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Figura de destaque no movimento de institucionalização do urbanismo na França e um dos fundadores do Museu Social de Paris, Alfred Agache estende sua atuação como urbanista a preocupações de ordem social. O projeto elaborado para a Cidade do Rio de Janeiro, entre 1927 e 1930, constitui o primeiro plano urbanístico com caráter de plano diretor e com implantação estimada ao longo de 50 anos; a ser seguido, portanto, pelas administrações seguintes. No âmbito do instrumental jurídico, insere-se a adoção de uma política nacional de desenvolvimento urbano, com a obrigatoriedade de elaboração de planos diretores em municípios com mais de 10 mil habitantes.

Além da “Entrado do Brasil”, destaca-se no Plano a proposta de zoneamento, que inclui uma política de reserva de áreas verdes. A noção de uma cidade articulada a seu entorno introduz a discussão em torno da gestão em nível metropolitano. É relevante o tratamento dado aos transportes públicos e à estrutura viária – três linhas de metropolitano e a unificação dos terminais ferroviários da Leopoldina e da Central do Brasil na Praça da Bandeira. Cabe observar, ainda, a importância atribuída à questão do saneamento, salientando-se a proposta de criação de barragens no alto dos maciços para reduzir as inundações.

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Sonia Maria Queiroz de Oliveira

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OLIVEIRA, Sonia Maria Queiroz de (Org.). Planos urbanos do Rio de Janeiro. Plano agache. Rio de Janeiro, Centro de Arquitetura e Urbanismo, 2009.

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