Relatório do Plano Piloto de Brasília
Relatório do Plano Piloto de Brasília
Carlos Madson Reis, Sandra Bernardes Ribeiro and Claudia Marina Vasques (Orgs.)
Iphan, Brasília; 1ª edição, 2014
edition:
paperback
hardcover
140 p
23,5 x 25,5 x 1 cm
900 g
fullcolor
photos
ISBN
978-85-7334-264-2
about the book
A publicação traz o documento, na íntegra, que explica os conceitos que o arquiteto pensou e utilizou ao projetar a nova capital do País e que foi apresentado ao júri do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil, em 1956. A seleção foi lançada com o intuito de avaliar diversas propostas que trouxessem uma concepção moderna de cidade.
Das 26 propostas, os jurados, entre eles Oscar Niemeyer, congratularam, em 15 de março de 1957, a de Lucio Costa, que estava afinada às correntes vanguardistas da arquitetura mundial na época, e que pretendia ser monumental não só no sentido de ostentação, mas no sentido de expressão palpável, por assim dizer, consciente daquilo que vale e significa (Lucio Costa, trecho do relatório).
Nas páginas do livro são reproduzidos desenhos originais do projeto, textos de apresentação, ou seja, importantes documentos históricos sobre a arquitetura moderna no Brasil e a arrancada econômica no País.
Brasília refletia o momento de desenvolvimento e de transformação, tanto, que esse valor foi reconhecido ao ser o primeiro conjunto urbanístico moderno a receber o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco, em 1987.
Ao longo do texto, ainda, nota-se o caráter humanista que o criador de Brasília imprimiu em sua maior obra. Assim, nascia a nova capital do país, tecida entre as memórias e histórias de todos os lugares e, finalmente, inaugurada em 21 de abril de 1960. Uma cidade [...] própria ao devaneio e à especulação intelectual, capaz de tornar-se, com o tempo, além do centro de governo e administração, num foco de cultura dos mais lúcidos e sensíveis do país (Lucio Costa, trecho do Relatório).
O projeto valorizava uma caminhada conjunta entre a industrialização/modernidade e a preocupação social. Este ponto é ressaltado na descrição das superquadras, que pretendiam contemplar o bem estar e uma rotina que compreendia o acesso democrático da população às escolas, clubes, bibliotecas, garantindo a interação harmônica do indivíduo com o espaço urbano.
Seja como for, as diferenças de padrão de uma quadra a outra serão neutralizadas pelo próprio agenciamento urbanístico proposto, e não serão de natureza a afetar o conforto social a que todos têm direito (Lucio Costa, trecho do Relatório).
about the author
Carlos Madson Reis
Arquiteto e Urbanista pela Universidade de Brasília (1979), mestrado e doutorado pela mesma universidade. É analista de planejamento e gestão urbana - arquiteto do Governo do Distrito Federal e Superintendente do IPHAN/DF.
Sandra Bernardes Ribeiro
Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UnB. Especialista em preservação arquitetônica e urbanística foi técnica do Iphan. É assessora técnica da Secretaria Nacional dos Programas Urbanos do Ministério das Cidades.
Claudia Marina Vasques
Arquiteta e Urbanista pela Universidade de Brasília, é arquiteta no IPHAN.