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my city ISSN 1982-9922

abstracts

português
Como alternativa adaptada à realidade brasileira, uma proposta de assentamento habitacional sustentável-AHS para a cidade de João Pessoa. A proposta busca a sustentabilidade na arquitetura das habitações e na relação entre o assentamento e a cidade

english
Sustainable housing development is presented for the city of João Pessoa as an alternative adapted to Brazilian reality. The proposal looks for sustainability in the architecture of the habitations and in the relationship between development and the city

español
Alternativa adaptada a la realidad del país, una propuesta de solución sostenible de vivienda a la ciudad de João Pessoa – PB. La propuesta se trata de la sostenibilidad en la arquitectura de las casas y en la relación entre el asentamiento y la ciudad

how to quote

SILVEIRA, Carlos Fernando Albuquerque da; LEITE RIBEIRO, Edson; SILVEIRA, José Augusto Ribeiro da. Cidade e assentamentos habitacionais sustentáveis. Estratégias integradas aplicadas em uma proposta para a cidade de João Pessoa PB. Minha Cidade, São Paulo, ano 12, n. 143.02, Vitruvius, jun. 2012 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/12.143/4376>.



Um dos principais dilemas da sociedade atual é conciliar o estágio de desenvolvimento com as dimensões social, econômica e ambiental. A realidade contemporânea, baseada no consumismo e acúmulo de riquezas, reflete-se na construção de cidades cada vez mais extensas e contribui para a degradação do meio ambiente. A “cultura da escassez” empregada em assentamentos sustentáveis ou “duradouros”, no continente europeu, pode ser uma referência como contribuição à melhoria das cidades latino-americanas. Aqui, é apresentada uma proposta de assentamento habitacional sustentável-AHS para a cidade de João Pessoa-PB, que foi desenvolvida originalmente como tema de graduação no Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPB. Busca-se a sustentabilidade na arquitetura das habitações e na relação entre o assentamento e a cidade, considerando as especificidades geográficas do lugar.

Frente ao processo de urbanização acelerada e fragmentada, o debate sobre a sustentabilidade urbana ou arquitetural, situando-se num campo de conhecimento interdisciplinar não restrito à arquitetura e ao urbanismo propriamente ditos, tem recebido atenção especial por parte dos profissionais dessas áreas, com publicações periódicas, pesquisas e experimentos práticos. Não é possível discutir sustentabilidade sem examinar o padrão de cidade que se está produzindo e o círculo vicioso que se estabeleceu, onde fatos urbanos se mantêm e alimentam os demais, e o crescimento da cidade é, também, o crescimento anômalo dessas características (1).

Devemos entender arquitetura sustentável não como a proposição de um modelo de habitar minimalista, mas sim como uma arquitetura que busca propor funcionamento eficiente, traduzido em economia, respeito pelo social e pelo meio ambiente. Assim, o ambiente construído sustentável não significa a busca dos extremos, mas, sim, a visão sobre o equilíbrio e sobre a adequação das ações na cidade, pois a dinâmica dos seus espaços pode gerar intenso impacto ambiental, seja porque demanda um consumo relevante de insumos para a sua produção, seja porque altera a paisagem natural de forma progressiva.

Projetar no meio urbano tem se tornado tarefa cada vez mais complexa, com novos desafios que estimulam a busca por soluções que permitam a eficiência, o conforto e a continuidade do desenvolvimento das sociedades humanas, sem que para isso os ecossistemas e as gerações vindouras sejam prejudicadas. O anteprojeto local define edificações de padrão vertical e com localização estratégica no contexto urbano de João Pessoa, possibilitando ainda uma visão em paralelo com experiências de bairros sustentáveis desenvolvidas na Europa. A sua elaboração perseguiu a solução de dois problemas principais inerentes à proposta: a primeira preocupação foi buscar a eficiência da arquitetura, tanto do ponto de vista construtivo quanto energético, e a segunda preocupação foi integrar o conjunto habitacional com o entorno imediato e à cidade como um todo, de forma que proporcionasse melhor acessibilidade e, daí, maiores oportunidades urbanas aos seus usuários.

