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projects ISSN 2595-4245

Introdução Do Jardim Santa Teresinha ao Parque Municipal Nair Bello


Foto divulgação [Acervo SVMA/Umapaz/DIPO]

abstracts

português
A proposta do artigo é revelar as dinâmicas históricas e urbanas no Jardim Santa Teresinha, considerando o projeto do parque e sua implantação, cujo objetivo é resgatar a história e futuro sobre a perspectiva da área verde.

english
The purpose of the article is to reveal the historical and urban dynamics in Jardim Santa Teresinha, considering the park's project and its implementation, whose objective is to rescue history and future from the perspective of the green area.

español
El propósito del artículo es dar a conocer la dinámica histórica y urbana en el Jardim Santa Teresinha, considerando el proyecto del parque y su implementación, cuyo objetivo es rescatar la historia y el futuro desde la perspectiva del área verde.

how to quote

SAMPAIO, Celso Aparecido; VIVACQUA, Conrado; LAVECCHIA, Lucas. Parque Municipal Nair Bello. Do Jardim Santa Teresinha ao Parque Municipal Nair Bello. Projetos, São Paulo, ano 21, n. 241.02, Vitruvius, jan. 2021 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/21.241/8094>.


Localizado em Itaquera na Zona Leste da capital, o Jardim Santa Terezinha criado em 1966 com forte participação da organização da sociedade civil por meio da Sociedade Amigos do Bairro – SAB e ações do poder público, recebe em 2020 o Parque Municipal Nair Bello.

No início o grupo da extinta tecelagem de seda Santa Terezinha que ficava na avenida Rio das Pedras, onde hoje se encontra o hipermercado Carrefour, optou pelo parcelamento do solo, a partir de então o bairro ao longo de 54 anos se transforma e se consolida.

Ainda na década de 1960, com os desdobramentos do parcelamento da gleba, veio a abertura de viário, doação de área pública, destinação de área residencial, com desenho de quadras e vias que deram ao bairro a forma atual. Com a facilidade nas vendas dos lotes, rapidamente foi transformado e as construções de casas iniciaram o processo de ocupação da área.

Com a formação do bairro e a falta de planejamento urbano, os moradores foram construindo suas casas sem ruas pavimentadas, sem a presença de escolas públicas, posto de saúde, creche, luz elétrica, saneamento etc. Diante das dificuldades, a comunidade, lideradas pela senhora Olga Fadel Abarca, que atualmente dá nome à rua em que morava, se organizaram a fim de buscar junto ao poder público, ações de melhorias para o Jardim Santa Terezinha.

Na década de 1970, algumas ações no bairro Jardim Santa Terezinha consolidavam a área para dar suporte à sociedade que ali residia. O primeiro equipamento do poder público foi a Emei Dom José Gaspar, implantado na rua Olga Fadel Abarca, além disso, outras ações foram executadas, como: a pavimentação de um trecho da avenida dos Latinos, principal via do bairro, e a construção da Escola Estadual Jorge Duprat Figueredo.

Na década de 1980 a pavimentação chegou às demais vias, e ações como implantação de linhas ônibus ligaram os bairros da Zona Leste ao Jardim Santa Terezinha, além disso, houve também a construção da Escola Parque Savoy e o Posto de Saúde, aos poucos a região ganhava forma. Nesta época houve uma grande mobilização da sociedade civil contra um aterro sanitário, que seria construído no bairro Jardim Santa Terezinha, após reuniões e pressões populares a ideia do aterro foi descartada.

Nos anos de 1990 chega à região o Shopping Aricanduva, executado em uma área de um milhão de metros quadrados, considerado o maior da América Latina, este equipamento privado trouxe para a região a oferta de comércio, serviço e lazer, bem como a possibilidade de emprego para grande parte dos moradores.

No início do século 21 foram implantados importantes equipamentos públicos como: a Biblioteca Municipal Milton Santos em 2001, e o CEU Aricanduva em 2003. A população ganhava então, mais opções de educação pública. Desta forma o bairro Jardim Santa Terezinha se consolidou e desenvolveu. Restando, neste momento a questão do Parque Municipal Nair Bello, equipamento público que dispõe da conservação e preservação do meio ambiente em área de vegetação significativa.

O projeto do Parque Nair Bello

O Parque Nair Belo está inserido em um entorno residencial e comercial, próximo a Área de Proteção Ambiental do Carmo – APA do Carmo e vizinho do Parque do Carmo, Parque Natural Municipal Fazenda do Carmo – PNMFC, Área de Preservação Savoy e Parque Savoy.

