Visual Pollution
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Visual Pollution
Advertising, Signage and Environmental Quality
Adriana Portella
Design and the Built Environment
Ashgate, Londres; 1ª edição, 2014
edition: english
hardcover
346 p
23,4 x 15,6 cm
illustrated
fullcolor
photos
drawings
ISBN
978-0-7546-7534-1
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about the book
Nos últimos anos tem havido um considerável interesse em relação aos problemas que os espaços públicos enfrentam devido ao mau planejamento dos anúncios comerciais. São Paulo, por exemplo, passou por um processo de despoluição estética desde a aplicação da Lei da Cidade Limpa, em vigor desde 2007. As consequências negativas que esse tipo de mídia podem trazer à qualidade visual das áreas urbanas e a qualidade de vida das pessoas é o foco do livro ‘Visual Pollution: Advertising, Signage and Environmental Quality’, que será lançado em Abril pela editora inglesa Ashgate de Londres.
O livro aborda conceitos que vão desde a área da arquitetura, planejamento urbano, marketing e turismo até a da psicologia ambiental. Embora algumas dessas disciplinas pareçam distantes umas das outras, todas conversam entre si quando o tema se trata da cidade e das pessoas que vivem nela.
Embora a questão da poluição visual, como esse fenômeno é comumente chamado na literatura, tem sido amplamente debatida, não existe ainda nenhuma conclusão clara sobre a melhor forma de controlar os anúncios comerciais levando-se em conta a identidade da cidade e as características e preferências culturais dos usuários residentes nela. Será que um anúncio visto na Times Square em Nova Iorque seria avaliado do mesmo modo se colocado em Roma, ao lado do Pantheon? Pessoas de diferentes culturas possuem preferências universais quanto à estética urbana, ou há diferenças significativas entre essas avaliações, e, portanto, cada país, cada estado e cada cidade deveria ter um regramento específico levando em conta a identidade local? Essa e muitas outras perguntas geraram as discussões e reflexões apresentadas nessa publicação.
Existem hoje vários modos de controle da poluição visual aplicados em muitos países, mas essas iniciativas não estão baseadas em princípios vindos da percepção e avaliação dos usuários. Baseando-se em uma série de estudos empíricos de ruas comerciais em centros históricos no Reino Unido e no Brasil, esse livro examina questões relacionadas ao gerenciamento do controle dos anúncios comerciais do ponto de vista estético, da preservação do patrimônio histórico e das preferências dos usuários residentes nessas diferentes culturas. A autora faz uma análise de um grupo de cidades a partir de conceitos desenvolvidos na área da psicologia ambiental, envolvendo teorias, conceitos e metodologias da psicologia, arquitetura, planejamento e desenho urbano.
Ao fazer isso, verifica-se que há preferências visuais comuns à maioria das pessoas, independentemente do seu contexto urbano e cultural, e que esses pontos comuns são fundamentais para o desenvolvimento de uma metodologia que oriente o controle dos anúncios comerciais em áreas históricas. Para concluir, o livro sugere que a melhor forma de controlar a poluição visual não é apenas recomendar diretrizes relacionadas aos anúncios comerciais por si só, mas definir princípios de desenho urbano que promovam a criação de ruas avaliadas como um todo positivamente por pessoas de diferentes culturas. Segundo as análises discutidas nesse livro, defende-se que desenho urbano é um processo de planejamento que envolve diversas etapas e não apenas a solução de problemas pontuais, sendo a etapa mais importante a análise da identidade estética e compositiva da cidade considerando as características históricas (aspectos simbólicos) e formais do lugar relacionadas à percepção e satisfação dos usuários.
about the author
Adriana Portella
Doutora em Urban Design pela Oxford Brookes University e Pós-doutora em Planning pela The Bartlett School of Planning, University College London, ambas na Inglaterra.