Your browser is out-of-date.

In order to have a more interesting navigation, we suggest upgrading your browser, clicking in one of the following links.
All browsers are free and easy to install.

 
  • in vitruvius
    • in magazines
    • in journal
  • \/
  •  

research

magazines

projects ISSN 2595-4245


abstracts

how to quote

MELLO, Eduardo Martins de; CRUZ, José Armênio de Brito ; SEMIN, Renata . Laboratório Fleury – Projeto Horizonte. Projetos, São Paulo, ano 01, n. 011.01, Vitruvius, nov. 2001 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/01.011/2133>.


A horizontalidade como premissa

O título deste empreendimento – "Projeto Horizonte" – abarca os objetivos do proprietário: o programa condicionava que a automação dos processos de análises clínicas fosse acomodada em um único piso com área mínima de 2000 m².

As condições existentes eram: um terreno de 8.900 m² na região do Jabaquara, com declividade de 20% e com restrições de altura em razão da proximidade do aeroporto de congonhas.

A implantação do edifício decidiu pela reconstituição do perfil do terreno, com planos escalonados, e pela preservação de parte da vegetação existente no terreno.

Havia que se considerar a restrição dos órgãos responsáveis pela aviação civil que limitava a altura da edificação a 9,20 m paralelos ao perfil natural do terreno. os cortes transversais em seqüência definiram as linhas de contorno do conjunto.

Programa

Os critérios de levantamento de programa possibilitaram a compreensão do funcionamento do laboratório, entendido enquanto fluxos operacionais, condições específicas de uso e manutenção, evolução dos processos de trabalho e dos quadros de pessoal. os objetivos estratégicos da empresa somados à análise dos dados levantados direcionaram os parâmetros de projeto para que, através dele – projeto – fossem alcançadas as condições de excelência do mercado internacional deste tipo de serviço.

O laboratório também desenvolvia um projeto empresarial para uma nova forma de operar: a centralização de vários endereços na cidade, o desenvolvimento de tecnologias (implantação das linhas de automação) e de produtos, a urgente integração das seções, e um novo ambiente de trabalho.

A um programa muito exigente quanto às condições de trabalho e necessariamente aberto diante das perspectivas de modernização e automação de processos, o projeto respondeu com espaços e instalações potencialmente flexíveis dispostas em grandes lajes para receber com agilidade a todo e qualquer esquema operacional.

Centro de educação/administrativo: salas de aula, de treinamento, biblioteca e auditório para 200 lugares, escritórios administrativos

Central técnica: laboratórios (automação, semi-automação, manual) e câmaras refrigeradas

Serviços: restaurante, lanchonete, almoxarifado, vestiários, ambulatório, casas de máquinas (climatização, eletricidade e hidráulica)

O terreno e a edificação

A confluência dos propósitos de projeto e das condições encontradas resultou na definição do nível de corte do terreno para assentamento das lajes e na separação em dois blocos estruturalmente distintos.

As vias de circulação de veículos (carros de colaboradores, fornecedores e da frota de coleta; e caminhões para reposição de estoque) foram assentadas sobre o perfil do terreno, remodelado para o projeto.

A vegetação importante e de grande porte – tipuanas e paineiras – já existente no terreno orientou a construção de muros de arrimo para contenção de plataformas estruturais que aliviaram os esforços horizontais sobre a edificação. o projeto de paisagismo tirou partido destas condições para criar os jardins escalonados e os pátios internos (pátio das águas, das paineiras, das jaboticabeiras).

Dois usos claramente diferenciados pelo programa de necessidades – o centro de educação / administração e a central técnica – foram evidenciados na sua distribuição espacial em dois blocos de construção

Estrutura e infra-estrutura

A laje no nível 89,51 com seus 4500m² foi o plano de referência da implantação de cada bloco: o de educação/ administração com seus 3 andares em direção ao nível 100.00 e o de laboratórios com outros 3 pisos alcançando o nível 78,00.

