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A FASS – galeria especializada em fotografias do início do século XX, além de cópias de época, ou vintage – apresenta onze trabalhos de Miro, releituras de pinturas do século XVII, entre as quais, telas de Caravaggio.
São onze imagens que capturam por linguagem fotográfica obras renascentistas italianas, flamengas, francesas e espanholas, uma seleção que Miro utilizou como referência, para admirar a semelhança, atingida sem qualquer tipo de intervenção ou manipulação digital. As fotos (com tiragem de cinco) foram feitas em estúdio, apenas com os recursos à mão do fotógrafo na década de 1980: câmeras de grande formato e filmes positivos em placas de 4x5 polegadas.
As fotografias reunidas na mostra refletem um momento de introspecção do autor, às voltas com questões existenciais como a finitude e transitoriedade da vida, temas caros aos mestres daquele período. Na versão de Miro, obas como São Jerônimo, de 1606, São João Batista, de 1604, e Flagelação de Cristo, de 1607, encantam e emocionam pela sensação de presença que exalam os personagens, os corpos que, vindos da pintura, parecem avançar em nossa direção reivindicando humanidade.
Nas naturezas mortas, essa procura obsessiva por um vislumbre da verossimilhança representada em telas de 400 anos atrás alcança um grau de expressividade que transcende a mera reprodução e gera uma nova mensagem. Exemplos desse estilo recriados por Miro são as telas Bodegon de Cocina, 1665, de Mateo Cerezo e Bodegon e Paisagem, atribuída a Juan Van Der Hamen y Léon.
Releitura a partir da tela Bodegón y paisaje, 1623, de Juan Van Der Hamen y León, por Miro
Releitura a partir da tela Flagellazione di Cristo de 1607, de Caravaggio, por Miro
Releitura a partir da tela Sainte Madeleine, 1680, de Luca Giordano, por Miro
Releitura inspirada em duas telas com São Jerônimo, de Caravaggio, por Miro