Your browser is out-of-date.

In order to have a more interesting navigation, we suggest upgrading your browser, clicking in one of the following links.
All browsers are free and easy to install.

 
  • in vitruvius
    • in magazines
    • in journal
  • \/
  •  

research

magazines

newspaper

agenda cultural

Exposição leva os espectadores para além das telas

Um dos principais expoentes da Geração 80, Chico Cunha apresenta, até o dia 2 de novembro deste ano, a exposição “Chico Cunha Pinturas e Desenhos” – com curadoria de Alberto Saraiva –, no Centro Cultural Paço Imperial. Resultado dos últimos três anos de trabalhos do artista, a mostra apresenta cinco grandes desenhos e trinta e oito pinturas em pequeno formato executadas, propositalmente, em formatos reduzidos. Todos os trabalhos são óleo sobre tela.

Nessa produção, os acontecimentos na tela estão condensados no espaço e existe a presença de cores mais fortes, mais contrastantes e luminosas. “Sempre trabalhei em grandes formatos até porque sou de uma geração que surgiu pintando em grandes espaços. Também gosto de trabalhar com o figurativo ou com referências a ele. Antes eram grandes espaços que remetiam a paisagens onde se davam pequenos acontecimentos ligados a arquitetura e figuras humanas”, explica Chico. No trabalho atual, esses temas acontecem em espaços diminutos e vão se dando por sobreposição de planos e escalas. “Os desenhos também se formam por montagem e junção de acontecimentos, só que de uma forma mais gráfica e direta. São mesclas de rostos familiares ou não, mas que criam uma determinada tensão visual pelas cores, tratamentos e posições”, diz.

Chico Cunha participou da histórica exposição “Como vai você Geração Oitenta?” com a obra “Sonho de Valsa”, uma pintura de grandes dimensões que dialogava com o espaço arquitetônico da colunata interna da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Este trabalho ganhou destaque com o tempo e hoje é um dos principais ícones da época. “Suas principais referências vinham da pintura chinesa e de Guignard justamente porque o espaço era um dos vetores mais significativos de sua produção. A paisagem e o espaço apresentado nesses pintores interessavam o artista como modelo de especulação. Durante anos, a pintura de Chico cunha ocupou-se em apresentar vastos espaços com miríades de pequenos acontecimentos que se articulavam de modo independente uns dos outros e sem que houvesse uma conexão exata entre eles. É como se fosse necessário olhar o mundo como uma imensa área de ações que se relacionam através do compartilhamento espacial”, filosofa o curador Alberto Saraiva.

É sabido que Chico Cunha sempre criou perspectivas mais aéreas como se estivesse num planador, ou como se fosse necessário observar o mundo mais do alto. Este é um traço marcante do trabalho do artista. Entretanto, nesta nova mostra, ele busca um diferencial: condensar, fundir. Deixando a amplitude um pouco no passado, como explica Saraiva: “o desenvolvimento da pintura de Chico Cunha o levou paulatinamente a condensar, cada vez mais, tanto o espaço quanto os acontecimentos que ali se davam. O resultado é apresentado aqui, no Paço, em pequenos formatos. Juntar cada vez mais os objetos de modo a aproximá-los até fundi-los, para que tenhamos uma noção das coisas sem distingui-las exatamente”, afirma.

Umas das obras mostradas, nesta exposição, chama-se Planta Baixa, um desenho que envolve o espaço e a cor da parede. Uma moldura que espera o espaço que está por vir. O público vai poder perceber, então, aquele primeiro impulso do artista em tentar harmonizar a pintura com a arquitetura que faz parte da estrutura da obra Sonho de Valsa.

Em “Chico Cunha Pinturas e Desenhos”, o público vai poder perceber o conceito da mostra que aponta para a estranha relação entre o homem, o espaço e as coisas. Ou como prefere identificar o artista: “as obras permitem um diálogo com o espaço físico e a arquitetura”.

Mais sobre o artista

Chico Cunha vive e trabalha no Rio de Janeiro. Graduado em Arquitetura, fez, em 1990, Especialização em História da Arte e Arquitetura no Brasil, na PUC-Rio. Em 1991, recebeu uma Bolsa de Estudos oferecida pela Prefeitura da Cidade do México. É professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage desde 2002. Realizou diversas exposições individuais no Brasil e no exterior: Paço Imperial (Rio de Janeiro), Sergio Porto (Rio de Janeiro), Oi Futuro (Rio de Janeiro), Galeria Anna Maria Niemeyer (Rio de Janeiro), Galeria de Arte São Paulo (São Paulo), Centro Cultural Latino-Americano (Frankfurt, Alemanha), entre outros locais. Também participou de várias coletivas, como: “Amores Platônicos” e “Sonho de Valsa” – Coleção João Sattamini - (MAC de Niterói), “Um Caminho”, homenagem À Anna Maria Niemeyer (Paço Imperial, RJ), “Múltiplos” (Galeria Amarelonegro, RJ), “Colectiva” (Sala Alternativa de Artes Visuales, Caracas, Venezuela), “Casos de Pintura” (Museu de Artes Visuais de Brasília, DF), “Chroma”, na Coleção Gilberto Chateubriand (Museu de Arte Moderna, RJ), “Espelho Cego”, na Coleção Marcantônio Vilaça (Paço Imperial, RJ), “Onze Artistas Brasileiros na China” (Pequim, Xangau e Shezen, na China), “Coleção Paulo Figueiredo” (Museu de Arte Moderna, SP), além, claro de “Como Vai Você, Geração 80” (Escola de Artes Visuais do Parque Lage, RJ), entre outras mostras importantes.

Obra de Chico Cunha

Obra de Chico Cunha

Obra de Chico Cunha

Obra de Chico Cunha

Chico Cunha apresenta sua nova série de pinturas e desenhos

happens
from 17/09/2014
to 02/11/2014

opening
17 de setembro

where

Paço Imperial
Praça XV de Novembro, 48, Centro
Rio de Janeiro RJ Brasil
Terça a domingo, 12h às 18h
(21) 2215 2093

source
Bárbara Chataignier
Rio de Janeiro RJ Brasil

share


© 2000–2025 Vitruvius
All rights reserved

The sources are always responsible for the accuracy of the information provided