A penúltima visão do paraíso
A penúltima visão do paraíso
Ensaios sobre memória e globalização
Eduardo Subirats
Studio Nobel, São Paulo; 1ª edição, 2001
original title: La penúltima visión del paraíso. Ensayos sobre memória e globalización
translator: Eduardo Brandão
edition: português
paperback
168 p
14 x 21 x 1 cm
300 g
illustrated
photos
ISBN
85-85445-94-7
(outras sociologias específicas)
about the book
Este livro reúne cinco ensaios em tomo da crítica da sociedade industrial tardia, da modernidade na sua etapa histórica decadente e dos conceitos de pós-modernidade. Levanta questões relativas aos meios técnicos de comunicação e à construção globalizada do real, à correspondente destruição da experiência individual e à disseminação da violência como característica nuclear da civilização capitalista, bem como ao fim dos ideários modernos de progresso.
O atraso social (que o autor concebe como uma condição filosófica, moral e política) e o subdesenvolvimento tecnológico e político das nações da América Latina são questionados.
Essa crítica é esboçada em relação a três grandes temas: o processo colonial, a ausência de uma reforma ilustrada do pensamento e da sociedade e as vanguardas artísticas latino-americanas. O atraso latino-americano e o próprio conceito de subdesenvolvimento, no sentido em que se aplica genericamente ao chamado Terceiro Mundo, não são abordados como problema periférico da civilização capitalista, e sim, pelo contrário, como um aspecto constituinte do conceito da modernidade, como um momento central dos grandes discursos epistemológicos, histórico-filosóficos, políticos e morais das metrópoles coloniais europeias. Trata-se de uma crítica da modernidade a partir da situação latino-americana.
Contém, também, uma reatualização do Movimento Antropofágico como inversão da dialética racionalização/destruição da memória, que distingue o papel globalizador das vanguardas ao longo do século XX. Analisa a Antropofagia artística brasileira como crítica da colonização estética e política na era da globalização propondo um projeto original de civilização: síntese da cultura erudita e das sabedorias milenares da selva, das tecnologias modernas e das expressões vernáculas indígenas, da natureza e da razão produtiva.
about the author
Eduardo Subirats
Foi professor de Filosofia, Literatura e Teoria da Cultura nas universidades de São Paulo, Caracas, Madri, México e Princeton. Atualmente leciona na New York University e na Escola da Cidade de São Paulo.