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Resultado do I Seminário Internacional sobre História da Arquitetura Hospitalar, livro organizado por Ana M. G. Albano Amora e Renato Gama-Rosa Costa é uma contribuição à investigação focada nos equipamentos de saúde

A arquitetura hospitalar constitui uma das contribuições mais relevantes para a fixação dos códigos formais, técnicos e espaciais da arquitetura do movimento moderno. Resposta a um programa eminentemente social e comunitário, ela foi também, neste aspecto, relevante para a afirmação da causa moderna na sua componente ideológica.

Resultado do I Seminário Internacional sobre História da Arquitetura Hospitalar, A modernidade na arquitetura hospitalar é um trabalho atual, pertinente e estimulante. A história dos hospitais na América é convocada, discutida e fixada com sentido crítico por uma plêiade de autores de referência, sob a coordenação dos professores Ana Amora e Renato Gama-Rosa. Trata-se de mais uma contribuição ao domínio da investigação focada nos equipamentos de saúde, campo que os autores vêm trabalhando há longos anos. Matéria inovadora, que coloca em discussão lugares tão distantes como Canadá e Chile, passando pela Colômbia, México, e com epicentro fundamental no Brasil.

Nesta história cruzam-se iniciativas higienistas, filantrópicas, e faz-se história do urbanismo e da arquitetura, mas também da ciência. E, sobretudo, fixa-se um patrimônio moderno, revelando o contexto que o justifica no tempo, entre passado e futuro.

A investida no futuro, dos hospitais às casas de saúde e sanatórios, implica fixar o hospital como tipologia da modernidade. É, de fato, no contexto da grande revolução higienista, palavra que ecoa da ideologia do desenvolvimento e do progresso modernos, que se opera esta transformação radical do modo de pensar o espaço e a arquitetura.

Com efeito, o desafio do patrimônio hospitalar é, talvez, o mais enorme e mais complexo da história da arquitetura moderna. Por isso, pensar a arquitetura da saúde como espaço de memória é quase um paradoxo, porque se trata de uma tipologia que atravessou o século 20 num processo em permanente evolução e que continuará, todos sabemos, nesse registro ao longo do século 21. Daí a importância da discussão que agora se apresenta em livro para assegurar não só a memória, mas igualmente fazer o futuro com memória, condição e garantia da sustentabilidade. Uma sustentabilidade social, cultural e econômica, que urge reivindicar quando passam cem anos sobre muitos destes inovadores equipamentos onde a América, de norte a sul, se posicionou como vanguarda.

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nota

NE – Prefácio de Ana Tostões, Professora Catedrática IST – Universidade de Lisboa Presidente da Docomomo International.

<br />Imagem divulgação


Imagem divulgação

A Modernidade na arquitetura hospitalar: contribuições para a historiografia

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Ana Amora
Rio de Janeiro

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