A área do Parque Nair Bello possui vegetação remanescente da mata atlântica, nascente do Ribeirão das Pedras, afluente do Rio Aricanduva, alta declividade e grande diversidade de fauna. A implantação do Parque considera a preservação do remanescente florestal, enriquecimento arbóreo com vegetação ameaçada de extinção e nativa, produz espaços de estar, lazer e requalifica os espaços existentes do bairro, privilegiando os visuais existentes da área como um todo.

A área do parque, denominado em projeto como fase 1, de forma geral apresenta relevo em declive, interrompido na ocorrência de dois platôs que dividem a área. Em sua porção em nível superior, destina-se o acesso de funcionários com edificação da administração, áreas de estar, circulação, mirante e uma arquibancada conformando um teatro de arena.

No nível abaixo se encontra o acesso principal, com equipamentos de lazer, estar e recreação e a segunda arquibancada que conforma um teatro de arena. A conexão entre a porção inferior e a porção superior é feita através de uma passarela elevada, que percorre a mata, remanescente da mata atlântica e conta com dois mirantes para o contato com a vegetação e apreciação da vista da região. A passarela é o elemento linear e articulador entre os dois níveis, este elemento oferece também, perspectivas diferentes do bairro durante a caminhada, com possibilidades de áreas de estar.

As duas arquibancadas ou dois pequenos teatros de arena, uma livre interpretação do projeto para se referir a atriz Nair Belo, expoente da dramaturgia e da comédia brasileira, natural do Estado de São Paulo que dá nome ao Parque municipal; desde os primeiros estudos de projeto, a ideia de incorporar uma razão de ser ao parque que pudesse agregar várias possibilidades de manifestações espontâneas no campo das artes, da saúde e do lazer contemplativo e ao mesmo tempo que fosse receptivo e acolhedor, o paisagismo e os elementos construídos vão se somar a natureza encontrada ali e proporcionar então um ambiente bem aprazível.

“O homem tem em todos os momentos a percepção da sua posição relativa, sente a necessidade de se identificar com o local em que se encontra, e esse sentido de identificação, por outro lado, está ligado a percepção de todo o espaço circundante” (1).

A área do Parque Nair Belo fase 1, remanescente do loteamento do Jardim Santa Terezinha, durante um período que antecedeu a implantação do equipamento passou por várias transformações, a situação encontrada na ocasião do desenvolvimento do projeto era de abandono, mato alto sem rocio e alguns pontos de descarte de lixo, pequenos trechos do terreno do parque estavam apropriados por moradores que residiam em frente para o uso de garagem ou depósito de materiais diversos. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente – SVMA, através de Departamento de Parques e Áreas Verde 1 – Depave 1 realizou um trabalho com a participação dos moradores no processo de revisão dos projetos e de estratégia de implantação, que será descrito abaixo com maiores detalhes.

A entrada principal do Parque conduz o caminhante a uma calçada de aproximadamente 85 metros de comprimento, ao longo do seu percurso árvores distribuídas a leste e a oeste vão preenchendo com a sombra das copas, entremeadas com clareiras de sol, o trajeto até a passarela que liga a parte superior do Parque, um passeio confortável que tem no caminhar a oportunidade de ir descobrindo pequenos recintos criados com o desenho de piso, com o plantio das árvores, instalação de equipamentos, estas pequenas pracetas tem a intenção de complementar o passeio pelo parque oferecendo a oportunidade da realização de atividades inusitadas conforme o interesse de cada visitante. O Parque não tem grandes dimensões, mas o plantio proposto associado as pracetas e desenho de caminhos que aproveita no jogo sinuoso de pequenas curvas para diminuir a distância do ponto de fuga do observador, criando ilusões de profundidade, as soluções de projeto buscam a cada situação oferecer uma experiência corpórea ao frequentador.

A passarela deve ter uma importância no uso do parque, mais do que aquela de atender a transposição das cotas entre platôs, a criação da ideia de caminhar pela copa das árvores quer estimular o encantamento criando a ilusão através da ambiência, trabalhar imagens do inconsciente na organização da paisagem como da casa na árvore, associado a criação de mirantes que vão possibilitar a fruição da paisagem e dos espaços adjacentes além da vista que se alcança a partir daquela localização.

