme, mais do que uma releitura da edificação anterior, se aproxima extremamente da ideia de clone.

Para além de ter sido deslocada e replicada, a galeria foi também ampliada, tendo sido acrescentado um novo edifício ao projeto inicial, resultado da colaboração entre Paulo Mendes da Rocha e o escritório paulistano Metro Arquitetos Associados.

A nova galeria, inaugurada em 2012, é composta por dois blocos de concreto aparente que acomodam, entre si, um espaço externo. Ambos edifícios são unidos, no primeiro andar, por uma passarela que atravessa este pátio central. Este espaço vazio humaniza a escala do edifício e torna a sua relação com o entorno mais generosa e complexa.

A história deste edifício pode ser tomada como uma representação, numa escala menor, dos processos evolutivos da cidade de São Paulo e de tantas outras metrópoles contemporâneas. Assentes num incessante ciclo de construção, demolição, deslocamento e reconstrução.

Clique aqui para SITU

Galeria Leme<br />Foto Eduardo Ortega  [Divulgação]

Galeria Leme
Foto Eduardo Ortega [Divulgação]

Projeto SITU #1 José Carlos Matinat, curadoria de Bruno de Almeida

happens
from 16/07/2015
to 29/08/2015

more
abertura 16 de julho, 19h

where

Galeria Leme
Av. Valdemar Ferreira, 130 CEP: 05501-000 São Paulo - SP

source
Bruno de Almeida / Melisa Jenik Galeria Leme
São Paulo SP

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