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Conferências e simpósios temáticos do Seminário, acontecerão de 23 a 30 de julho de 2021
Esta aberta a chamada temática "O outro, os outros e a vida urbana", que terá seu desdobramento no II Seminário Nacional "Urbanismo, Tempo e Espaço: Cidade e Democracia", ambos organizados pela revista "Políticas Públicas & Cidades".
As submissões para o dossiê temático da revista estão abertas, com recebimento dos trabalhos até o dia 6 de junho de 2021. A publicação dos trabalhos que forem aceitos, segundo apreciação da comissão científica, está prevista para ocorrer no final de setembro de 2021.
As conferências e simpósios temáticos do Seminário, acontecerão de 23 a 30 de julho de 2021.
O outro, os outros e a vida urbana
Pressupondo o encantamento e o desencantamento com a cidade em um contexto de crises democráticas, pensar a cidade é pensar a sociedade, a esperança e o futuro. A questão, portanto, é mobilizar ideias em torno desses conceitos universais em processos de mutação. Diante disso, faz-se necessário o interesse pela discussão teórica e metodológica sobre a construção social da realidade urbana em contextos intersubjetivos, em que múltiplos cotidianos coexistem através de sociabilidades e lugares. Esse cotidiano é o do Outro e os outros expropriados pela urbanização perversa, que aprenderam “modos de fazer” a sociedade mantendo como signos os gestos da existência, da sobrevivência e da resistência. Por isso, propõe-se pensar conteúdos sociais e políticos em que o psiquismo conscientemente resiste pelo desejo de ser, de estar e de habitar a cidade, isto é, a realidade que se opõe à cidade hostil com os corpos, consciências e essências.
Nesse viés, as adversidades urbanas podem ser registradas observando a vida do Outro em que o tempo é marcado pela ausência de moradia, serviços públicos, infraestruturas e serviços urbanos para sintetizar a realidade visível. Todavia, também é marcado pelo trauma da espera em habitar a cidade como lugar onde se celebra a (re)existência. Essa realidade em reivindicar lugares, sentidos, simbologias e memorias é, portanto, o ato de instituir sistemas rememorativos e figurativos à vida urbana, portanto, modos de fazer a sociedade. Para Milton Santos é a sociedade por baixo, negligenciada pela academia e instituições, mas carregada de narrativas do que é o território vivido, a esperança e o futuro. De acordo com Ana Clara Torres Ribeiro, é a dimensão do território praticado por ações e práticas de reivindicação. Tais preposições implicam em um sistema de relações citadinas figurando o espaço comum e compartilhável. A questão, portanto, é epistemológica e ontológica à medida que a realidade factual é tratada à margem do conhecimento científico, dado que a sociedade do conhecimento assimilou a vida como tratado social institucionalizado, mais ainda, o ordenamento das relações políticas, negligenciando a cultura periférica que ultrapassou o território físico habitado pelo Outro e os outros expropriados, violentados e estigmatizados. No entanto, esse Outro e os outros foram e são capazes de (re)construir a realidade social do cotidiano em oposição a valores institucionalizados como representação do vivido e praticado.
Desse modo, foi permitido o pressuposto de que a realidade da periferia se difundiu pelos espaços urbanos e metropolitanos; a rua e o edifício; o público e o privado; o objeto e o sujeito; o homem e a natureza; a forma e o contexto; o quantitativo e o qualitativo; a experiência e a vivência; a ciência e a técnica; a luta e a resistência; ou seja, todos os sujeitos estão unidos por temporalidades periféricas. Contudo, a diferença é que o Outro e os outros tratados nesta chamada estão acostumados a acreditar, a agir e reagir, a constituir, a criar, a confrontar, a desenhar, a fazer, a instituir, a lutar, a mobilizar, a organizar, a praticar e a (re)inventar o cotidiano através dos modos de fazer a vida e os lugares para manter sociabilidades e experiências. Portanto, enfrentam a hostilidade da cidade com seus gestos de existência, (re)existência e sobrevivência pelo desejo de ser, estar e habitar. Sendo assim, esse Outro possui relações conceituais com o homem ordinário do Michel de Certeau (1994); os homens lentos de Milton Santos (1994); o homem dos riscos de Naomar de Almeida Filho (1992); o flâneur de Baudelaire (1988); O poeta intempestivo do Giorgio Agamben (2009), entre outros.
Por fim, o enfrentamento teórico e metodológico das questões postas parece retomar “discretas esperanças” no interior das crises democráticas e societárias.
Mais informações
Normas para submissão, clique aqui
Dúvidas através do e-mail revistappc@gmail.com
Data final: 6 de junho de 2021
Previsão de publicação: final de setembro de 2021
Versão aprovada deverá ser traduzida para o inglês
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Para ter acesso às informações sobre o II Seminário Nacional "Urbanismo, Tempo e Espaço: Cidade e Democracia", clique aqui.
Imagem divulgação