“Ondulação não é apenas uma linha sinuosa e sem objetivo, mas sim o desvio obrigatório a um eixo ou normas invisíveis, com vista a proporcionar o prazer de coisas tão elementares e vitais como luz e sombra (o contrário da monocromia), ou proximidade e distância (o oposto do paralelismo): e como um mesmo pensamento expresso de várias maneiras diferentes. Qualquer que seja a forma com que se apresente, revela toda a gama de possibilidades contida numa dada situação” (2).

Na área da fase 1, há um canal aberto conformado por taludes, que coleta as águas pluvias do bairro por meio de uma escada hidráulica, estas águas são direcionadas para as partes mais baixas da área. Suas margens foram preservadas como um curso natural de água e recebeu plantio adequado. O projeto também considerou um trecho com características de terreno alagadiço, para este trecho foi proposto reflorestamento e o enriquecimento arbóreo por meio de novas espécies nativas.

O projeto de plantio foi concebido de maneira a enriquecer as áreas vegetadas, introduzindo novas espécies nativas e ameaçadas de extinção, formando maciços arbóreos. Além disso, foi executado também o projeto paisagístico que acentua a condição estética dos diferentes níveis da área. A calçada foi redesenhada, foram realizados plantios, ora com forração, ora com árvores adequadas para calçada, seguindo o projeto paisagístico e as recomendações do manual de arborização urbana da SVMA.

O redesenho das calçadas do entorno do parque seguiu as diretrizes municipais para calçadas (3), garantindo uma boa condição de andar a pé para quem circula no entorno ou se dirige ao parque, na rua Japaraná, mudanças no afastamento do gradil vai permitir a ampliação da faixa de serviço garantindo uma maior amplitude visual no caminhar e favorece uma dinâmica no ritmo do fechamento em gradil no acesso principal.

O projeto do Parque Municipal Nair Bello, além de recuperar ambientalmente e qualificá-lo para o uso comunitário, está inteiramente adaptado para pessoas com deficiência, possui sanitários, mobiliários, edificação e passarela em conformidade com a norma oficial e aprovado pela Comissão Permanente de Acessibilidade – CPA da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência – SMPED.

O projeto completo de paisagismo e complementares inclusive de acessibilidade foi desenvolvido por escritório técnico de arquitetura prestador de serviços à beneficiário de inciativa da PMSP/SVMA de transferência do encargo por compensação ambiental estipulada em Carta de Obrigações onde através de um Termo de Compensação Ambiental, que determinava a conversão de 1.088 mudas de espécies nativas, padrão Depave, com Diâmetro à Altura do Peito – DAP 3,0 cm e respectivos protetores metálicos em obras e serviços necessários para implantação dos Parques Nebulosas e Nair Belo (4), a alternativa propicia ao poder público ampliar sua capacidade produtiva principalmente quando investe em produção de mudas e aproveita padronizações que podem ser articuladas em soluções de caráter inusitado dependendo da solução oferecida em projeto que poderá ser inclusive ser instrumento para discussão e participação da comunidade envolvida e beneficiada.

Canteiro de obras aberto à visitação comunitária

A implantação de um novo parque público no território da cidade, que se soma ao conjunto de outras áreas verdes articuladas pelo vale do Aricanduva, é também o convite para que, outra vez mais e permanentemente, nos reencontremos com os princípios de conservação ambiental, lazer, partilha do espaço público, fruição, devaneio, aprendizagem, diversão e demais atividades de sentido comum que devem estar abrigadas em um lugar como este.

Para que estes princípios se tornem efetivos, ou seja, para que uma área determinada como parque realize as potencialidades descritas acima e se transforme efetivamente em parque, é preciso que haja um processo de criação conjunta, de participação, acordos e entendimentos coletivos que permitam encher de sentido aquele lugar que se pretende ser um parque e que, algumas vezes, já era parque muito antes de ser implantado, faltando a ele o desenho, a forma e uma estrutura para que se completasse.

Partindo deste entendimento, as equipes de implantação, projetos e obras e de educação ambiental da SVMA (5) buscaram atuar conjuntamente em processos participativos com a população envolvendo a implantação de novos parques municipais. Para o Parque Municipal Nair Bello, articulou-se projeto de reconhecimento e pertencimento comunitário do novo parque, ainda antes da sua abertura, com visitas educativas agendadas para a comunidade do seu entorno, conhecendo as etapas finais de execução das obras, e com a difusão do projeto entre professores da rede pública de ensino do bairro.

