Localização
O Campus Tamboré do Universidade Presbiteriano Mackenzie está localizado em área de excelência do entorno da cidade de São Paulo, no setor oeste, entre as cidades de Barueri e Santana do Parnaíba. Região de urbanização galopante, com população assentada sobretudo em condomínios de alto padrão, a área vem sofrendo um processo irreversível de desenvolvimento, reflexo do processo de fuga de população dos grandes centros, observado ao longo das últimas décadas.
Uma das áreas prioritárias de ocupação foi o condomínio Alphaville, vizinho imediato da gleba do Mackenzie, que embora de predominância horizontal e baixa densidade, representou o impulso definitivo para a região. O fato novo a se considerar no incremento ocupacional da região é a inauguração do Rodoanel, que no trecho próximo a Tamboré interligará as principais rodovias estaduais da região oeste.
O sítio
A gleba com 750 mil/m2 é definida por uma geografia complexa de vales e relevos que a dotam de excelência paisagística frente ao meio. Excelência que não deve ser entendida apenas pela exuberante topografia, mas também por representar uma espécie de ilha de respiração dentro de um entorno em vias de ocupação total. A área já está parcialmente ocupada pelo ensino fundamental e duas faculdades, que, no entanto, estarão separadas do novo campus. O relevo, em síntese, compõe-se de um grande maciço central – onde estará instalado o núcleo da universidade – envolvido por dois lagos.
Critérios de ocupação
As diretrizes que nortearam o projeto nasceram, fundamentalmente, do respeito às condições geográficas, com inclinações topográficas que chegam a tingir 30 a 40% em situações radicais. Após avaliação criteriosa das curvas de nível e dos recursos naturais existentes: tais como vales; escarpas; platôs; cursos d´água e remanescentes de mata nativa, além da própria ocupação existente, adotamos como partido a ocupação das áreas mais planas do grande maciço para a localização dos espaços de uso comum – as praças cívicas de articulação, onde estarão conectados os edifícios de ensino e laboratórios.
Dessa forma o topo do morro principal passou a ser o condensador do espaço coletivo, por apresentar a melhor porção com áreas com baixa declividade e se localizar no centro geográfico da gleba – ao modo de um espigão em relação aos vales. Ladeado pelos dois lagos, propusemos para o maciço que todas as construções o contornassem implantadas contra as curvas de nível, mantendo a topografia intacta e propiciando visuais privilegiadas em qualquer dos lados dos edifícios.
A situação final pretendida para o Campus é a de uma grande estrutura construída que possa dialogar com o sítio natural como se fosse um seu complemento, demonstrando ainda pela qualidade das construções uma ação coerente do homem sobre a natureza. O que invocamos com o projeto é que a possibilidade oferecida pelo generoso programa – Campus Universitário – que favorece a criação de grandes vazios, deva propiciar à região seu espaço de contraponto: a nova paisagem ordenada por edifícios marcantes e natureza reconstituída.
Programa
O cenário final prevê a instalação dos seguintes equipamentos:
Setor educacional
- Edifícios de ensino
- Laboratórios
- Biblioteca Central
- Conjunto de praças centrais
- Pavilhões de serviços
Centro Olímpico
- Ginásio de esportes para 3 mil lugares
- Ginásio de piscinas
- Centro de Atletismo
- Campo de futebol
- Raia de remo
- Grande praça cívica para solenidades e recreação
- Setor de alimentação
Comunitários
- Administração Geral
- Auditório central
- Capela
ficha técnica
nome da obra
Plano Diretor da Universidade Mackenzie Tamboré
ano do projeto
2002
localização
Barueri e Sant’Ana do Parnaíba / São Paulo
autores
Francisco Spadoni e Lauresto Esher
colaboradores
Selma Bosquê Jaime Vega
programa
Campus Universitário
contratante
Universidade Presbiteriana Mackenzie
área do terreno
700 000m2
área construída
Superfície estimada: 94 000m2
consultores
Paulo Giaquinto (legislação)
descrição
Campus nos arredores da cidade de São Paulo destinado à nova unidade desta tradicional Universidade paulistana.