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projects ISSN 2595-4245


abstracts

português
A Rodoviária do Guarujá construída entre 1977 e 1978 e projetada pelo arquiteto Fábio Serrano representou um marco simbólico de transformação no importante balneário do litoral paulista: um espaço de chegada e uma nova centralidade.

english
Guarujá Bus Terminal built between 1977 and 1978 and designed by the architect Fábio Serrano is a landmark of transformation in the important seaside of the São Paulo coast: an arrival space as well a new centrality.

español
El Terminal de Autobuses de Guarujá construido entre 1977 y 1978 y diseñada por el arquitecto Fábio Serrano representó una simbólica transformación en el importante balneario de la costa paulista: un espacio de llegada y una nueva centralidad.

how to quote

PEREIRA, Diogo Augusto Mondini. Estação Rodoviária do Guarujá. Projetos, São Paulo, ano 21, n. 244.01, Vitruvius, abr. 2021 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/21.244/8307>.


A Rodoviária do Guarujá foi construída entre 1977 e 1978 sob a gestão do prefeito Jayme Daige. O projeto liderado pelo arquiteto Fábio Serrano, com a colaboração de Mário Silvério e Mário Lourenço de Azevedo visava desafogar do centro deste importante balneário paulista o crescente fluxo de ônibus de passageiros, proporcionando um espaço adequado para o recebimento dos visitantes. A rodoviária também marcou um processo de transformação urbana: seu projeto viário reorganizou a entrada da cidade, hierarquizando os fluxos da rodovia, com intensa movimentação da zona portuária. Isto caracterizou uma nova centralidade: próximo à rodoviária se instalaram novos edifícios públicos como a prefeitura da cidade e o Ginásio Esportivo.

Dimensionada de acordo com as diretrizes do Manual de Implantação de Terminais Rodoviários – Miterp editado em 1976 pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER, a Rodoviária do Guarujá é um exemplo da expansão do programa em território nacional, tornando-se elementos de destaque na paisagem e referências modernas em diversas cidades brasileiras (1).

Conceitualmente o projeto se define como uma praça aberta e coberta (2), cuja cobertura é justamente o elemento de destaque, independente do térreo livre. Esta cobertura é composta por elementos estruturais autônomos: pilares, cujos capitéis em enormes lajes curvas em concreto armado protendido, configuram uma unidade espacial por si só. A estação rodoviária se dá pela justaposição de duas linhas e três colunas desse elemento, sugerindo uma possibilidade de expansão e replicação do projeto (3). O encontro entre estes elementos é vazado, permitindo a infiltração de luz natural no interior da estação através de claraboias.

Sob esta cobertura, inicialmente dois volumes independentes abrigavam o programa da rodoviária, com bilheterias, sanitários, administração, espaço comercial e lanchonete. Com o tempo, quiosques temporários foram instalados no espaço livre ampliando esta oferta de serviços e comércio. A ideia da estação rodoviária como praça é reiterada pela solução de iluminação, piso e mobiliário urbano: uma arquitetura aberta e pública, à maneira do modernismo brasileiro das décadas de 1960 e 1970, sintetizado na descrição de Flávio Motta para o Pavilhão Brasileiro da Expo Osaka, projetado por Paulo Mendes da Rocha, Jorge Caron, Julio Katinsky e Ruy Ohtake:

“o piso será o mesmo asfalto que se prolongará nos caminhos da Expo-70, como um único revestimento: um caminho ininterrupto e sem barreiras, que ainda está na esperança de muitos.

Chegar-se-á ao Pavilhão do Brasil, gradativamente, para se dar conta que a maior diferenciação se faz na cobertura, “vazada de luz”, e não na sua base” (4).

notas

1
ZEIN, Ruth Verde. Terminais urbanos: locais de destaque na paisagem. Projeto. São Paulo n. 94, dez. 1986, p. 68-63; SEGAWA, Hugo. Arquiteturas no Brasil: 1900-1990. São Paulo, Edusp, 2014, p.167-168.

2
PEREIRA, Diogo Augusto Mondini. O imaginário das estações rodoviárias modernistas nas décadas de 1960, 1970 e 1980. Arquitetura como grande praça coberta. Arquitextos, São Paulo, ano 21, n. 243.07, Vitruvius, ago. 2020 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/21.242/7838>.

3
BASTOS, Maria Alice Junqueira; ZEIN, Ruth Verde. Brasil: arquiteturas após 1950. São Paulo, Perspectiva, 2010, p. 96.

4
MOTTA, Flávio. Arquitetura brasileira para a Expo’ 70. Acrópole. São Paulo, n. 372, abr. 1970, p. 25-26.

ficha técnica

projeto
Estação Rodoviária do Guarujá

contratante
Prefeitura Municipal do Guarujá – Assessoria de Planejamento

arquitetura
Arquitetos Fábio Serrano, Mário Silvério e Mário Lourenço de Azevedo

projeto estrutural
Engenheiro Marcos de Mello Velletri

ano
1977-1978

localização
Avenida Santos Dumont, Guarujá SP

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244.01 edifício infraestrutural
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