Nestas atividades, que ocorreram no início de 2020 (6), técnicos responsáveis pela execução e projeto do parque e educadores ambientais puderam apresentar e dialogar com a população sobre os espaços planejados, mediando questões socioambientais. Buscou-se destacar as funções hídricas e de escoamento das águas de um parque, importantes para a prevenção de enchentes, tão comuns entre os bairros da bacia do Rio Aricanduva, e a importância dos parques para o equilíbrio das interações ecológicas, reconhecendo espécies de animais e plantas, dentre elas espécies nativas da mata atlântica e árvores plantadas pela própria comunidade.

Além disso, foi possível ainda debater sobre a importância da formação de um futuro conselho gestor para o parque, sua composição e estrutura administrativa, com equipe de administração e funcionários, imaginar possibilidades de usos futuros para depois da sua abertura, descobrir novas visuais do bairro a partir das passarelas na altura das copas das árvores e, de lá, pensar e discutir sobre a paisagem e o processo de urbanização e ocupação da zona leste, entre tantas outras questões suscitadas.

Mediar processos que repercutam na elaboração de valores coletivos para a proteção do meio ambiente – bem comum partilhado por todas e todos – e para a busca de sociedades mais justas e sustentáveis é parte integral dos princípios que direcionam as práticas de educação ambiental (7) e que fundamentaram as ações promovidas para o processo de implantação participativa do Parque Municipal Nair Bello, em que moradores e professores tiveram reafirmada a importância do seu papel como agentes multiplicadores da proteção, ativação e efetivação do novo parque e assim, consequentemente, da defesa da qualidade de vida e do meio ambiente da cidade e do planeta.

Porque é importante este parque na Zona Leste?

Em sua dissertação, Matheus de Vasconcelos Casimiro (8) apresenta uma sistematização dos parques públicos municipais de forma cronológica. Ao verificar a região leste, nota-se que o primeiro parque público municipal implantado foi o Parque do Carmo (9) em 1976 e os últimos foram os Parques Municipais: Nebulosas (10), Guabirobeira Mombaça (11), Jardim da Conquista (12), Ribeirão Oratório (13) e Aterro Sapopemba (14), implantados em 2013. Atualmente a região leste concentra trinta e três parques públicos municipais existentes, nas categorias: urbano, linear e natural, distribuídos entre as onze subprefeituras, que juntas apresentam a maior densidade populacional da cidade de São Paulo.

No primeiro momento, a importância da implantação de parques recai em dois aspectos fundamentais para a cidade, a proteção do meio ambiente e a requalificação dos espaços públicos de uso coletivo e de caráter pedagógico.

No que se refere à proteção do meio ambiente, o Parque Municipal Nair Bello tem a função de proteger a nascente e o afluente do Rio Aricanduva, importante sistema hídrico da zona leste. Protege ainda, remanescente de vegetação nativa da mata atlântica.

Considerando a densidade populacional, o conflito nas questões de mobilidade, moradia, emprego e meio ambiente, frente aos problemas do desenvolvimento do território em conjunto com a lógica de produção da localização e pressões sobre o meio ambiente, entendemos que a implantação do Parque Municipal Nair Bello é um importante passo para a preservação ambiental, e uma resposta à qualificação dos espaços livres da cidade.

Acrescentamos que a implantação desta área é de grande relevância, uma vez que compõe um sistema de parques e áreas livres da região leste. O Parque Nair Bello além de conter vegetação significativa, contempla um afluente do Rio Aricanduva (15), que por sua vez conecta diversos parques na categoria de existentes e em planejamento na região.

Entendemos que uma das maiores qualidades da implantação do Parque Municipal Nair Bello, é o fato da capacidade de unir a proteção do meio ambiente e produzir espaços públicos de qualidade para a sociedade.

notas

1
CULLEN, Gordon. Paisagem Urbana. Lisboa, Edições 70, 1991, p. 14.

2
Idem, ibidem, p. 48.

3
Calçadas, especificações técnicas: Devem ter superfície regular, contínua, firme e antiderrapante em qualquer condição climática. As calçadas executadas e conservadas de maneira adequada garantem a acessibilidade a todos os cidadãos e deve possuir três faixas específicas: 1ª faixa de serviço; 2ª faixa livre e 3ª faixa de acesso. Calçadas, especificações técnicas. Prefeitura Municipal de São Paulo, 4 de abril de 2019 <https://bit.ly/3vr2rzm>.

