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Concurso de projetos para estudantes de arquitetura da América Latina, de Portugal e Espanha

A exigência da sustentabilidade, em última instância a exigência de manter e melhorar a capacidade produtiva do meio supõe considerar os impactos ambientais que gera a satisfação das necessidades sociais. A consecução da habitabilidade, da satisfação das necessidades de abrigo da sociedade e, em primeiro lugar, de habitação, supõe a utilização de vários tipos de recursos (materiais de construção, energia, água) que, finalmente, gera impactos ambientais locais e globais, como a mudança climática, muito consideráveis.

Uma arquitetura, e uma cidade, sustentável há de ser aquela que ofereça a habitabilidade socialmente necessária, usando recursos cuja disposição e uso não destruam o meio local nem ameacem os sistemas globais que tornam o planeta habitável. Para isso é preciso desenhá-la prestando atenção ao seu metabolismo, aos fluxos materiais que usamos para construir e manter a habitabilidade que se procura, e isso implica uma nova responsabilidade que deve estar integrada na formação dos arquitetos.

Desses fluxos materiais que mobiliza a consecução da habitabilidade, o fluxo quantitativamente mais importante, com maior capacidade conformadora, e um dos que maior incidência vai ter no meio local, é a água. A água é o mais imediato vetor de conexão da sociedade com seu território, e seu modelo atual de gestão no meio urbano moderno encontra-se em uma crise que se agrava dia a dia: a água é extraída cada vez mais de lugares mais longínquos e profundos, gerando maiores impactos no meio para captá-la e precisando de maiores quantidades de energia para transportá-la; o aumento da exigência do nível de depuração das águas servidas para garantir a qualidade do meio receptor requer processos de tratamento cada vez mais complexos e custosos que, finalmente, põem em dúvida a eficiência de usar a água como vetor de mobilização da matéria orgânica residual doméstica e de outros resíduos industriais; o crescimento das cidades supõe a impermeabilização cada vez maior do solo, aumentando a velocidade e a quantidade de escoamento da água de chuva e gerando problemas de drenagem que não poucas vezes superam a capacidade das infra-estruturas previstas.

A forma urbana da cidade tradicional sempre esteve muito determinada pela água. Além da excepcionalidade da gestão hídrica em cidades lacustres como Tenochtitlán ou Veneza, ou em oásis como Petra ou San Pedro de Atacama, a captação e a distribuição da água de boca e a gestão da água da chuva, evitando seus perigos e gestionando-a para seu aproveitamento, foram elementos-chave na conformação das cidades e em sua conexão com o território circundante, lições que hoje devemos aprender para sermos capazes de satisfazer as necessidades da vida atual, mantendo a qualidade do meio.

Uma lição que se deve aprender considerando a água, a gestão hídrica dos assentamentos, como um recurso precioso para abordar a transformação sustentável das nossas cidades e para procurar uma arquitetura consciente e responsável em sua relação com o meio.

Tema

O projeto deve abordar a produção da arquitetura em um meio urbano ou rural marcado pela força natural e cultural da água, no qual a resposta de projeto não só aborde de forma pertinente as questões paisagísticas desse entorno, mas também ofereça um modelo sustentável da relação com a água, que permita entender e aproveitar esse recurso em um meio fortemente caracterizado pela sua presença (ou ausência).

Participantes

Alunos dos dois últimos cursos de Faculdades ou Escolas de Arquitetura da América Latina, de Portugal e Espanha.

O trabalho deve ser desenvolvido no contexto de suas aulas de Projetos, como um exercício do programa do curso, com a duração que o/a professor/a responsável considere conveniente e oportuna.

Localização

A escolher por cada centro universitário, um âmbito no qual a água tenha, pela sua presença (ou ausência), um marcado protagonismo geográfico e histórico (mar, rio, lago, delta, marisma, pântano, litoral continental, ilha, arquipélago, oásis…).

No lugar selecionado, urbano ou rural, caberá delimitar uma superfície de um hectare (1 Ha.), com sua topografia real, como localização do projeto. O sistema hídrico deverá considerar o âmbito completo da micro-bacia em que se encontre a localização, tanto águas acima como águas abaixo.

Programa

Habitação coletiva em regime de aluguel para pessoas de baixa renda.

Cinquenta (50) unidades de alojamento de cinquenta metros quadrados (50 m2) construídos como máximo. Pode haver agrupamentos de unidades com menor ou maior superfície, dependendo das características demográficas de cada lugar, sempre que o total do conjunto a construir não supere três mil metros quadrados (3.000 m2).

A máxima relação permitida entre superfície construída e superfície útil será 1,2 (ver nota 1).

Condições urbanas

A edificação ocupará no máximo 25% da superfície dos terrenos.

O resto das condições urbanísticas que afetem a edificação, como sua altura máxima, será definido por cada centro universitário, em função das normas de cada lugar e sempre estarão justificadas em relação ao entorno.

