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O Simpósio objetiva aprofundar o diálogo entre arquitetura, ciências sociais e história partindo de um conceito de habitação como artefato de cultura. Organização CPC-USP, Pós-Graduação FAU-USP, e IFCH Unicamp.
A partir do entendimento do habitar como forma a relacionar as permanências e transformações nos modos de morar com processos técnicos, estéticos, urbanos, sociais, econômicos e políticos. A morada é aqui pensada em suas relações com a produção social e cultural, material e simbólica, bem como com a configuração de arranjos domésticos e familiares, relações de gênero e padrões de convívio e sexualidade, formas de satisfação corporal, psíquica e emocional.
Não poderia haver, nesse sentido, lugar mais apropriado para a sua realização: a Casa da Dona Yayá, sede do Centro de Preservação Cultural da USP, bem tombado como patrimônio estadual e municipal justamente pelos testemunhos dramáticos da adaptação de um espaço doméstico a práticas de segregação terapêutica, aplicadas a sua ilustre residente.
O programa trará quatro mesas temáticas comentadas por um mediador que conduzirá os debates, e conferências que apresentarão pesquisas realizadas no Brasil em outros países. Entre os convidados estarão presentes especialistas da França, Argentina e México atuantes em universidades e entidades de preservação do patrimônio. Haverá, ainda, uma visita guiada a Casa da Dona Yayá, ajudando a perceber e problematizar o tema habitação a partir das três visões propostas - domesticidade, gênero e cultura material - permeadas pelo conceito de patrimônio cultural.
O espaço doméstico privilegiado nesse seminário é aquele que se constitui a partir do século XIX em um contexto de modernização e urbanização, e que sofre transformações significativas ao longo do século XX, com rupturas, mas também continuidades. Ao focalizar a habitação em suas múltiplas facetas e possibilidades de leitura, são considerados vários agentes profissionais (como arquitetos, advogados, médicos, engenheiros, decoradores, designers, jornalistas, dramaturgos, artistas, assistentes sociais, religiosos, industriais, empresários); instituições (profissionais, políticas, religiosas, sociais e culturais), representações (escritas, visuais, cênicas) e suportes concretos (leis, regulamentos, periódicos, artefatos, construções exemplares, fotografias, manuais de dona de casa, álbuns de família, relatos orais, diários, anúncios, projetos, escritos literários, políticas de governo).
Programa
27 de maio
9h
Apresentação
9h30
Conferência 1
Confort, bien-etre, culture
Monique Eleb (École d'Architecture Paris-Malaquais, França)
Nos processos da domesticidade: a superposição de práticas cotidianas no mesmo espaço arquitetônico
Carlos Alberto Cerqueira Lemos (FAU-USP)
Local: Centro Universitário Maria Antonia-USP
14h
Mesa 1: Usos e configurações da domesticidade
Mediação: Joana Mello de Carvalho e Silva
Um sobrado como mediação: Ana Rosa de Araújo entre a reclusão e a vida social
Paulo Cezar Garcez Marins (Museu Paulista-USP; PPG FAU-USP)
Bexiga, modos de morar, modos de viver
Ana Lúcia Duarte Lanna (FAU-USP/Condephaat)
Nas casas 37, uma personagem e duas formas de morar
Marly Rodrigues (Memórias Assessorias e Projetos)
Local: Casa de Dona Yayá, CPC-USP
18h Ó de casa
Visita: Casa de Dona Yayá
Mediadora: Sabrina Studart Fontenele Costa (CPC-USP)
Local: Casa de Dona Yayá, CPC-USP
28 de maio
9h
Mesa 2: Saberes profissionais e viver coletivo
Mediação: José Tavares Correia de Lira
O lugar da casa na cidade: Rio de Janeiro na Belle Époque
Luciana Alem Gennari (Fundação Oswaldo Aranha)
Carmen Portinho: o conjunto público e a casa privada
Flávia Brito do Nascimento (FAU-USP)
Sobre modos de morar e modos de administrar a moradia: Edifício Esther, 1939-1962
Fernando Atique (EFLCH-Unifesp)
El multifamilar miguel alemán ¿hogar, dulce hogar? Una mirada a la domesticidad de la vivienda colectiva moderna: Ciudad de México, 1949-2000
Graciela de Garay (Instituto Mora, México)
Local: Casa de Dona Yayá, CPC-USP
14h
Mesa 3: Papéis de gênero e agenciamentos do morar
Mediação: Silvana Barbosa Rubino
As esculturas de fête galante na sociedade paulistana: um exercício de interpretação das funções domésticas dos objetos decorativos
Vânia Carneiro de Carvalho (MP-USP)
Gênero e materialidade nas vanguardas: o caso de Regina Gomide Graz
Ana Paula Cavalcanti Simioni (IEB-USP)
Domesticidade erótica na Casa Capuava de Flávio de Carvalho
José Tavares Correia de Lira (FAU-USP)
Georgia Hauner, Silvia, Claudia: mulheres e design moderno no fim dos anos 1960
Mina Warchavchik Hugerth (FAU-USP)
Local: Casa de Dona Yayá, CPC-USP
19h
Conferência 2
La casa y la multitud: vivienda, política y cultura en la Argentina moderna
Jorge Francisco Liernur (Escola de Arquitetura e Estudos Urbanos Universidade Torcuato Di Tella, Argentina)
Local: Centro Universitário Maria Antonia-USP
29 de maio
9h
Mesa 4: Representações femininas do habitar
Mediação: Flávia Brito do Nascimento
Intérpretes da metrópole e a casa encenada
Heloísa Pontes (IFCH-Unicamp)
“Entre mulheres”: o universo feminino e o ambiente doméstico dos anos 1950 e 1960 pelas colunas femininas de Clarice Lispector
Joana Mello de Carvalho e Silva (FAU-USP)
Claudia, Casa y Mujer: imágenes de la modernización del hogar de los sectores medios en la Argentina de los años 1960 y 1970
Anahi Ballent (IESCT,CHI,UNQ,CONICET - Argentina)
O espaço doméstico dos anos 1970
Marinês Ribeiro dos Santos (Dadin-UTFPR)
Local: Casa de Dona Yayá, CPC-USP
14h30
Conferência 3
Imperfeitas mulheres: suburbanização, gênero e domesticidade
Silvana Barbosa Rubino (IFCH-Unicamp)
Local: Casa de Dona Yayá, CPC-USP
Inscrições gratuitas até 15 de maio pelo link.