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PORTAL VITRUVIUS. Museu do Saneamento. Projetos, São Paulo, ano 09, n. 105.01, Vitruvius, set. 2009 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/09.105/2977>.


 

Introdução

A sede do Museu do Saneamento encontra-se dentro dos limites da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp. Está localizado na área formada pelo “Triângulo” compreendido entre os Rios Tamanduateí (Avenida do Estado), Tietê e Avenida Santos Dumont, na Zona Norte da cidade de São Paulo, no Bairro da Ponte Pequena.

O Museu é formado pela antiga Estação Elevatória de Esgotos do Braz, por um novo edifício especialmente projetado – Edifício Anexo -  e pelas áreas externas constituídas pela chaminé, tanque de areia, galeria de descarga e jardins.

A Estação Elevatória de Esgotos do Braz, construída em 1886, faz parte do conjunto de melhorias implementado pelo Estado na infra-estrutura de saneamento da cidade, decorrente do surto de desenvolvimento nas últimas décadas do século XIX.

Museu

A ocupação do terreno destinado à implantação do Museu do Saneamento pressupõe a retirada de parte das edificações frontais à Avenida do Estado. Esse novo vazio permite que as áreas envoltórias à antiga Estação Elevatória, antes reclusas e delimitadas no interior do terreno da Sabesp, passem a se conectar diretamente com o tecido da cidade. Essa particular morfologia cria relações espaciais e visuais que permitem transformar o lugar em um novo espaço público, onde o Museu adquire a necessária  dimensão urbana.

Quando pensado como componente de um pólo cultural que engloba os edifícios referenciais da Avenida Tiradentes e região da Nova Luz, o Museu do Saneamento adquire a escala metropolitana. Desse modo, acreditamos que deva na sua implantação ser receptível aos fluxos da cidade e, na sua arquitetura estabelecer-se como signo urbano referencial, forte e legível.

Edifícios

O edifício da antiga Estação Elevatória do Braz possui características que o enquadram dentro da tipologia de edifícios industriais, como o uso do ferro, que ao possibilitar vãos maiores de estrutura gera plantas livres e flexíveis e  a chaminé, registro do primitivo sistema de energia que alimentava as máquinas. Outros elementos que o associa à arquitetura industrial são a alvenaria original em tijolos aparentes – que reduz as ornamentações que um edifício industrial requer – e também as soluções de iluminação zenital e de amplas aberturas, que pela abundância de iluminação e ventilação oferecem boas condições de trabalho aos operários.

Restaurar esse edifício para transformá-lo em Museu nos coloca diante da necessidade de intervir sobre espaços concebidos para outros usos, modificando uma realidade sem que seu significado original se altere. Se essa situação nos conduz ao restauro mimético das composições originais de modo a resgatar a integridade do construído, também nos impinge a sempre que incorporarmos novos elementos a essas composições o façamos de modo a denunciar a diversidade que o tempo estabelece. – “repetir significa meter-se fora da história e da ordem natural das coisas” (Giulio Carlo Argan, 1965).

Uma vez recomposta a arquitetura original do edifício e restabelecido o possível funcionamento de seus equipamentos mecânicos, hidráulicos e elétricos, conduzimos nosso projeto à possibilidade da operação desses sistemas, de modo a incorporá-los como objetos da exposição museográfica – a memória, melhor se mantém pelo uso.

O acesso ao complexo do Museu do Saneamento se faz por um novo Edifício Anexo, que recebe seus visitantes através de generoso átrio envidraçado que filtra, organiza e distribui os fluxos internos.  A ligação entre esse edifício e a Estação Elevatória, se faz pela Sala de Transição, corpo envidraçado e destacado, que preserva a integridade volumétrica do existente.

Lateral à Estação Elevatória e perpendicular à Avenida do Estado, o Edifício Anexo se lança sobre a placidez de um espelho d’água, desenhando um corpo longitudinal que demonstra e enfatiza contundente o seu tempo.

A composição formal do Edifício Anexo mescla elementos opacos a elementos transparentes oferecendo percursos internos que se abrem para as vistas do Edifício Restaurado, para o espelho d’água, para o jardim e para a cidade circundante. Pela diversidade de planos, percursos e perspectivas visuais, o Museu, como que transportando a dinâmica da cidade para seu interior, procura estabelecer com o usuário uma relação franca, direta e fruitiva.

ficha técnica

Local
São Paulo/SP

Data do projeto
2008

Área do terreno
15.500,00m²

Área construída
3.680,00m²

Arquitetura, Restauro e Coordenação Geral
Lilian Dal Pian  
Renato Dal Pian 

Colaboradores
Oliver Scheepmaker
Priscila Gusukuma
Paula da Cruz Silva
Ricardo Cristoffani
Isabela Junqueira
Leonardo Gomes
Filomena Piscoletta

Museografia
Marcos Carrilho
Maria Cristina Wolff
Lilian Dal Pian
Renato Dal Pian

Pesquisa Histórica
Marcos Carrilho
Maria Cristina Wolff
Mara Lucia da Silva
Maria Beatriz Catelan Cunha

Prospecções e Estudo de Cromias
Regina Tirello
Maria Cristina Amaral
Luciane Ferreira Caetano
Lucas Frech

Paisagismo
WS Arquitetura

Estrutura
Modus Engenharia

Elétrica
NV Engenharia

Hidráulica
NV Engenharia

Ar condicionado
Teknika Projetos e Consultoria

Luminotécnica
Franco&Fortes

Planilha Orçamentária
Nova Engenharia

Patologias
DFA Engenharia Consultiva

Realização
Fundação Energia e Saneamento

Coordenação
Mariana de Souza Rolim
Marcia Pazin

Museologia
Mirela Araújo
Paulo Nascimento

Pesquisa histórica
Isabel Félix
Catia Alves
Gláucia Fernandes

Estagiários
Pamela Shizue Goya
Luana Reis Lima
Henrique Davini

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original: português

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Autores do projeto
São Paulo SP Brasil

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