Assentamentos sustentáveis europeus

Não existe receita para a sustentabilidade, cada caso é um caso a ser estudado quanto aos seus elementos constituintes, interfaces estabelecidas e realidades locais. Em oposição aos assentamentos residenciais construídos em áreas a distâncias consideráveis dos centros originais, que recebem comunidades deslocadas de suas antigas moradias e realidades, é possível observar em propostas européias de AHS a preocupação em se revitalizar áreas degradadas, dentro do próprio contexto urbano consolidado, a fim de servirem como áreas residenciais. O Quartier Vauban, por exemplo, situado ao sul do centro da cidade de Fribourg-en-Brisgau, na Alemanha, surgiu da necessidade de renovação de um setor ocupado por uma antiga base militar da Segunda Guerra Mundial, ocupada posteriormente pelo exército francês e abandonada por volta de 1992, onde houve a conversão de antigas casernas para unidades destinadas aos antigos invasores e a estudantes universitários, a um baixo custo, ao longo do período de 1996 a 2006. Um dos aspectos que chamam a atenção é a limitação do acesso e uso do automóvel no assentamento, associada à oferta de amplas oportunidades de mobilidade por transporte não motorizado (a pé ou bicicleta) ou sistemas coletivos.

A Ville de Malmö (Suécia), por sua vez, é uma proposta de “bairro duradouro” estabelecida em uma zona urbana portuária, no estreito de Öresund, em frente à Copenhague. Neste projeto, as prioridades são a utilização de energias renováveis e a gestão eficiente dos desperdícios (2). A preocupação com a produção e consumo de energias limpas foi considerada por intermédio de determinados itens, a exemplo de aerodínamos, painéis fotovoltaicos e bomba de calor alimentada por águas subterrâneas; o incentivo ao pedestrianismo e ao ciclismo; a triagem e recuperação de desperdícios; a eficiência no consumo energético das construções, e o tratamento das águas residuais. Uma primeira fase do projeto foi inaugurada durante a Feira Europeia do Habitat, “Bo01 Ecological City Tomorrow”, que ocorreu em 2001. Ville de Malmö é um projeto visto como “realização farol”, pois tende a servir como laboratório de estudos para que outras cidades industriais da Europa reflitam sobre a problemática das cidades do amanhã, sobre o desenvolvimento urbano sustentável e a qualidade de vida (3).

O BedZED (Beddington Zero Energy Development), realizado entre 2000-2002, é um dos mais conhecidos assentamentos sustentáveis e um dos mais divulgados no Brasil. Localiza-se ao sul de Londres, na área de Beddington, gastando-se cerca de 30 minutos, no deslocamento por meio de trem, de Londres até a Hackbridge, estação mais próxima ao conjunto. A opção original definida no projeto de morar e trabalhar no mesmo território, contudo, parece não ter sido aprovada no dia-a-dia do condomínio e logo escritórios se converteram em novas moradias, de um a quatro dormitórios. Atualmente, cerca 50% dos moradores fazem uso da bicicleta como meio de transporte interno e de alcance aos espaços de entorno e à estação citada. O trem, um hábito cultural na Inglaterra, também é bastante utilizado. Há ainda sistemas de abastecimento elétrico para veículos e um clube do carro, onde o morador se inscreve e recebe um cartão, agendando um carro quando precisa, pois há estacionamentos para isso em vários pontos da área (4). Neste caso, o tempo de deslocamento não é uma questão que se contraponha à realização de empreendimentos ditos “rurbanos”, com características sustentáveis. Deve-se, por outro lado, observar com cautela as propostas sustentáveis para comunidades que são definidas predominantemente “para dentro” do condomínio, negligenciando a sua localização na cidade como um todo.

O Lyon Porte des Alpes é outra proposta de “bairro equilibrado”, composto basicamente por um parque tecnológico e um conjunto de 250 habitações, que está sendo realizado em uma antiga zona abandonada de um pitoresco subúrbio – Saint Priest, Bron et Chassieu –, ao leste da cidade de Lyon, na França. Próximo de pólos de atividades, tais como a Universidade Lyon II, a Eurexpo ou o Aéroport d’affaire Lyon-Bron, detém características que identificaram a vocação do espaço para a criação do parque tecnológico (5). Assim, agrega preocupações econômicas, sociais e ecológicas, além de buscar soluções relacionadas com a acessibilidade urbana, que é tratada de diferentes formas, seja através da oferta de linha de transporte elétrico, seja por intermédio de pistas para bicicletas, ou pela própria proximidade do empreendimento com o aeroporto, as estações TGV de St-Exupéry e de Lyon, ou com as auto-estradas A42, A-43 e A-46. Dessa forma, apesar de estar localizado em zona periférica da cidade de Lyon, o empreendimento procura solucionar a questão da acessibilidade e permite ligações entre diferentes franjas urbanas da cidade, além de incentivar o desenvolvimento através de uma política fundiária preocupada com as comunidades e parceiros locais (6). Pode-se, ainda, fazer citação a outras experiências de bairros duradouros europeus – AHS, a exemplo do Gundeldinger Feld, o Quartier Ballastière Sud, o Lyon Confluence, o Saint Jean du Jardin, a ZAC de la Caserne de Bonne. Os projetos destacados são apenas algumas experiências, dentre outras, que estão transformando o continente europeu em um verdadeiro “laboratório vivo” de soluções sustentáveis.

