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Publicação traz conversas com um dos maiores nomes da arquitetura.
Renzo Piano – a responsabilidade do arquiteto é resultado de sucessivas entrevistas, concedidas ao longo de vários anos pelo italiano, ganhador do Prêmio Pritzker em 1998 e um dos principais nomes de seu ofício na atualidade, ao jornalista Renzo Cassigoli.
De maneira informal e acessível, o livro aborda questões fundamentais da arquitetura, de maneira geral – como ela se relaciona com a arte, quanto pode definir o crescimento das cidades, como pode ser sustentável – e da obra e trajetória de Piano, em específico.
Renzo Piano, um criador entusiasta e realista, ao falar de seu trabalho, acaba evocando importantes reflexões sobre a vida, a sociedade, a história, as cidades, as culturas, em uma visão que conjuga ética e estética.
Renzo Piano – a responsabilidade do arquiteto é um livro tão breve quanto fundamental: consegue, com concisão, trazer à tona debates de grande valor não só para arquitetos e estudantes de arquitetura, mas para todos nós – aqueles que habitam, convivem e transformam em vida cotidiana as criações que saem das pranchetas.
“O artista é aquele que consegue dominar uma techné e usá-la para realizar seu objetivo, que é a arte. O arquiteto alcança aquilo que é útil por meio da história e o transforma em algo novo: é o que fazem os artistas. Mas a arquitetura é o espelho de muitas coisas. Digo sempre que a arquitetura é uma arte de fronteira, porque é continuamente contaminada por mil coisas, fecundada por mil expressões artísticas que pertencem a outras disciplinas. Tudo serve para fecundar a arquitetura. Por isso, escolhi misturar as disciplinas assim como faz um pintor com as cores da paleta. Eu não busco a diferença entre as artes e as ciências, busco a similitude; não busco as dissonâncias, mas as assonâncias.”Renzo Piano
sobre o arquiteto
Renzo Piano, nascido em Gênova, em 1937, numa família de construtores, formou-se em arquitetura em 1964, no Instituto Politécnico de Milão. Tornou-se um dos nomes mais importantes e prolíficos da arquitetura contemporânea, recebendo diversos prêmios, como o Kyoto em 1990, e a Gold Medal do American Institute of Architects (AIA), em 2008 – além da distinção máxima de seu ramo, o Prêmio Pritzker, que lhe foi concedido em 1998.
O projeto do Centro Georges Pompidou (ou Beaubourg), concebido com o inglês Richard Rogers e inaugurado em 1978, trouxe-lhe fama e consagração. Na época, o edifício suscitou muita polêmica, pois seu aspecto ultramoderno contrastava com os arredores antigos e tradicionais. O edifício – que ele mesmo definiu como uma “criatura que poderia ter saído de um livro de Júlio Verne” – é, porém, apenas um entre os muitos exemplos de como sua obra pode conjugar espaços acolhedores em grandes superfícies, extremo cuidado com o entorno e emprego da tecnologia. Tendo fundado, em 1980, o Renzo Piano Building Workshop , o arquiteto hoje tem obras distribuídas ao redor do globo, em lugares tão distintos como Berlim (onde reconstruiu a emblemática Potsdamer Platz), em Nova York, onde construiu a nova sede do New York Times, ou Numeia, na Nova Caledônia, onde projetou o Centro Jean-Marie Tjibaou, dedicado à cultura canaque local.