Os blocos foram interligados pela rótula, de onde irradiam, literalmente, as circulações vertical e horizontal entre as duas estruturas: 5 elevadores, escadas e os grandes corredores internos.

Passarelas, escadas, jardins e pátios fizeram a articulação a céu aberto entre os dois edifícios.

A estrutura de cada bloco é de concreto armado com vãos regulares de 8,00m. mesmo que com vãos idênticos, a solução adotada para cada um é nitidamente diferente em sua concepção e construção.

No caso do bloco técnico, a complexidade e a perspectiva de expansão da infra-estrutura de instalações implicaram em pés-direitos de 4,50m, dos quais 1,50m foram disponibilizados para a rede de dutos, tubos e leitos. os vãos de 8,00m foram vencidos por pilares com capitéis de 3,20m de lado (lajes-cogumelo), deixando o forro livre de obstáculos.

Em cada um dos vértices dos pilares foram recortados shafts de 20 x 20 cm para passagem vertical das instalações. a cada face do pilar foi destinado um "tema" : condutores de águas pluviais, tubulações hidráulicas (água, ar comprimido, fluídos especiais e esgoto), quadros de distribuição de telecomunicações e eletro-dutos. desta forma, a cada 8,00m, nas 2 direções, existe uma rede completa de infra-estrutura para receber as mais diversas configurações de funcionamento. o acesso à todas estas instalações foi resolvido pelas aberturas do revestimento destes pilares.

Além das condições impostas pelo cone de aproximação ao aeroporto, havia ainda o desconforto (vibrações e ruídos) causado pela passagem constante de aviões sobre o terreno. soluções precisas e específicas foram dadas pelo projeto para o tratamento das questões acústicas (esquadrias, vidros, revestimentos e proteções).

O projeto de arquitetura abordou a questão térmica com elementos construtivos, decisivos para a redução do calor na edificação: brise-soleil para sombreamento das fachadas, orientadas para norte; esquadrias e vidros especialmente dimensionados; beirais de concreto com 2,00m de balanço; pisos isolantes; e as lajes ajardinadas.

ficha técnica

Local
av. General Waldomiro de Lima 508 – São Paulo SP

Data do projeto
1996 a 1997

Data da conclusão da obra
2000

Área do terreno
8900 m²

Área de construção
12500 m²

Autores do projeto
Eduardo Martins de Mello (Eduardo Martins de Mello Arquitetos Associados)
José Armênio de Brito Cruz
Renata Semin (Piratininga Arquitetos Associados)

Colaboradores
Ana Cecília de Arruda Campos, Adriana Valli, Marcus Vinícius Herani, Eliana Kuwabara, Marina Grinover, Marcelo Asquino e Roberto Moura, Heloísa M. Kussano, Antônio Carlos Rodrigues, Silvana Romano Santos (projeto de arquitetura)Cintia Attis, Débora Lima, Gabriela Rossi, Karina Yoshimura, Luís Taira, Marcela Sá Oliveira, Marcia Regina Bunemer, mauro halluli,renata vasconcelos, solange carneiro (projeto de ocupação)

Paisagismo
Rosa Grena Kliass Paisagismo, Planejamento e Projetos

Estrutura
EGT Engenharia

Fundações
Cepollina Engenheiros Consultores

Instalações elétricas, hidráulicas e mecânicas
MHA Engenharia de Projetos

Conforto ambiental e acústica
Ambiental

Consultoria técnica para laboratórios
Mayo Medical Laboratories e Hok Inc.

Impermeabilização
proassp

Luminotécnica
Senzi & Godoy Consultoria Luminotécnica

Esquadrias e vidros
AEC Consultores de Arquitetura e Construção

Serviços de alimentação
Interarq Arquitetos Associados

Sinalização
PAA Design e Zol Design

Construção
Hochtief do Brasil

Fotos
Carlos Kipnis

comments

011.01 Profissional
abstracts
how to quote

languages

original: português

source
Autores do projeto
São Paulo SP Brasil

share

011

newspaper


© 2000–2024 Vitruvius
All rights reserved

The sources are always responsible for the accuracy of the information provided