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interview ISSN 2175-6708

abstracts

português
David Barragán, fala sobre o Al Borde: surgido em 2007, o escritório equatoriano é considerado referência no uso de métodos de projetos participativos em conjunto com comunidades periféricas.

english
David Barragán, talks about Al Borde: emerged in 2007, the office is considered a reference in the use of participatory project methods in conjunction with peripheral communities.

español
David Barragán, habla sobre Al Borde: surgió en 2007, la oficina ecuatoriana se considera una referencia en el uso de métodos de proyectos participativos en conjunto con comunidades periféricas.

how to quote

PRECIADO VELASQUEZ, Oscar Eduardo. Processos de diversidade nas práticas projetuais. Entrevista David Barragán, Al Borde, Equador. Entrevista, São Paulo, ano 21, n. 081.01, Vitruvius, jan. 2020 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/21.081/7611>.


Estudio Al Borde, Quito, Ecuador
Foto Oscar Eduardo Preciado Velasquez, ago. 2018

 

Al Borde é um coletivo de arquitetura equatoriana iniciado em 2007, com projetos construídos em várias regiões do Equador, com ênfase nas periferias urbanas, bem como em setores vulneráveis de regiões distantes dos centros de poder (Guaiaquil e Quito). O grupo nasceu por acaso há pouco mais de uma década e reúne a experiência de trabalho de David Barragán, Pascual Gangotena, Marialuisa Borja e Esteban Benavides, arquitetos formados em Quito – Equador, que decidem se reunir como um coletivo para realizar sua prática profissional depois de várias experiências positivas de trabalho em conjunto.

A necessidade de se relacionar com o social decorre de uma decisão muito pessoal, incorporando a bagagem de experiências acumuladas com a capacidade de resolução com poucos recursos, altamente comprometidos com o meio ambiente e com um alto grau de respeito pelo meio ambiente, o que leva a estabelecer uma pratica de arquitetura consciente. A concepção do projeto, desde sua ideia até sua conclusão, não é regida por parâmetros tradicionais, o trabalho de Al Borde surge da busca de oportunidades em nichos deixados pelo sistema que se tornam oportunidades de trabalho através de processos de diversidade na prática projetiva, isto é, a inclusão ativa das comunidades em todas as etapas do processo de projeto, o uso de materiais locais ou reutilizados e a mão-de-obra local.

É inevitável estabelecer um vínculo entre a prática exercida por esses profissionais e o processo de desmistificação do arquiteto estrela. São arquitetos insurgentes, que decidiram sair dos cânones impostos no sistema de formação acadêmica, que esculpe indivíduos com pouco interesse no social, questionam também a pouca interação que é estabelecida entre o profissional e o entorno, sem esquecer o senso de responsabilidade socioambiental da sua práxis. Esses profissionais preocupam-se em trabalhar com os nichos que o modelo continuísta e complacente das minorias dominantes está deixando, tornando-se ativistas e intérpretes da população mais desfavorecida do sistema econômico e sócio-político de nossa região. Nesta entrevista, são coletadas as ideias de David Barragán, um dos fundadores de Al Borde.

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