Um dos principais pontos turísticos de Salvador, reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Patrimônio da Humanidade, o Pelourinho deslumbra os visitantes.

A arquitetura, os casarões e suas cores servem de atrativo à visitação, principalmente após a revitalização iniciada no final da década de 1980, que transformou o espaço em um centro de efervescência cultural e comercial. É esse o tema do próximo episódio da série Arquiteturas, que vai ao ar no dia 6 de fevereiro pelo Sesc TV. O programa, produzido pelo jornalista Paulo Markun e pelo cineasta Sérgio Roizenblit, começa às 21h.

Situado no centro histórico de Salvador, o bairro do Pelourinho teve projeto de revitalização iniciado em 1985, o que atraiu mais bares, lojas, pequenos comércios e escolas. Ao mesmo tempo, o projeto é criticado por arquitetos e historiadores devido à realocação de moradores para áreas mais distantes, e também pela descaracterização da arquitetura colonial.

Salvador foi a primeira capital do Brasil Colônia.  O estilo das construções do centro histórico da cidade seguiu o colonial português, que traz algo que remonta ao estilo árabe e mouro do período de ocupação da Península Ibérica. Marcas deixadas no urbanismo português chegaram a Salvador. Com ruas labirínticas e sem vegetação no passeio público, o centro histórico baiano tem seu desenho baseado na topografia.

Hoje, Salvador se equilibra entre a necessidade de modernização dos imóveis do centro e a resistência e preservação de sua cultura. Um dos entrevistados deste episódio de Arquiteturas, o artista plástico Washington Arléo acredita que, com a participação da população, o centro histórico continuará sendo ponto de atração para turistas do Brasil e do mundo. Já o cineasta Paulo Marques, também presente neste episódio, critica a falta de um projeto mais sério, por parte do Estado, para atrair moradores ao centro histórico de Salvador.