A convite dos arquitetos Elisabete França e Rodrigo Becke Cabral, membros da organização do Congresso União Internacional de Arquitetos – UIA 2021 RIO, participei como moderador do debate Transitório e efêmero, ocorrido no dia 27 de maio de 2021, às 10h. Como vivíamos o período da pandemia de Covid-19, o evento ocorreu no formato online. Como o acesso na ocasião foi restrito, decidi disponibilizar a conversa como memória episódica do grande evento.
O documento oficial da UIA define assim o tema do debate:
“Em menos de duas décadas uma era digital se afirmou, ampliando o acesso a dados, promovendo novos fluxos na circulação das informações, novos modos de contato, interação e comunicação, novos modos de vida. Este movimento de difusão é hoje planetário e provoca mutações antropológicas, fomentando graças a democratização de imagens, notícias, experiências, enfim um cenário novo no campo da interação e da conexão, quase sem limites – transnacional – entre povos e culturas”.
As forças ativas da contemporaneidade, em um mundo cada vez mais globalizado, apresentam dentre os protagonistas principais as forças litigantes do capital financeiro, que se espraia de forma formidável pelo espaço construído, e a resistência coletiva galvanizada pelos chamados levantes mundo afora. No caso brasileiro, são muitas as ocorrências onde se expressam esse embate, desde no Recife, até o Parque Augusta em São Paulo, passando pelas ocupações de edifícios abandonados para habitação. Temos uma cidade em luta, uma guerra – ou guerrilha – pela cidade.
Diversos aspectos desse mundo, onde se confrontam a fluidez do capital e a agilidade dos variados tipos de ocupação, estão presentes nas falas de Claudio Acioly Jr. e Raquel Rolnik, que podem ser acompanhadas no vídeo disponibilizado nessa matéria.