A crítica que se pode fazer aos “bairros duradouros” europeus está dirigida mais para a vertente dos AHS que empregam tecnologia high-tech em sua arquitetura do que para os conceitos sustentáveis empregados nos mesmos. Acredita-se que a utilização da tecnologia de ponta pode gerar um alto custo para os empreendimentos, comparando com a nossa realidade. Além disso, o abuso da tecnologia ativa se enquadra no sistema de criação de novos aparatos e novas supostas “necessidades” para alimentar o consumo, afastando-se, então, do que deveria ser o foco da sustentabilidade arquitetônica.

Proposta de assentamento sustentável para a cidade de João Pessoa PB

O anteprojeto considera, além da preocupação sobre o edifício sustentável, já incorporada na discussão contemporânea, a relação entre o AHS e o contexto intraurbano. Aqui, incentiva-se a discussão crítica com uma idéia para o ambiente urbano da Região Nordeste do Brasil, levando em conta os seus aspectos geográficos. Questão relevante do projeto é o aproveitamento de vazio intraurbano contíguo ao centro tradicional da cidade de João Pessoa. Esse fator tende a gerar eficiência no uso dos recursos infraestruturais e espaciais urbanos pré-existentes, ponto- chave na direção de uma visão de sustentabilidade ampla. A questão da localização é importante quando se trata de discutir a cidade democratizada, em que o acesso às oportunidades urbanas corresponde a um avanço no processo de construção da cidadania. Aqui penetra questão complexa: o preço da terra, quando se apresenta facilidades de localização e acessibilidade urbana, que não será objeto de discussão aqui.

O AHS foi proposto para o bairro da Torre, planejado e urbanizado ao longo da década de 1930, na direção leste de crescimento da cidade de João Pessoa. É um dos territórios mais tradicionais da capital paraibana, com desenho radial-concêntrico, presente em parte do seu sistema viário, que o diferencia dos demais bairros do setor onde se localiza, marcando de forma expressiva o tecido urbano dessa parte da cidade. Está localizado estrategicamente próximo ao centro tradicional, a eixos principais de comércio e serviços e a uma distância que facilita o acesso a bairros litorâneos, a exemplo de Tambaú.

Analisando do ponto de vista da sustentabilidade urbana, a escolha do lote, uma gleba com 11.800m², tem sua justificativa embasada em pelo menos três pontos principais: a) O aproveitamento da infraestrutura pré-existente; b) A utilização de vazio bem localizado, em relação ao contexto intraurbano; c) Melhores possibilidades urbanas para os usuários do conjunto, que podem ocorrer através do aproveitamento do sistema viário e do transporte coletivo existente; por meio do pedestrianismo, ou por locomoção mecânica (ciclismo). Assim, a inserção espacial do projeto contribui para atender pré-requisitos necessários em um projeto sustentável, como a diminuição das distâncias até pontos de interesse, visando à diminuição da emissão de CO² proveniente de automóveis particulares; contribuição com o princípio da compacidade urbana, ocupando-se adequadamente os vazios e evitando-se a dispersão urbana e a utilização de áreas periféricas ou recursos espaciais não estruturados, e incentivos à recuperação de áreas urbanas degradadas, pois a posição do projeto próximo ao centro tradicional poderá estimular novos investimentos no seu entorno.

A topografia da área é privilegiada, formando um platô com ambiente aprazível, de onde se podem avistar as matas ciliares do Rio Jaguaribe e a vegetação densa da maior reserva florestal da cidade: a Mata do Buraquinho. A topografia foi preservada com os objetivos de economizar com movimento de terra e manter as características naturais da área, gerando a solução em pilotis, e alcançando visualmente o quadro paisagístico descrito, possibilitando, dessa maneira, uma integração com o entorno. O anteprojeto conta com oito blocos de apartamentos, constituídos cada qual por: térreo mais quatro pavimentos, sendo que os dois últimos pavimentos formam um conjunto de quatro apartamentos duplex por bloco. A proposta levou a uma configuração de dezesseis apartamentos por bloco, contabilizando um total de 128 unidades residenciais. O princípio de diversidade de plantas baixas conduziu à elaboração de 06 tipos de apartamento-padrão, contando, também, com uma unidade adaptada para cadeirantes no pavimento térreo de cada bloco, podendo-se prever que o conjunto é capaz de abrigar uma população de cerca de 500 habitantes. A densidade possível, em torno de 400 habitantes/hectare, é considerada ótima, no que se refere ao aproveitamento de infraestruturas, considerando o padrão referencial para cidades de porte médio, situado no intervalo de 200 a 400 habitantes/hectare (7).

