Your browser is out-of-date.

In order to have a more interesting navigation, we suggest upgrading your browser, clicking in one of the following links.
All browsers are free and easy to install.

 
  • in vitruvius
    • in magazines
    • in journal
  • \/
  •  

research

magazines

interview ISSN 2175-6708

abstracts

português
Corrado Curti conversa com Lebbeus Woods sobre sua carreira e últimas inquietações com relação ao âmbito da arquitetura e quais deveriam ser as prioridades dos críticos e profissionais no mundo atual

english
Corrado Curti interviews Lebbeus Woods about his career and recent concerns regarding the scope of architecture today and what should be the priorities in the critical and professional field in the contemporary world

español
Corrado Curti habla con Lebbeus Woods sobre su carrera y sus preocupaciones recientes sobre el ámbito de la arquitectura hoy, y cuáles deberían ser las prioridades de la crítica y profesionales en el mundo contemporáneo

how to quote

CURTI, Corrado. Lebbeus Woods. Arquitetura como estado sólido de reflexões: uma conversa com Lebbeus Woods. Entrevista, São Paulo, ano 12, n. 045.02, Vitruvius, jan. 2011 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/11.044/3714/pt_BR>.


Maquete do terraço de 6km de comprimento, em balanço sobre o mar, capaz de rotar sob circunstâncias de maresia e tornar-se uma barreira vertical protegendo assim a cidade de La Habana (maquete de Lebbeus Woods com colaboração de Ekkerard Refeldt) [lebbeuswoods.net]

A ovelha negra, o cisne preto e o arquiteto experimental

Durante o verão de 1988, luminoso e ensolarado – pelo menos é assim como queremos imaginá-lo – um grupo de arquitetos se encontrou em Emmond Farms para participar da Primeira Conferência do recém-inaugurado Research Institute for Experimental Architecture, sob a direção de Lebbeus Woods. Quase 25 anos depois, arquitetos engajados à experimentação ainda são considerados com as ovelhas negras do mundo arquitetônico, exilados na periferia da disciplina por conta da dúvida generalizada existente sobre a real necessidade de arquitetura experimental.

Entretanto ao nos determos sobre a sequência trágica do poder de destruição de massa da dobradinha arquitetura/forças naturais; a paisagem pós-humana da Detroit encolhida e transformada em uma cidade literalmente verde por conta do abandono e decadência; a redução da arquitetura a mero estilo para clientes influentes nas centenas de especulações mundiais no estilo Dubai, cujas fundações voláteis se apóiam mais sobre fluxos financeiros virtuais do que em solo firme; não poderemos fugir da evidência da falácia e crise dos paradigmas tradicionais da arquitetura.

O legado positivo modernista, que ainda perdura nos fundamentos conceituais da disciplina, não permite um entendimento correto do papel da indeterminação, imprevisibilidade e incerteza em um mundo onde a dança do cisne preto não pode mais ser considerada como mero incidente.

Se a arquitetura é considerada como o instrumento para definir o modo como habitamos o mundo, temos então um longo caminho antes de poder nomeá-la “lar”. É por isso que a arquitetura experimental de fato é necessária: para pesquisar modos como a arquitetura pode prever ou provocar mudanças e formas espaciais que questionem nosso lugar dentro do mundo.

Assim como o papel da experimentação nas ciências, a experimentação na arquitetura permite pesquisar sobre problemas e testar novas hipóteses arquitetônicas, através de desenhos e maquetes que servem de laboratório experimental.

Todos sabemos que a arquitetura não é uma ciência, pelo menos não uma positiva, mas a carreira e pesquisas de Lebbeus Woods são um exemplo claro que o arquiteto experimental de fato existe. E, ainda mais importante, de que realmente precisamos dele.

As obras e os escritos de Lebbeus Woods revelam o profundo abismo que separa a prática crítica e intelectual da arquitetura – muitas vezes exercida por um punhado de teóricos de elite e quase sempre isolados – daquela prática que se caracteriza pelo trabalho diário intensivo – não importa quão grande seja o escritório ou quão brilhante seja a capa das revistas que publicam seus projetos. O Arquiteto Experimental (1) habita o espaço que existe entre esses dois extremos. E nessa zona obscura cinzenta, ele ou ela, um pouco como Johnny Cash na música “A Boy Named Sue”, viaja sozinho por caminhos inexplorados e trajetórias que conectam as duas margens fracassadas: um “estranho em uma terra estranha”.

Nota

1
Ver link lebbeuswoods.wordpress.com/2010/08/12/the-experimental

comments

045.02
abstracts
how to quote

languages

original: english

outros: português

share

045

045.01

Conversa com Francisco Fanucci e Marcelo Carvalho Ferraz

Beatriz Carra Bertho

newspaper


© 2000–2024 Vitruvius
All rights reserved

The sources are always responsible for the accuracy of the information provided