A maior escola pública do Brasil tem sua memória resgatada por arquiteta e ex-aluna, em um livro que reúne História, histórias e muita emoção.

O lançamento do livro Caetano de Campos, a escola que mudou o Brasil, de autoria de Patrícia Golombek, será lançado no dia 4 de março de 2016, sexta-feira, das 14h às 17h, na Livraria João Alexandres Barbosa, no Complexo Brasiliana da Cidade Universitária da USP.

Caetano de Campos

Muita gente passa em frente ao prédio da Secretaria da Educação na Praça da República em São Paulo e nem imagina para que foi construído aquele magnífico edifício. Em 1894 foi finalizada a linda obra projetada pelo arquiteto Ramos de Azevedo para abrigar a Escola Normal de São Paulo, posteriormente conhecida por Caetano de Campos.

A escola que esse ano completa 170 anos foi a maior escola pública que o Brasil já teve. Por lá passaram muitas celebridades e intelectuais, como os escritores Oswald de Andrade e Lygia Fagundes Telles, a pianista Guiomar Novaes, dramaturgos como Oduvaldo Vianna Filho, atores, músicos, entre outros.

A Universidade de São Paulo, fundada em 1934, começou suas atividades em suas instalações e para abrigar um maior número de alunos, foi acrescentado ao prédio um terceiro andar, finalizado no ano de 1937.

Os professores da Escola fundaram a maioria das escolas de professores do Brasil, conhecidas como "Escolas Normais”, além de escolas particulares como Colégio Rio Branco, Liceu Pasteur, Elvira Brandão, Ofélia Fonseca, Oswaldo Cruz, entre outros.

Sobre o livro

Essas e outras histórias são contadas no livro “Caetano de Campos, a Escola que mudou o Brasil”, de autoria da arquiteta e ex-aluna Patrícia Golombek.

São 823 páginas, mais de 1000 fotos divididas em décadas, desde o século XIX, até meados da década de 1970, quando a escola saiu do prédio da Praça da República.

No livro se encontram histórias de São Paulo, biografias de professores, mobiliário e materiais escolares, uniformes, documentos raros, passagens pitorescas, assuntos específicos sobre Educação escritos pelos maiores especialistas no assunto, entre outras coisas.

Patrícia ficou por 4 anos no acervo reminiscente da escola legendando fotos, cruzando informações, entrevistando alunos nonagenários; fez um site (iecc.com.br), uma exposição no Arquivo Histórico sobre a Escola no final de 2014, e agora, finalmente, publica o livro pela Edusp, com apresentação do professor José Goldemberg.