A missão do Museu e Memorial, localizado no terreno do World Trade Center, é dar testemunho solene aos ataques do 11 de setembro de 2001, e 26 de fevereiro de 1993. O Museu honra as cerca de 3,000 vítimas desses ataques e todos aqueles que arriscaram suas vidas para salvar os outros. Ainda mais, presta reconhecimento às milhares de pessoas que sobreviveram e à todas aquelas que demonstraram extraordinária compaixão com seus resultados. Demonstrando as consequências do terrorismo em vidas individuais e o seu impacto nas comunidades locais, em nível nacional e internacional, o Museu atesta ao triunfo da dignidade humana sobre a depravação e afirma um inabalável compromisso com o fundamental valor da vida humana.
Missão do Museu e Memorial Nacional 11 de Setembro
O Museu e Memorial Nacional 11 de Setembro no terreno do World Trade Center preserva e exibe os remanescentes físicos do local das torres gêmeas, abriga importantes artefatos do período de recuperação e é o lugar que conta as histórias de todos aqueles que presenciaram os eventos daquele dia. Esses diversos encargos são apresentados aos visitantes como uma sequência de experiências que permitem encontros individuais e íntimos com um contexto mais amplo de uma narrativa histórica. A natureza do Museu é tal que a “concha” do espaço, englobando as fundações existentes, a parede de contenção e outros elementos in-situ do terreno são artefatos do 11 de setembro tanto quanto os conteúdos das galerias de exposição.
O local do Museu e Memorial Nacional 11 de Setembro compreende as marcas das Torres Gêmeas e o espaço entre elas, e ecoa pelas fronteiras da Praça Memorial acima. Estendendo-se aproximadamente 70 pés subterrâneos com relação à praça, o Museu é implantando no que é popularmente chamado de “bedrock” (leito de rocha firme). É aqui, entre as fundações do complexo original do WTC, que o contorno físico e estrutural remanescente das duas torres ainda pode ser visto. As fronteiras do Museu no nível rebaixado são também definidas pelos projetos vizinhos ao terreno, incluindo o Path Terminal e a Freedom Tower. Mas a fronteira mais importante do Museu está à oeste, a parede de contenção original de 60 pés de altura, que foi parte da escavação original do WTC e que resistiu às enormes pressões laterais da área ao seu redor após o colapso.
A experiência do visitante tem quarto componentes primários que foram projetados de a fim de explorar suas sensações do Memorial e da Praça acima dele. O primeiro é a entrada e sua orientação. A descida inicial leva o visitante do Pavilhão, passando pelos “Tridents” (membros estruturais distintivos recuperados das Torres Gêmeas), ao Hall do Memorial, que oferece um local de orientação antes de continuar a descida. O ato de descer ao primeiro nível subterrâneo faz a transição dos sentidos dos visitantes da atmosfera iluminada e viva da praça para o ambiente mais quieto e contemplativo do museu.
Seguindo pelo Hall do Memorial, a procissão continua através das exposições introdutórias posicionadas ao longo de um caminho gradualmente inclinado. A superfície desta sinuosa “faixa” é suavemente em rampa, guiando o visitante para baixo como se fosse pela força da gravidade. Em pontos chaves ao longo dessa rota há vistas e mirantes compostos cuidadosamente para além do espaço interno, revelando artefatos chave e recursos históricos. Neste ponto a vasta escala do território se torna clara. A última plataforma de visualização localiza o visitante em um espaço diretamente entre o original das Torres Gêmeas. As localizações originais das Torres são marcadas com dois grandes volumes metálicos que correspondem às Torres em suas dimensões e exata posição física.
A última etapa do plano inclinado descendente se dá paralelamente ao último remanescente subterrâneo do World Trade Center, a “Escada dos Sobreviventes” que foi usado por centenas de pessoas para escapar do local no 11 de setembro. Aqui o visitante chega ao terceiro estágio da experiência, o nível do “bedrock” (leito de rocha firme) que contém as fundações do original World Trade Center. À maior extensão possível as bases de coluna originais e pisos de concreto que suportaram as Torres Gêmeas são expostos na laje do chão do museu, e definem um claro contorno das torres. Também neste nível estão as galerias de exposições permanentes e temporárias que contam a história dos eventos do 11 de setembro através dos artefatos, narrativas, história oral e aparatos multimídia. Entre os importantes artefatos localizados nesse nível estão uma série de grandes peças recuperadas do local, incluindo a “Última Coluna” que foi a peça final da estrutura metálica removida do pavimento térreo, da qual as superfícies foram gradualmente recobertas com depoimentos escritos que se deslocam e fotos do processo de resgate e recuperação.
Ao longo do museu uma paleta de materiais, limitado em número a restrito em aparência, foram escolhidos para chamar a atenção das pessoas para os artefatos in situ e para o conteúdo exibido nas galerias. Todos os componentes autênticos do envelope estrutural, incluindo a parede de contenção existente, foram deixados inalterados. Para manter a noção de espaço aberto no museu, um remanescente do vazio adotado no plano diretor original, grandes paredes de cisalhamento e treliças de longos vãos foram usadas nas áreas chave. As novas lajes do chão, colunas estruturais, a rampa e os parapeitos empregam uma paleta de concreto fosco, aço exposto e madeira para sublinhar a crueza do espaço. As marcas das duas torres, que também denotam pelas incisas piscinas de cima na praça do memorial, existem como volumes no museu que penetram o espaço acima e flutuam sobre as bases de coluna. Elas estão revestidas por todos os lados rudemente com textura de alumínio e são iluminados de um jeito que cria uma atmosfera desmaterializada e etérea. Eles são uma lembrança física abstrata da localização original das torres e reforçam os sentidos do visitante no local.
A parte final da experiência do visitante é uma gradual ascensão por escada rolante desde o “bedrock” de volta ao Hall do Memorial. Desta subida há algumas vistas controladas para for a, para os volumes das torres revestidas de alumínio. A chegada ao Hall do Memorial é seguida por uma ascensão à praça, às fontes do memorial e à vida ativa da cidade.
[tradução Marina Rodrigues Amado]
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