O aspecto social da mutação presente na composição da família brasileira contemporânea foi considerado na proposta, pois ela está cada vez mais diversificada e por isso existem unidades projetadas para acomodar desde casais, pessoas solteiras ou até famílias de seis pessoas. Esta solução também atende os princípios recomendados da mixité social, considerados também como importantes para aumentar a coesão social e reduzir fenômenos de ghetificação. As idéias da compactação urbana, presentes tanto no anteprojeto dos edifícios quanto nas suas interfaces com a cidade como um todo, têm crescido significativamente entre os urbanistas do mundo, particularmente na Europa, onde o sprawl urbano, embora ocorrido com voracidade menor do que nos Estados Unidos e outras regiões do mundo, tem sido indesejado, em função do impacto negativo que pode provocar na cidade e sobre o espaço rural (8).

Os blocos foram distribuídos de forma a deixar um grande espaço aberto e fluido no centro, permitindo a passagem da ventilação natural através do conjunto e deixando o máximo possível de espaços em solo natural e verde. Assim, pensou-se em evitar um aumento de temperatura provocado pelo aquecimento solar em áreas pavimentadas. Aspecto considerado no partido arquitetônico dos edifícios foi a adoção de uma tipologia em que não houvesse a necessidade do uso de elevadores, de acordo com a legislação urbanística, reduzindo o consumo de energia elétrica e, ao mesmo tempo, aproveitando ao máximo o terreno disponível. Outro ponto norteador para o projeto foi a opção pela alvenaria de blocos estruturais, também como solução estrutural principal para os blocos de apartamentos. Constituindo-se em opção conhecida, visou-se reduzir a necessidade de utilização do cimento na confecção do concreto armado da estrutura, onde exceções são feitas para as lajes de cada pavimento e para o semi-subsolo de cada bloco tipo. Evidentemente a sustentabilidade proposta advirá do somatório dos termos aqui apresentados. Outros elementos sustentáveis integrados utilizados na arquitetura das edificações são: a) Uso de painéis compostos por garrafas pet cinturadas, como elementos de captação de ventos, proteção térmica e composição de fachada, constituindo uma segunda “pele”, em algumas das faces das edificações, já testadas em grandes obras ao redor do planeta, com vida útil de aproximadamente 25 anos (9); b) Especificação do granilite como piso para as áreas comuns dos edifícios e para os apartamentos, pois seu processo de fabricação possibilita reaproveitamento de sobras de granito na sua confecção, além de ser um material de alta durabilidade e baixa manutenção; c) Aplicação apenas da pintura apropriada, como acabamento, nas áreas externas da alvenaria estrutural, desconsiderando o revestimento em chapisco, reboco e emboço. Desse modo, apenas as faces internas da alvenaria receberiam o acabamento tradicional mencionado, gerando uma economia de aproximadamente 50% do cimento gasto com este tipo de acabamento; d) Opção pelas janelas em alumínio anodizado preto com vidro (o alumínio e o vidro são materiais que após o ciclo de vida útil do empreendimento poderão ser 100% reciclados), compensando a energia incorporada na sua produção; e) Uso da telha de alumínio, formando “sanduíche”, com 05 cm de espessura e miolo em fibra de coco (reaproveitando este material) na cobertura dos blocos tipo; g) Inclusão de mobiliário integrado no projeto dos apartamentos – acompanhando o conceito de modulação empregado com a própria alvenaria estrutural – com o intuito de obter padronização e maior aproveitamento dos espaços internos dos apartamentos.

