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Evento promovido pelo Instituto Bardi, com curadoria de Renato Anelli, acontece na Casa de Vidro e integra a programação expandida da X Bienal de Arquitetura
Um Anhangabaú com ares de jardim tropical, com permissão até para pisar na grama. Assim seria o vale central paulistano se Lina Bo Bardi tivesse vencido o Concurso Nacional de Projetos para a Recuperação do Vale do Anhangabaú, realizado pela prefeitura em 1981. O projeto é tema da exposição “Anhangabaú: Jardim tropical” e do colóquio “Conversando sobre Lina Bo Bardi”, que o Instituto Lina Bo e P. M Bardi realiza na Casa de Vidro, como parte da programação expandida da X Bienal de Arquitetura, sob o tema "Cidade: modos de fazer, modos de usar, modos de agir".
“Anhangabaú: Jardim tropical” reúne desenhos originais, croquis de Lina Bo Bardi e equipe e uma maquete confeccionada para a exposição, com curadoria do arquiteto Renato Anelli, diretor do Instituto Lina Bo e P. M Bardi. Excepcionalmente, de 13 de outubro a 24 de novembro, o evento abre para visitação pública, de quinta a domingo, a Casa de Vidro, moradia do casal construída em 1951 no Morumbi.
A exposição
“Um enorme gramado, como um campo de futebol, percorrido por caminhos ‘naturais’, isto é, aqueles escolhidos pelos transeuntes como mais rápidos e orgânicos, chegará até os grandes prédios, sombras de árvores frondosas: tipuanas, seringueiras ... palmeiras (...) nada de paisagismo abstrato (...). Bancos de pedra debaixo das árvores e muitos vendedores: pipocas, sorvetes, churrasquinhos, livros velhos e jornais novos, cata-ventos, brinquedos caseiros... Será permitido pisar na grama.” Lina Bo Bardi, Memorial de projeto.
Em 1981, Lina Bo Bardi participou do Concurso Nacional de Projetos para a Recuperação do Vale do Anhangabaú com uma proposta provocadora. Para a transformação do fundo do vale em um parque com solo permeável e densa vegetação, Lina criou um longo viaduto elevado para os carros. A altura, largura e desenho sinuoso geraram o apelido “tobogã” e chamaram a atenção dos arquitetos. Segundo Anelli, “as proporções e formas do viaduto diferiam das obras de infraestrutura existentes na cidade – os pilares em forma de árvore erguiam o fluxo dos carros para uma altura muito superior aos viadutos que atravessam o vale”. Lina também propunha novos programas para os edifícios limítrofes, entendendo que seus novos usos seriam essenciais para a dinâmica do vale. O parque ousava ainda trazer para o centro da cidade a vegetação e a fauna típica da região. “Como no vão do Masp, seria um espaço livre para o povo e seu modo de viver e se divertir”, Anelli afirma.
Colóquio Conversando sobre Lina Bo Bardi
Informações no link http://www.vitruvius.com.br/jornal/events/read/972