Devem ser consideradas as necessidades de conexão das habitações com os serviços e equipamentos urbanos não contidos no projeto, pelo que hão de prever-se os sistemas de mobilidade de pessoas e materiais, e para isso reservar-se-ão os espaços e instalações necessários.

Custo

Tanto a edificação como o resto da intervenção nos terrenos selecionados deverão ser orçados de forma que as casas possam ser amortizadas e mantidas com o pagamento do aluguel em vinte (20) anos, considerando-se que as pessoas que ocupem estes alojamentos não pagarão mais de 15% do salário mínimo interprofissional anual vigente em cada país durante o ano 2012 (ver nota 2).

Apresentação

Definição em nível de Projeto Básico e em formato digital, com os seguintes planos e documentos de caráter obrigatório:

– Implantação, Escala 1/500.

– Conjunto (plantas, cortes, fachadas), E 1/200.

– Urbanização, E 1/200.

– Unidades de habitação (plantas, cortes, fachadas), E 1/50.

– Memória justificativa, descritiva e construtiva, fazendo menção especial à relação da proposta com a água (como paisagem, como recurso básico, como relação com a história, como fator estrutural da ideia que contenha o projeto).

– Resumo econômico.

Envio do projeto

O envio realizar-se-á antes do dia 13 de abril de 2012. Toda a documentação do projeto a apresentar será enviada em um único arquivo pdf. com um tamanho máximo de 10 MG. A remessa da informação se fará através do sítio da BIAU (www.bienaliberoamericana.org), preenchendo-se o formulário de dados correspondente.

Júri

Albert Cuchí / Espanha (porta-voz)

Pablo Beitia / Argentina

Carlos Morales / Colômbia.

Prêmios

Os autores do projeto melhor classificado pelo júri e seu professor/a serão convidados a Cádis, para participar na VIII BIAU e lá expor seu trabalho.

Serão outorgadas três menções.

Todos os projetos selecionados serão publicados e mostrados no Catálogo e na Exposição do evento.

Notas

1. Segundo a Ordem ECO/805/2003, de 27 de março:

– Superfície útil. É a superfície de solo delimitado pelo perímetro definido pela cara interior das paredes exteriores de um edifício ou de um elemento de um edifício, incluindo a metade da superfície do solo de seus espaços exteriores de uso privativo cobertos (tais como terraços, varandas, balcões, áreas de serviço, alpendres, cais de carga, salientes, balanços, etc.), medida sobre a projeção horizontal da cobertura.

– Não será considerada superfície útil a superfície ocupada em planta pelas divisões interiores fixas, pelos elementos estruturais verticais e pelas canalizações ou dutos com seção horizontal superior aos 100 centímetros quadrados e a superfície do solo cuja altura livre seja inferior a 1,5 metros.

A superfície ocupada pelos espaços exteriores não cobertos tampouco se considerará superfície útil

– Superfície construída. É a superfície útil, sem excluir a superfície ocupada pelos elementos interiores mencionados em sua definição e incluindo 100 % ou 50 % das paredes exteriores, dependendo de se são, respectivamente, de fachada ou medianeiras, ou compartilhados com outros elementos do mesmo edifício.

2. Segundo o Ministério do Trabalho e Imigração do Governo da Espanha, o Salário Mínimo Interprofissional é:

– A quantia remunerativa mínima que receberá o trabalhador, atribuída à jornada legal de trabalho em qualquer atividade de agricultura, indústria ou serviços, sem distinção de sexo ou idade dos trabalhadores, quer sejam fixos, eventuais ou temporários, quer sejam pessoal ao serviço doméstico familiar.

– O salário mínimo interprofissional é fixado anualmente pelo Governo, mediante Decreto Real, prévia consulta com as organizações sindicais e associações empresariais mais representativas, considerando o índice de preços ao consumo, a produtividade média nacional alcançada, o aumento da participação do trabalho na renda nacional e a conjuntura econômica geral. A quantia é fixada em salário/dia e salário/mês e, no caso de empregados domésticos, fixa-se também em salário/hora.

– Em cômputo anual para 2011, a quantia do Salário Mínimo Interprofissional, incluindo os pagamentos extraordinários, não será inferior a 8.979,60 euros para trabalhadores com jornada legal completa.

Informação

Em caso de dúvida, contatar:

Gloria Gómez Muñoz
Leyre Salgado Almazán
Secretaría Permanente
Bienal Iberoamericana de Arquitectura y Urbanismo
biau@arquinex.es / www.biau.es

VIII Bienal Iberoamericana de Arquitetura e Urbanismo – Cádis 2012 Espanha

inscription dates
until 13/04/2012


Ministerio de Fomento - Gobierno de España

source
Organização VIII BIAU
Madri Espanha

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