Além da preocupação ecológica, presente na escolha dos materiais empregados, foram propostas algumas estratégias para maior eficiência no funcionamento do conjunto arquitetônico, por intermédio dos seguintes sistemas: a) Sistema de geração de energia: estudos estimaram que um conjunto de turbinas eólicas instaladas nos edifícios poderá gerar a energia necessária para iluminar áreas comuns dos edifícios e da implantação geral do projeto; b) Sistema de eficiência energética: caracterizado pela utilização de sensores de presença, lâmpadas e reatores de baixo consumo e pelas estratégias passivas de proteção térmica incorporadas à arquitetura do prédio, já citadas, que visam minimizar a necessidade da utilização do aparelho de ar-condicionado; c) Sistemas de captação de águas pluviais: composto por uma infraestrutura de captação das águas pluviais, em cada edifício – a água pluvial após tratada, deverá ser responsável pela demanda de lavatórios, chuveiros e vasos sanitários – e por um sistema de captação de águas pluviais complementar, nas vias internas, responsável por coletar e armazenar a água pluvial não drenada pela pavimentação, em blocos intertravados, com o armazenamento em bacia de captação, utilizada também como elemento paisagístico e como local de lazer, além da retenção de águas como contribuição ao controle de enchentes; d) Sistema de reuso de águas servidas: embasado na idéia de que a água de chuva utilizada em lavatórios e chuveiros deva, após tratamento, ser reutilizada na caixa de descarga dos vasos sanitários dos apartamentos.

A localização do AHS próxima à área central, a uma das principais redes de transporte coletivo da cidade, a rotas cicloviárias, bem como o platô em que se localiza a proposta e o jogo de elementos e volumes, alturas e pontos verdes contribuem para estabelecimento de interfaces urbanas amigáveis. A proximidade ao Jardim Botânico (Mata do Buraquinho) e ao campus da UFPB contribui ainda para relações mais diversificadas com espaços livres públicos e institucionais.

notas

1
SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo, Hucitec, 1993.

2
ROGNOY, Denis. Les villes de demain : Quartier durable à Malmö (Suède). Aix-en-Provence, Institut d’Urbanisme d’Amenagement Regional. Fiche opération: Quartiers Durables, 2007.

3
ROGNOY, Denis. Op. cit.; BOYER, Jean. Ville de Malmö (Suède): Västra-Hamnen/réhabilitation d’une friche industrielle en quartier Bo01. Aix-en-Provence, Institut d’Urbanisme d’Amenagement Regional. Fiche opération: Quartiers Durables, 2006; FACCHINETTI, Marc. ZAC de la Caserne de Bonne - Grenoble. Aix-en-Provence, Institut d’Urbanisme d’Amenagement Regional. Fiche opération: Quartiers Durables, 2006.

4
HARS, Jean-Marc. BedZED : le premier éco-village est né. Aix-en-Provence, Institut d’Urbanisme d’Amenagement Regional. Fiche opération: Quartiers Durables, 2006.

5
RIVOLLIER, Aymeric. Lyon Porte des Alpes: requalifier un territoire. Aix-en-Provence, Institut d’Urbanisme d’Amenagement Regional. Fiche opération: Quartiers Durables, 2007; ROLLAND, Vanier. Bâle – Gundeldinger Feld. Aix-en-Provence, Institut d’Urbanisme d’Amenagement Regional. Fiche opération: Quartiers Durables, 2007.

6
BETITO, Céline. Lyon Confluence : un projet entre terre et mer. Aix-en-Provence,Institut d’Urbanisme d’Amenagement Regional. Fiche opération: Quartiers Durables, 2007.

7
D.A. UFPE-UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Projeto de Padrões Urbanos I. Padrões Urbanos Adequados ao Nordeste. Recife. 1980; MASCARÓ, Juan Luís. Infra-estrutura habitacional alternativa. Porto Alegre, Sagra, 1991; ACIOLY JR., Cláudio; DAVIDSON, Forber. Densidade urbana: um instrumento de planejamento e gestão urbana. Rio de Janeiro, Mauad, 1998.

8
RUEDA, Salvador. Habitabilidad y calidad de vida. Ciudades para un futuro mas sostenible. Madrid, mar. 1998. Disponível em: <http://habitat.aq.upm.es/cs/p2/a005.html>. Acesso em 15 fev. 2010; ALEXANDER, Christopher. A City is Not a Tree. In : Architectural Fórum, 122, abr. 1965, p. 58-61 (n. 1); p. 58-62 (n. 2); ROGERS, Richard. Cities for a small planet. Cambridge, MIT Press, 2001; MASCARÓ, Juan Luís. Op. cit.

9
CRISP NETWORK. Construction-related sustainability indicators. CRISP Newsletter, n. 1, July 2001. 6f.

sobre os autores

Carlos Fernando Albuquerque da Silveira é arquiteto e urbanista pelo Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba-UFPB.

Edson Leite Ribeiro é arquiteto e urbanista, Doutor em Engenharia Civil (USP), Professor Associado (aposentado) da UFPB e arquiteto e urbanista do Ministério das Cidades – DF.

José Augusto Ribeiro da Silveira é arquiteto e urbanista, Doutor em Desenvolvimento Urbano (UFPE), Professor Adjunto do Centro de Tecnologia da UFPB.

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