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Em cartaz na Galeria Mata, mostra reúne obras de Alexandre da Cunha, Iran do Espírito Santo, José Damasceno, Laura Vinci, Marcius Galan e Sara Ramo

Questões associadas à escultura contemporânea, como luz, espaço, forma, geometria e abstração, são abordadas na mostra Visão Geral, coletiva em cartaz até o final de setembro na Galeria Mata, no Instituto Inhotim, e no site do museu. Por meio de trabalhos dos artistas Alexandre da Cunha, Iran do Espírito Santo, José Damasceno, Laura Vinci, Marcius Galan e Sara Ramo, o público é convidado a refletir sobre a produção escultórica contemporânea para além de sua dimensão como objetos tridimensionais.

"Apoiados nas histórias da arte e da arquitetura, nada aqui é escultura em seu sentido clássico. Visão Geral não propõe um mapeamento, mas sim um panorama de uma produção em que tempo, percepção e visão são indispensáveis", explica Douglas de Freitas, curador do Inhotim.

Na Sala I, entrada do espaço expositivo, a Máquina do mundo (2005), instalação de Laura Vinci que toma de empréstimo o título do emblemático poema de Carlos Drummond de Andrade, traz uma reflexão acerca de um ciclo do tempo. O trabalho, composto por pó de mármore, correia transportadora e uma máquina dosadora, é, segundo a artista uma espécie de "ampulheta maquínica", na qual o tempo é o responsável por modificar elementos que até então, no campo representativo, eram utilizados como símbolo de durabilidade. "Minha máquina transporta quase que unitariamente cada grão de mármore, num silêncio de minério, como se carregasse para lá e para cá, em pó, a história da escultura. Todo aquele mármore talvez guarde, na sua pilha, possíveis esculturas eternas. E talvez comente, grão por grão, a nossa precária transitoriedade", reflete a artista.

Iran do Espírito Santo, na Sala II, traz objetos comuns representados em esculturas que fazem uso de materiais tradicionais como o granito, o aço e o vidro. Em Barril de petróleo (2006 - 2007), Iran apresenta uma escultura maciça de tonalidade profunda, assim como a do próprio petróleo, símbolo de um dos principais agentes impulsionadores da economia mundial e alvo de disputas territoriais. Já em Sem título (Desdobrado) (2004), o artista trabalha com uma figura geométrica, que se mostra desconstruída em planos soltos como em uma caixa desmontada - um jogo de transparência e reflexo absorve e rebate informações arquitetônicas do espaço expositivo.

Na Sala III, o visitante se depara com um espaço vazio, que traz apenas uma sútil fresta na parede branca que incita o visitante a se aproximar. Trata-se da obra Fissura, da série Mapas (2011), da artista Sara Ramo, que busca desvelar os elementos e os espaços ordenados em situações de desarranjo da normalidade esperada. É uma espécie de olho mágico, um buraco de fechadura, que sacia a curiosidade de conhecer o outro lado, o avesso do espaço. Ao olhar, o visitante se depara com um interior totalmente diferente do imaginado, em que objetos adquirem protagonismo central em um caos cuidadosamente arranjado. Se, no exterior, a obra está associada ao cubo branco, em seu interior o que se percebe é um novo mundo, no qual o que normalmente é considerado desordem e imperfeição, apresenta-se contrário ao ideal estético do espaço destinado à arte. São as entranhas desse espaço que se revelam através da fresta e, assim, ressignificam a ordem e a limpeza da sala externa.

Na Sala IV, José Damasceno traz uma instalação que explora os limites da forma escultórica com uma poética que envolve questões da superfície, profundidade, solidez e gravidade. Trata-se de Método para arranque e deslocamento (1992 - 1993), instalação feita por um revestimento de carpete comum a ambientes domésticos e empresariais e que, por meio de ações de corte e remoção, ganha novo sentido e se converte em escultura.

Assim como Damasceno, Alexandre da Cunha faz uso de peças do cotidiano para vida a suas esculturas. Na obra Mix (Boom) (2017), na Sala V, ele traz uma betoneira de concreto, máquina fundamental para a produção do concreto e corriqueira no mundo da construção civil, e desdobra o objeto em novos elementos baseados nos signos da arte. O volume único da peça é dividido em quatro partes, que se espalham pelo espaço, a solidez original se desfaz, e a visão e o espaço atravessam as formas.

Elementos comuns da arquitetura, como parede, teto, piso, tinta, luz e cera são as ferramentas que Marcius Galan utiliza para criar Seção diagonal (2008), instalação exibida na Sala VI que traz uma ilusão ao olhar dos visitantes. O artista propõe um deslocamento de percepção ao sugerir a presença de um elemento, que, afinal, não existe no espaço. Ao entrar na sala, a tendência é pensar que há um vidro dividindo-a, levando o público a visualizar uma vitrine vazia. Mas ao se aproximar, o visitante compreende que seus olhos foram enganados: trata-se de uma pintura no espaço. A escultura aqui é uma ilusão originada através dos códigos da arquitetura e dos espaços da arte.

Visão Geral integra a programação de mostras temporárias do Instituto Inhotim, pensadas para apresentar novos trabalhos e criar reinterpretações da coleção do museu.

Funcionamento

O Instituto Inhotim?está funcionando de quinta-feira a domingo e em feriados, com capacidade para?mil visitantes por dia. A entrada é gratuita em toda última sexta-feira do mês, exceto em feriados, com o mesmo limite de público. A compra e retirada de ingresso é realizada exclusivamente online e com antecedência pela?Sympla, tiqueteira oficial do Inhotim. Em função dos protocolos de saúde, vale lembrar que não está sendo feita operação de venda de entradas na bilheteria do museu.

Os protocolos de saúde estabelecidos no?Inhotim, como o uso?obrigatório?de?máscara, por funcionários e visitantes, displays de álcool em gel distribuídos pelo parque e distanciamento entre as mesas nos pontos de alimentação, continuam em vigência.

O Instituto avalia diariamente o cenário da pandemia na região e atua sempre em consonância com as decisões?estabelecidas?pelos?órgãos de saúde.

Alexandre da Cunha, <i>Mix (Boom)</i>. Mostra ‘Visão Geral’, na Galeria Mata, Instituto Inhotim<br />Foto William Gomes

Alexandre da Cunha, Mix (Boom). Mostra ‘Visão Geral’, na Galeria Mata, Instituto Inhotim
Foto William Gomes

Instituto Inhotim, mostra Visão geral

happens
from 23/09/2021
to 15/10/2021

where
Inhotim
Instituto Inhotim
Rua B, 20
Brumadinho MG Brasil
(31) 3227 0001

source
Instituto Inhotim
São Paulo

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