4
O Projeto foi contratado através de termo de transferência do encargo por compensação ambiental estipulada em Carta de Obrigação 2 I Termo de Compensação Ambiental TCA 075/2007 I PA: 2006 – 0.266.720-4 em obras e serviços necessários para implantação do Parque Nair Belo, tendo como Compromissária, Nidus Empreendimentos S/A e o arquiteto Celso Aparecido Sampaio como autor dos projetos e responsável técnico.

5
Participaram deste projeto os educadores ambientais Conrado Vivacqua, Gabriella Sampaio, Michelle de Souza, Pâmela Macedo e Rafael Camargo da Divisão de Difusão e Projetos de Educação Ambiental – DDPEA da Umapaz CEA e o arquiteto Lucas Lavecchia da Divisão de Implantação, Projetos e Obras – Dipo de CGPABI, ambas pertencentes à Secretaria do Verde e Meio Ambiente – SVMA da Prefeitura de São Paulo.

6
Estas atividades ocorreram entre os meses de janeiro e fevereiro de 2020, tendo sido interrompidas temporariamente pelos compromissos com o distanciamento social obrigatório para a contenção da pandemia de Covid 19 na cidade de São Paulo.

7
Tais princípios podem ser melhor conhecidos através da lei n. 9.795 que regula a Política Nacional de Educação Ambiental <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>.

8
CASIMIRO, Matheus de Vasconcelos. A invenção e reinvenção do parque público paulistano: um olhar sobre a produção municipal. Dissertação de mestrado. São Paulo, FAU Mackenzie, 2018.

9
A ocupação da área que conhecemos como Parque do Carmo data de meados do século 16. Com o desenvolvimento do século 18 a região deixava de ser rural e aos poucos tornava-se urbana. No início do século 20 havia a antiga fazenda da Ordem Terceira do Carmo, conhecida como Fazenda do Carmo que produzia café. Em meados do século 20 a Fazenda do Carmo foi adquirida por Oscar Americano de Caldas Filho que loteou e fez surgir alguns bairros e, após sua morte na década de 1970, as terras passaram para a Prefeitura de São Paulo. Considerando o crescimento econômico, populacional e demandas de infraestruturas, a Prefeitura de São Paulo ainda na década de 1970, construiu o Parque do Carmo, inaugurado em 1976.

10
De acordo com o Guia dos Parques Municipais de São Paulo, “o Parque Municipal Nebulosas foi criado para preservar as nascentes do córrego Caguaçú e mata em estágio de regeneração”. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Guia dos Parques Municipais de São Paulo. 3ª edição. São Paulo, Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, 2013.

11
De acordo com o Guia dos Parques Municipais de São Paulo, “o Parque Guabirobeira localiza-se em meio urbano residencial, em região fortemente antropizada e em intenso processo de expansão urbana. A área contém as nascentes de afluentes do córrego Mombaça”. Idem, ibidem.

12
De acordo com o Guia dos Parques Municipais de São Paulo, “o Parque Jardim da Conquista localiza-se em meio urbano residencial, em região fortemente antropizada. O projeto do Parque tem como principal característica, preservar as nascentes do córrego Caguaçú, afluente do Rio Aricanduva e mata com espécies nativas”. Idem, ibidem.

13
“Está próximo ao curso do Ribeirão do Oratório, afluente do Rio Tamanduateí, que nasce no município de Mauá. Na região estão diversos pequenos cursos d’água que desaguam no Oratório. A vegetação ciliar foi quase toda removida durante o processo de ocupação da área” <encurtador.com.br/orILY>.
O projeto do parque linear teve como objetivo recuperar e preservar ambientalmente a área que faz limite com o Oratório. Uma vez que a área não apresentava remanescentes arbóreos, foi dada ênfase à vegetação, utilizando para o plantio espécies nativas de pequeno, médio e grande porte.

14
De acordo com o Guia dos Parques Municipais de São Paulo, “o Parque Municipal Aterro Sapopemba encerrou suas atividades em 1986 a partir de protestos da comunidade de entorno. Desde 2001, quando já havia registros que os drenos de gases estavam inativos, a população do entorno próximo passou a utilizar a área do aterro desativado para práticas esportivas”. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Op. cit.

15
O Rio Aricanduva, tem sua nascente em uma das mais significativas áreas verdes da cidade de São Paulo, localizada no Parque Natural Municipal Cabeceiras do Aricanduva na divisa entre o Município de São Paulo e Mauá. Este Parque encontra-se na categoria de em planejamento pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo. Ressaltamos esta importância, pois do ponto de vista do planejamento é imprescindível considerar estes parques como um sistema para a condição da biodiversidade e vida humana.

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