Arquiteturas do cotidiano. A obra de Ribas Arquitectos 1960-2007
Arquiteturas do cotidiano. A obra de Ribas Arquitectos 1960-2007
Marcio Cotrim
Romano Guerra, São Paulo; 1ª edição, 2008
original title: Arquiteturas do cotidiano. A obra de Ribas Arquitectos 1960-2007
edition: português
paperback
120 p
22,5 x 22,5 x 1 cm
600 g
illustrated
fullcolor
photos
drawings
ISBN
978-85-88585-15-7
CDD
724.946 C843a
(história da arquitetura, projeto de arquitetura)
about the book
O livro "Arquiteturas do cotidiano – a obra de Ribas Arquitetos, 1960-2007", de autoria de Marcio Cotrim, trata da produção do escritório de arquitetura Ribas y Cia (Francisco Ribas y José Luis Cia), fundado no início de 1960 em Barcelona, e reivindica sua inserção dentro da cultura arquitetônica catalã da segunda metade do século XX, período quando a Espanha, impulsionada pelo crescimento econômico iniciado na década de 1950, dava sinais de renovação do pensamento arquitetônico desvinculando-se lentamente dos esquemas clássicos da década de 1940.
A inserção proposta neste livro se apoiou em pelo menos dois eixos que conduziram a pesquisa: a participação na consolidação da arquitetura moderna catalã da construtora que antecedeu a constituição do escritório, a Ribas y Pradell; e a análise e constatação de uma produção a partir dos anos 1960 que se mostrou segura e coerente, desenvolvida em meio a rotina de um escritório pequeno que buscou o ponto inflexão de sua obra numa evolução lenta e acumulada no dia a dia de trabalho.
No primeiro caso – através da construtora Ribas y Pradell – foram desvelados obras e personagens fundamentais dentro da historiografia arquitetônica local, que se entrelaçam à posterior fundação do escritório como, por exemplo, o arquiteto Raimon Durán i Reynals. No segundo, observou-se através de uma quantidade expressiva de mais de 700 projetos a afirmação de uma arquitetura na qual se deve inevitavelmente considerar sua inserção numa paisagem específica, o que determina um fio condutor que percorre toda a obra e condensa um interesse claro pela renovação da arquitetura espanhola, vinculando os experimentos modernos da primeira metade do século XX e a busca dos aspectos culturais autóctones mais essenciais.
Este modo de pensar e fazer arquitetura foi mantido, pese a diversidade de programas deparados pelos arquitetos, deixando evidenciar-se tanto nos projetos de casas de uso esporádico – programa predominante – como nos edifícios públicos ou institucionais de maior representatividade, como, por exemplo, a sede da Diputación de Barcelona (1985) ou as intervenções no Circuito de Catalunya (autódromo da Catalunha), iniciadas em 1990 com a torre de controle e o edifício para os boxes.
Em todos esses projetos condensam-se aspectos tipológicos, formais, compositivos e técnicos que formam uma espécie de linha contínua e subliminar onde seguem vigentes as medidas que regem a composição dos alçados, bem como as proporções entre cheios e vazios e entre alturas e distâncias, definindo assim um modus operandi que permite a imersão desta produção em uma tradição moderna a duras penas restabelecida e o respeito pelos valores culturais e pelo meio físico onde se inserem seus projetos.
about the author
Marcio Cotrim
Arquiteto, mestre e doutor pela Universidade Politécnica da Catalunha, professor adjunto do curso de arquitetura da UFPB, onde coordena o Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (mestrado e doutorado).