A capela Nossa Sra. Cativa de Sião foi construída em Ibiúna a partir da iniciativa, de seu proprietário, em edificar um templo Católico que abrigasse também, no mesmo espaço, as religiões ocidentais Judaica e Protestante.

O arquiteto Sergio Kipnis optou pela figura circular para materializar o conceito solidário do edifício e na associação de dois cilindros implantou, no terreno em aclive na propriedade da família, esta pequena capela.

Partiu da organização de uma ante-sala, ligada ao exterior, fazendo a transição para o recinto de oração. Na capela este hall é o corredor, baixo, circular, que leva à porta de acesso ao interior projetado para 12 pessoas. Neste volume cilíndrico com 2,5 metros de raio e 5,0 metros de altura, o teto inclinado abre-se para o céu num rasgo que corta o diâmetro da sala. Este elemento une a entrada ao altar, dirigindo nosso olhar e iluminando todo o espaço.

A capela foi edificada com mão de obra, técnicas e materiais da região, suas paredes, são de tijolo maciço caiado. Uma laje de concreto cobre o corredor no volume mais largo e baixo. A sala de oração possui um engenhoso desenho de cobertura que contrasta com a simplicidade do tijolo branco e da pedra mineira do piso. Uma sucessão de pórticos de madeira, perpendiculares ao rasgo da iluminação zenital, apóiam um “tamborado” de compensado naval que contem chapas de poliestireno no seu interior para garantir o conforto térmico e acústico. O telhado foi feito por chapas de latão sobrepostas coladas ao compensado. Cantoneiras de aço fixam, sob pressão, os vidros da zenital contra as duas vigas da cobertura.

O resultado é uma construção singela, simples, que esconde em seu curioso interior um ambiente intimista e iluminado para a meditação. Harmonizada em meio ao bosque típico da paisagem da mata de Ibiúna a capela concretiza em suas formas o encontro das grandes religiões ocidentais.

ficha técnica

Autor do Projeto
Arquiteto Sergio Kipnis

Equipe
Carolina Castroviejo, Bruno Levy e Julio Cecchini

Projeto
2006

Obra
2007

Equipe de obra
José Peres e equipe (empreiteiro local)

Fornecimento do latão da cobertura
Casa da Bóia